Reino Negro

Bordel

Maite despertou, mas ainda continuou com os olhos fechados. Estava dolorida, a cama parecia ser tão dura quanto o chão, e o cheiro de sexo pairava pelo local. Sonolenta abriu os olhos, e sua boca se abriu instantaneamente, não estava em seu quarto com seu marido, mas estava em um bordel

- Que coisa é essa? - Perguntou se levantando rapidamente da cama que dívida com outra mulher nua

- O que foi garota? - Pergunta umas das meninas que acordou

- O que eu estou fazendo aqui?

- O Laird a deixou aqui hoje pela madrugada

- O que? Ele tem problema?

- Olha eu não sei, só peço que fique quieta que nós tivemos uma noite cansativa

Maite então saiu furiosa de lá, quando ia sair foi barrada por um guerreiro

- Me deixa passar Joel

- Perdão senhora, mas são ordens do Laird

- Eu não me importo, eu sou sua senhora então saia da minha frente Joel

- Perdão... - Disse negando

- Eu queria te poupar de ser arrebentado, mas você quem está pedindo

Maite só virou um golpe nas pernas do homem, que caiu no chão. A mulher começou o golpear, por mais que tentasse se soltar não conseguia, ficou com receio de utilizar sua espada, e antes que pudesse pensar qualquer outra coisa Maite lhe desfere um soco que acertou tanto a boca quanto o nariz do homem, fazendo-o desmaiar rapidamente.
A morena saiu em disparada, rumo ao Castelo, ela corria furiosa até chegar no local, assim que chegou já foi direto para sala e encontrou Cláudia aos pés de William

- Solta minha menina, e vamos embora daqui - Pedia em prantos

- Já disse não

- Se levante Cláudia, vamos partir - Falou atraindo os olhares dos dois

- Graças a Deus - Disse se levantando

- E o Joel? - Perguntou Levy espantado

- Acho que você esqueceu que ganhei de você, aliás acho bom alguém ir dar uma olhada nele. E por que infernos me trancou em um bordel, seu animal? - Perguntou irritada - Você acha o que?

- Você pensou o que Perroni? Que eu não iria perceber que de virgem você não tem nada? E no meu mundo mulheres que fazem sexo antes do casamento são chamadas de pu... - Antes que pudesse terminar a frase, Maite acerta um tapa em seu rosto que estala por toda a sala

- Você é um idiota, e sim tive um homem antes de você. E quer saber? Não me arrependo. Foi legal, ele me fez sentir bem. E se você não consegue entender que eu tive um passado antes de você, eu de verdade lamento. E não se preocupe, vou embora, mas me prender em um bordel isso já é um nível muito baixo - Disse saindo dali deixando William sem palavras

Maite arrumava seus vestido entre lágrimas, quando Cláudia entrou no quarto.

- Como você está querida? - Perguntou se sentando na cama

- Normal, ele só fez o que qualquer outro faria

- E para onde vamos?

- Para o Reino Perroni

- Que? Sua bisavó nos matará

- Não vai, chegou o momento de eu conseguir o que é meu por direito, seja por bem ou por mal

- Mas estamos sozinhas nessa

- Sempre fomos sozinhas Cláudia, e juntas vamos conseguir.

Depois de um tempo as duas terminam de arrumar seus pertences. Quando saíram encontraram Levy na sala

- O seu dinheiro - Disse entregando o valor do dote que havia recebido

Maite não exitou em pegar. O homem então subiu, enquanto as duas partiam para bem longe dali.
William as mirava pela janela, e uma lágrima escorreu por seu rosto quando as mulheres desapareceram de sua vista

- INFERNO - Disse jogando com brutalidade um vaso de flor que havia sobre a mesa do quarto que Maite havia colocado. Agora onde olhava lembrava da morena, cada canto do Castelo tinha um pedaço dela, até as refeições a lembrava, já que Maite havia feito um cardápio do que iriam comer, com um prato diferente a cada dia, e o que deveria ser servido quando tivessem convidados. Levy então começou apagar tocha por tocha, até não restar mais nenhuma. A escuridão havia voltado para sua vida, e para seu coração.