Quando chegaram no Castelo, o médico da família Perroni já havia sido buscado por um guerreiro e os esperava.
- Leve-o para o quarto, me arrumem uma bacia com água morna e toalhas, preciso analisar o que aconteceu
As criadas rapidamente foram cumprir as ordens, Christopher, William e Maite seguiram para o quarto da mulher, e Levy deitou o filho na cama. Maite rapidamente pegou uma tesoura e começou cortar toda a roupa do garoto, até deixá-lo nu. Não demorou para o médico perceber o problema
- Ele foi picado por uma cobra - Disse com uma expressão nada boa
- Meu Deus - Disse a morena chorando abraçada a Christopher
- E... O que vai acontecer? - Perguntou William
- Não tem muito o que fazer senhor Levy, ainda não existe medicamento ou planta que curem uma picada, precisamos rezar muito. - Disse passando a toalha molhada pelo corpo do garoto, a fim de tentar abaixar sua temperatura, já que o mesmo estava extremamente quente
Uma das criadas trouxe um pequeno potinho em mãos, dizendo que havia ganhado de uma benzedeira, e que o mesmo fazia milagres. O médico se recusou a passar, por não conhecer o produto e não querer se responsabilizar caso algo viesse acontecer. William pegou o pequeno pote, quando o destampou um forte cheiro invadiu o quarto, parecia uma mistura de alecrim, babosa e mel. Levemente o homem pegou um pouco do creme e começou passar levemente na onde o menino havia sido picado, e em seguida enrolou um pano branco
- Bom... Não tem mais nada que eu possa fazer. Fiquem atentos, sempre que perceberem que ele está quente coloquem o pano úmido com água. Não deixem de lhe darem o que beber, mesmo sem consciência, abram a boca e despejem devagar o líquido.
- Tudo bem doutor, obrigado - Agradeceu Uckermann
Maite, William, Christopher e Cláudia não saiam do lado da cama nem por um segundo, Maite agarrada a mão do filho, vez ou outra deixava as lágrimas caírem. Christopher trocava as toalhas. William lhe observava, num canto afastado, enquanto mentalmente pedia a todos os deuses terem piedade e curar seu filho. Cláudia estava ajoelhada frente a uma vela, implorando para que a criança fosse salva.
O tempo foi passando, já era noite. Levy foi o único que não havia comido nada, e a fraqueza já invadia seu corpo, no quarto agora só estava ele de um lado de Willou e Maite do outro- Vai comer alguma coisa - Disse Maite
- Se ele morrer, quero ir junto, não tenho motivos para permanecer vivo
- Ele não vai morrer, e você tem que estar forte e disposto pra quando ele acordar - Falou querendo convencer a si mesma daquilo
- Quase todos que foram picados por uma cobra morreram Maite
- Quase não é todos - Disse com os olhos já cheios de lágrimas
- É a realidade, querendo você ou não
Maite não respondeu, apenas tirou a toalha da testa do filho, e tocando viu que ele já estava bem fresco, então resolveu deixar ele um pouco sem a toalha para ver como estava
- Ele é tudo pra mim, é ele quem me dá forças pra levantar mesmo depois de tudo que eu já passei
- Mesmo tendo passado 5 anos sem saber da existência dele, esse pouco tempo que estive com ele já o amo, claro ele é meu filho
- Precisamos de um milagre - Disse chorando
William não disse nada, simplesmente levantou do seu lugar seguiu até Maite e a abraçou, para que juntos compartilhassem a dor que estavam sentindo.
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Reino Negro
RomanceMaite Perroni perdeu os pais muito cedo, sozinha com apenas 8 anos foi morar no Reino do seu tio Leopoldo, o mesmo não queria ter ficado com a garota, mas foi obrigado. Hoje Maite já tem 19 anos, e Leopoldo quer se ver livre da sobrinha, como soluçã...