No dia seguinte, Maite acordou e depois de tomar um belo banho seguiu para o quarto do filho, e encontrou o pequeno deitado sobre o peito de William, ambos dormindo como pedras. A morena ficou com pena de os acordar, e então desceu ocupando sua poltrona real. Hoje era dia de ouvir as reclamações do seu povo, então a mulher não teve tempo para nada. Seu estômago roncava de fome, porém não tinha tempo. Toda semana era aquilo, uns querendo pelo menos um frango para alimentar a família, mulheres querendo trabalhar no Castelo porém não havia mais vagas, garotos novos querendo servirem como guerreiros, essa era a parte favorita de Maite, ela mesmo fazia um breve duelo com eles, claro que se ela fosse realmente lutar nenhum passaria no teste.
- Quer que eu cuide um pouco aqui pra você ir comer algo? - Perguntou William chegando ao lado de Maite, que já estava com uma aparência cansada
- Não
- Maite olhe quanta gente, você vai levar até a noite para resolver isso, vá comer algo, eu fico aqui
- Você nem tem experiência com isso, nunca nenhum cidadão te procurou pra pedir algo, já que achavam que seriam enfeitiçados
- Mais um dia já pediram, e eu me saia muito bem
Maite pensou por alguns instantes até aceitar a proposta, e saiu para comer algo enquanto Levy tomava conta.
Não demorou para a morena tomar uma sopa de legumes com pães feito no dia. Quando seguiu para a sala novamente apenas duas pessoas sobraram para ser atendidas, Maite de cara já pensou que William havia expulsado a todos, mas antes de entrar matando Levy esperou para ver o que ele estava fazendo- Como se chama e o que deseja?
- Sou Fabiano, e desejo falar com a Rainha
- Ela está ocupada, eu que estou tomando conta, pode me pedir
- Estou precisando de uma moeda apenas que seja, estou devendo para um criminoso que está ameaçando minha família
- Nome do criminoso?
- Alex
- Não se preocupe, vá em paz, se Alex é realmente um criminoso amanhã ele terá o que merece
- Obrigado - Disse se curvando e saindo
- Seu nome, e o que deseja?
- Sou Flávia, e desejo um emprego
- Vá até a padaria de Castor, ele te arrumará uma vaga
A mulher então se curvou e saiu dali. Maite admirou a facilidade que ele achava para resolver as coisas
- Você tem noção do escândalo que ela fará se não conseguir o emprego na padaria?
- O Castor da padaria veio pedindo funcionário, eu disse que arrumaria, e arrumei. É tudo tão simples. Marcelo, vá atrás do Alex, descubra se ele é mesmo um criminoso, e se for o solte num barco no mar
- Tenho sua permissão senhora?
- Tem - Disse meio a contragosto, pelo fato de William ter ido tão bem - E seu Reino? - Perguntou sentando em sua cadeira
- O que tem ele?
- Vai abandona-lo para viver aqui de favor?
- Pelo meu filho eu seria sim capaz de abandonar meu Castelo
- Você pode vir visitar Willou quando puder
- Maite... Meu Reino é praticamente do outro lado daqui, não há condições para eu vir e voltar quando eu quiser
- Me vende ele então
- O que? - Perguntou surpreso
- Isso mesmo que ouviu
- Pra que você quer um Império falido?
- Para reconstruir e torná-lo forte
- Não posso fazer isso, é a única coisa que tenho de meus pais
- Então, deixe-me melhorá-lo como seus pais iriam querer vê-lo
- Eu ficarei sem nada
- Abandonando ele você também ficará sem nada, irão toma-lo de você William, seus próprios guerreiros podem estar fazendo isso nesse exato momento - Disse o entregando uma carta que um dos guerreiros dela encontrou no quarto de um dos guerreiros de Levy
William pegou a carta desconfiado, de cara já reconheceu letra de Romário
"Com a maioria dos votos, vamos tomar o Reino de Levy, um Reino sem Rei é um Reino abandonado, qualquer um pode toma-lo."
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Reino Negro
RomanceMaite Perroni perdeu os pais muito cedo, sozinha com apenas 8 anos foi morar no Reino do seu tio Leopoldo, o mesmo não queria ter ficado com a garota, mas foi obrigado. Hoje Maite já tem 19 anos, e Leopoldo quer se ver livre da sobrinha, como soluçã...