Act like you love me | Charles Leclerc

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Seus olhos verdes estavam tomados por tristeza, esta que reverberava por todo seu corpo, suprindo suas veias e substituindo a comum felicidade que antes habitava ali

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Seus olhos verdes estavam tomados por tristeza, esta que reverberava por todo seu corpo, suprindo suas veias e substituindo a comum felicidade que antes habitava ali. O monegasco nunca soube dizer adeus, era péssimo com despedidas, essa em particular era a pior.

Não tinha de forma alguma previsto aquele adeus, nunca pensou que o diria para ela. Maria suspirava em seu peito enquanto o dia amanhecia em Mônaco, estavam no apartamento do piloto, deitados em sua cama, tudo parecia normal, mas Charles sabia que seria a última vez que a veria – e isso assombrava sua mente, por isso passara a noite em claro apenas aproveitando os terminais momentos a seu lado.

Quando conheceu a garota, recebeu um aviso claro de que ela não estava interessada em compromissos, nunca seriam nada além de um caso de uma noite. O piloto se convenceu de que conseguiria lidar com isso, que conseguiria ser apenas casual, mas o fez apenas para não privar a si mesmo de não beijar os lábios carnudos de Maria. E com o passar do tempo cada migalha que ela o dava fazia seu peito se encher de fagulhas, mesmo ciente de que estava lutando contra uma correnteza, ele insistiu.

E insistência talvez desse certo a algum ponto, cada vez que as noites juntos viraram também manhãs, os domingos que se tornaram menos solitários, Leclerc tinha mais esperança. Mas o destino não poupou energia para mantê-los longe um do outro, uma oportunidade de emprego a levaria para o outro lado do mundo, e quando descobriu isso sabia que não conseguiria tê-la ali, seria egoísmo.

— Bom dia. — murmurou, rolando seu corpo na cama, sua voz estava rouca pela manhã e soava mais atraente do que nunca. Os olhos transparentes da portuguesa brilhavam sob o sol, a pele reluzia, ela era inegavelmente uma das mulheres mais lindas que Charles já vira.

— Bom dia. — respondeu, em uma melodia mais preguiçosa. A lusitana sorriu com charme em resposta.

— Não faça assim, Charles. — pediu, vendo a expressão do piloto. — Não torne isso difícil, ok?  Você sabia que não era para nós ficarmos juntos de qualquer jeito.

O monegasco deu de ombros, sabendo que realmente não eram para ficar juntos, ah mas ele torcia por isso, como torcia.

— Não estou fazendo nada, está enxergando coisas, Ma. — respondeu com um humor ácido, aquele que ele manejava toda vez que precisava se defender de si mesmo. Ela riu, uma risada solta e gostosa como uma brisa de verão.

— Você é o melhor.

A cientista se pôs de pé em uma fração de segundos, enquanto o piloto ainda se espreguiçava sob os lençóis, sem pressa alguma para que os  minutos passassem – aliás, preferia que atrasassem o quanto possível. Ao mesmo tempo ela deslizava os tecidos – já não tão confortáveis quanto o pijama que usava-pelo corpo.

— O que está olhando?— indagou, com uma risada fina como um sino. Charles gostava de como ela lembrava música, sua voz era melódica, mas pelas cantorias no chuveiro ele já percebera que não o suficiente para seguir carreira, mas mais do que isso, seus gemidos, risadas, pequenos gestos. Todos lembravam música, e eram suas favoritas.

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