Como se estivesse a quilômetros de distância Maite ouviu uma voz lhe mandando parar, era do seu filho. Derrepente ela desperta e vê o que estava prestes a fazer, a espada escorrega de suas mãos, olhou em volta, Willou chorava enquanto abraçava as pernas de William, que continha um corte no pescoço, o sangue escorria, todos os guerreiros olhavam sem saber o que fazer, não sabiam se era para atacar o homem ou ajudá-lo
- O QUE ESTÃO OLHANDO? AJUDEM LEVY
5 dos guerreiros seguiram até William o ajudando, e o levando para uma sala onde era curado os guerreiros. Maite olhou para o filho que a encarava com certo medo, antes que a mulher pudesse dizer qualquer coisa ele saiu correndo atrás de William
- Fred tire Willou de lá, leve-o para seu quarto e o tranque se preciso for
- A suas ordens senhora - Disse saindo atrás da criança
Maite seguiu para tomar um banho. Quando saiu do seu quarto seguiu para o do filho, onde encontrou o garoto deitado na cama, porém não dormindo
- Filho... - Disse sentando na cama ao lado dele e lhe tocando os cabelos
- O que? - Perguntou seco
- Eu não queria ter feito aquilo, meu ódio me cegou, você não sabe, mas William e eu nos conhecemos a um tempo atrás, e ele fez mal a mamãe, e naquele momento eu só pensei em me vingar
- O que ele te fez?
- Um dia eu te conto, você é muito novo pra entender isso agora, só peço que acredite em mim quando digo que não queria ter feito aquilo, mesmo depois de todo mal que ele me fez
- Se ele te fez mal, por que o deixa ficar aqui?
- Tem uma coisa minha aqui, que também é dele
- Que coisa é essa?
- Você vai descobrir, vamos almoçar - Disse pegando na mão do garoto e seguindo juntos para sala de jantar
Depois de almoçarem, Willou saiu com Rosa e Fred para irem colher frutas na floresta, o garoto adorava ajudar. E Maite foi até o quarto onde William estava, quando chegou apenas Débora estava lá o observando para ver senão daria febre
- Pode ir almoçar - Disse para criada que saiu dali
William lentamente abriu os olhos
- Veio terminar o que não conseguiu aquela hora e me matar de vez?
- Se eu quisesse te matar teria feito isso quando colocou os pés aqui
- O que foi aquilo então?
- Não sei... Senti um ódio invadir todo meu corpo, e só parou quando ouvi a voz do meu filho
- Podia ter matado, assim não teria como eu continuar arruinando sua vida
- Pare um pouco de falar, não é muito bom
- O corte foi bem superficial, não corro risco
- Ainda bem, deu ponto? - Perguntou não conseguindo ver já que um pano branco estava por cima do ferimento
- Não foi necessário, Débora apenas passou uma pomada da casca do mamão ou algo assim
- Sei, ajuda cicatrizar. Temos um estoque dela, já que existe uma criança no Reino e a vida dela é se machucar
- Eu percebi, confesso que me surpreendi quando o dei banho ontem e era cheio de cicatrizes, isso é bom, sinal de que é um grande guerreiro
- Não são tão boas assim, a maioria daquelas cicatrizes foi quando eu tomei o Reino Perroni, ele havia ficado com no Reino Uckermann até eu conseguir, mas um homem conseguiu se infiltrar lá e machucar ele, Willou tinha apenas dois anos
- Que filho da puta - Disse nervoso pensando na ideia de alguém batendo em seu filho
- Graças a Deus, a senhora Uckermann chegou a tempo de acontecer uma tragédia e teve uma luta corporal com o homem e gritou, quando os guerreiros chegaram conseguiram salvar Dora também e mataram o homem
- Não suporto a ideia de poder ter perdido mais um filho
- Não iremos perde-lo
- Fiquei feliz em saber que você conseguiu seu Reino de volta
- Ele era meu por direito
- Você foi muito corajosa
- Eu sei - Disse sorrindo
- Boa tarde... - Disse Christopher chegando no quarto
- Christopher! - Falou animada indo até ele e o abraçando, não era comum esse tipo de cumprimento, mas Maite não se importava com isso e sempre recebia Uckermann e Cláudia com um caloroso abraço
- Tudo bem? Que saudades
- Estou ótima
- Levy, que prazer em vê-lo
- Digo o mesmo - Disse sorrindo falso
- O que houve com seu pescoço?
- Algo que não seja da sua conta
- Vamos descer Christopher, vou mandar Débora para cá novamente para ficar com você William - Disse saindo junto com Christopher, e não viu quando Levy revirou os olhos
- Tio Ucker! - Disse correndo para os braços do homem que o apertou forte
- Campeão, como você está?
- Bem, viu que o tio Levy está aqui?
- Vi sim
- Como ele está mamãe?
- Está ótimo meu bem, mas aproveite que Christopher está aqui, e vá brincar com ele ao invés de ficar só falando de William
- Quer brincar do que tio?
- Esconde esconde, que tal?
- Eba, você conta - Disse já saindo correndo
Maite sorriu sentando em seu trono, enquanto conversava com Cláudia.
Christopher saiu em busca de Willou, e a única coisa que encontrou foi William no corredor
- Achei que não pudesse levantar
- Acho que já sou bem grandinho para receber ordens
- Claro, agora se me dá licença - Ia saindo
- Espere! Acho bom deixar bem claro que você não é o pai de Willou
- Eu estou com Willou desde quando ele nasceu, e você? Ah lembrei, hoje faz dois dias
- Se eu não fiquei esse tempo todo com ele, foi porque não sabia da existência dele
- Você não merecia descobrir nunca que ele existe. Willou é um garoto maravilhoso, nem parece que seu sangue corre nas veias dele
- Você não sabe o que eu já passei na minha vida
- E você não sabe o que Maite já passou na dela, não me refiro a morte dos pais, mas me refiro das coisas que ela já passou sozinha, antes de me encontrar, porquê você havia a abandonado. Você é um lixo
- Ei parem já com essa discussão, imagina se Willou ouve isso. Vai William volta para o quarto, e Christopher continue a brincar com o menino, por favor.
Os dois homens se encaram antes de fazerem o que Maite havia lhes pedido.
O que eles não contavam é que Willou estava atrás da porta ouvindo cada palavra dita ali.
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Reino Negro
RomanceMaite Perroni perdeu os pais muito cedo, sozinha com apenas 8 anos foi morar no Reino do seu tio Leopoldo, o mesmo não queria ter ficado com a garota, mas foi obrigado. Hoje Maite já tem 19 anos, e Leopoldo quer se ver livre da sobrinha, como soluçã...