A morada do Diabo

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- Isso mesmo que você ouviu

- Por Deus Maite, não quero nem ver o que ele fará com a senhorita

- Me ajude, por favor - Falou olhando para a tropa de cavalos que vinha correndo ao horizonte

Tomás pegou a mão de Maite e juntos começaram a correr rumo a uma enorme floresta, popularmente conhecida como "A morada do Diabo".

Levy junto com os guerreiros cavalgavam como loucos, antes de entrarem na floresta todos frearam
- Não devíamos entrar aí Laird - Disse um dos guerreiros receoso

- Não me diga o que devo fazer David, aquele filho da puta pode estar aí com MINHA mulher - Disse entrando na mata, já de cara um vento frio bate em seu rosto o fazendo estremeçer

Maite e Tomás ainda corriam por entre a floresta, até que Perroni para suspirando

- Não aguento mais, precisamos nos esconder

- Venha

Juntos desceram a margem de um rio, e ficaram sentados encostados na barragem

- Preste bem atenção, quando ouvirmos eles passarem por perto vamos entrar no rio e mergulhar, entendeu?

- Mas não sabemos quanto tempo ficarão por perto - Falou preocupada

- É nossa única opção

Ela então concordou com a cabeça, e assim começaram a ficar atentos aos barulhos

- Agora - Disse quando escutou eles

Dado as mãos os dois caminharam até o rio, e delicadamente para não fazer muito barulho respiraram fundo e se abaixaram dentro da água, agora era tudo ou nada.

- Senhor tem pegadas por aqui - Falou apontando para baixo perto da barragem

- Devem ter atravessado o rio

- Provavelmente

- Conheço um atalho mais perto e fácil do que atravessar nadando - Respondeu ja montando novamente em seu cavalo e saindo em disparada sendo seguido pelos outros

"Minha vista já estava começando escurecer, e meu corpo se tornava cada vez mais leve. Não fiz nada para impedir e começei deixar a correnteza me levar, até que sinto algo me puxando rapidamente para cima, abro os olhos. Era um monstro, com grandes dentes e olhos famintos, queria gritar mais som algum saia de minha boca. Comecei estapea-lo na tentativa de o fazer me soltar, mais nada. Ele começou me puxar para fora da água com uma facilidade incrível, dos meus olhos já caiam lágrimas sem parar, morrerei"

- Maite, sou eu, o que está acontecendo?

"Reconheci aquela voz, fechei os olhos com força e quando os abri suspirei aliviada o monstro já não estava mais lá, somente um homem muito bonito, Tomás. Ele me abraçou com força, e então voltei a realidade"

- Perdão... Não sei o que houve

- Devem ser os demônios da floresta te assombrando, não seja fraca Maite, não os deixe te controlar novamente

Maite concordou levemente com a cabeça, porém ainda estava assustada.

- Obrigada por tudo

Eles se encararam por alguns segundos antes de Tomás tocar levemente a bochecha da morena e a puxa-la para si em um longo beijo.

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