Um Anjo Na Escuridão

2.4K 145 38
                                    

Quem leu "Um Tempo Para Amar" sabe que Paula foi uma "The Mônia" na vida de Martina. 😈
Movida pelo ciúmes e inveja, ela usou de meios sórdidos para causar inúmeros sofrimentos à mulher que julgou ter lhe tirado o seu grande amor.
Em "Resgata-me!", não quero justificar de jeito nenhum as atitudes de Paula, mas fazer os leitores se colocarem no lugar dela!
O abandono emocional e o uso do corpo alheio, apenas para satisfazer desejos egoístas, não podem ser considerados normais. Eles trazem consequências danosas ao psicológico do ser humano.
Todos, em "Um Tempo Para Amar", amaram Murilo como um herói. Mas qual é a parte de culpa que toca a ele na história de Paula?

❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️
Recapitulando...

Paula secou as lágrimas e ajeitou a bolsa no ombro esquerdo.
Seu corpo doía inteiro e passou a mão na boca para limpar o sangue, notando que estava com um dente quebrado e frouxo.
__Ai, não acredito! - lamuriou-se.
Até um carro lhe foi negado. Nunca comprou um, pois não precisava, havia vários deles à disposição nas garagens. Se tivesse o seu, ao menos agora, não estaria assim nesta situação.
A escuridão da estrada a assustava. Sozinha ali, no meio do nada, qualquer coisa ruim lhe poderia acontecer.
Pensou nos tios que preferiram ficar ao lado da rival e sorriu amarga.
Nunca gostaram dela, agora enxergava isso. Nem ao menos se preocuparam com a sua situação àquela hora da noite.
Ouviu o barulho de um carro se aproximando e estremeceu, apurou o passo, mancando, sem olhar para trás.
Percebeu quando o veículo parou e imediatamente, ela começou a correr desesperada. As sandálias de salto, que usava não a deixavam muito ágil, torceu o pé num desnível e então, sentiu uma mão forte segurando seu braço.
Ela virou o rosto apavorada. A sua frente, se delineava, ao brilho da lua, uma figura alta e imponente. Um homem de quase 1,90 de altura.
___ Me solta! - tentou escapar, mas ele era muito forte, a mão apertou ainda mais.
___ Hei, calma! Não vou machucar você! Esta sozinha aqui? - correu os olhos por sua aparência, analisando as roupas rasgadas.
___ Aconteceu alguma coisa? Você foi violentada? Quer chamar polícia? - indagava com preocupação.
Paula relaxou. Ele não parecia ser ruim.
___ Nada que te interesse! Me deixe em paz! - não poderia dizer que há pouco tinha levado uma surra.
Ele a soltou.
___ Tudo bem. Só que andar sozinha assim numa estradinha deserta é perigoso! Vem, eu te dou uma carona!
___ Não precisa, vou até um hotel na estrada principal. Posso andar perfeitamente!
___ Mas que orgulhosa! - debochou.__ Entra na minha caminhonete!
___ Não.
___Ok, você que sabe.
Ele suspirou, se virou e voltou a SUV. Mas antes de fechar a porta falou em aviso:
___ Vai se arrepender de querer ficar sozinha!...
Ela continuou mancando e arrastando a mala sem olhar para ele. Suas pernas doíam, seus joelhos estavam machucados e sangrando.
O homem passou por ela sumindo na escuridão.
Um carro no sentido contrário, minutos depois, parou. Gelada de pavor, Paula baixou a cabeça ao ver os integrantes: três rapazes mal encarados.
___ Ora, ora...uma gatinha perdida! Quer carona, gostosa?
Ela não respondeu, continuou caminhando. Ouviu a porta do carro bater e passos passaram a lhe acompanhar.
___ Qual o problema gostosa? Não foge! Vai me dizer o seu nome? - sentiu quando ele tocou seus cabelos. Ela se esquivou.
___ Sai daqui! Me deixa quieta! - tentou manter a voz firme, mas tremia feito uma vara verde.
___ Olha, Jimy! - ele gritou para um de seus companheiros. ___ Gostosa pra caralho! Olha só essa bunda! - passou a mão e apertou uma de suas nádegas.
__ Sai. - ela tentou correr, mas o rapaz, que cheirava a bebida, lhe agarrou trazendo mais para perto.
___ Gostosa, tudo durinho e no lugar! - apertou com força um dos seus seios por cima da roupa.
___ Me larga! - implorou chorosa.
___ Não, primeiro a gente vai se divertir um pouco! Eu e meus dois amigos, estamos à procura de companhia.
___ Socorro!! - gritou desesperada, vendo a sua blusa ser rasgada.
Atônita, percebeu a aproximação dos outros dois companheiros dele.
___ Não adianta gritar! Ninguém vai ouvir você! Vamos... vai ser divertido! É só relaxar e gozar!
Um deles segurou seus braços por trás, enquanto o outro, mordia um de seus seios.
Paula começou a chorar copiosamente e a única coisa que pensava era que deveria ter aceitado a carona do desconhecido.
O terceiro rapaz, só ria. Estava tão drogado que mal conseguia se manter em pé.
___ Me solta, por favor! - implorou quando um dos marginais abriu o zíper da calça tirando seu pênis pra fora e o outro lhe obrigou a se ajoelhar.
Paula virou o rosto chorando, sabia o que ele queria.
__ Não!
__ Não o quê, sua vagabunda! Vai chupar todinho e vou gozar nessa boquinha linda! - desferiu um tapa em seu rosto.
___ Chupa! - esfregou o pau, que cheirava mal, em seu rosto.
Ela teve ânsias de vômito ao sentir o quanto ele era fedorento.
___ Vamos vagabunda, chupa!
Paula se recusava a fazer o que ele mandava, se debatendo, tentando escapar.
De repente, um feixe de luz iluminou a cena e um estampido de revólver se fez ouvir na calada da noite.
Os rapazes, assustados, saíram correndo, entrando no carro e fugindo.
Ela permaneceu ali, ajoelhada, chorando desesperada.
O homem da SUV havia voltado.
__ Eu lhe disse que era perigoso andar sozinha por aqui!! Venha! Vou te levar a algum lugar onde possa tomar um banho e cuidar desses ferimentos.
Paula o olhou com desconfiança, tremendo.
___ Pode vir comigo! Moro cerca de 5 Km daqui. Só quero ajudar. Confia em mim. - estendeu a mão para que se levantasse.
Ela que mal conseguia manter-se em pé, aceitou a ajuda, cruzou os braços e olhando a escuridão em volta, pensou: "O que mais de ruim poderá me acontecer?"
___ Vou aceitar, até porque não tenho como chegar a nenhum hotel neste estado.
___ Melhor assim. Meu nome é Carlos Caballero. - sorriu.__ E o seu?
___ Paula...morava com os Márquez Muniz. - contou logo, sabia que o sobrenome era um tipo de proteção.
Ele iluminou seu rosto com a lanterna.
___ Claro, sabia que a conhecia de algum lugar. Vamos para minha casa.- anunciou.___ Depois você me conta o que houve para estar assim neste estado lamentável.
___ Tá bem. - fungou.__ Conhece Murilo?
___ Sim, conheço. Não se preocupe, jamais faria algo de ruim a um parente dele. É parente dele, não é?
Paula assentiu com a cabeça.
___ Prima.
Ela entrou no carro e seguiram para um rumo que desconhecia, mas que parecia ser confiável, dada às circunstâncias em que se encontrava.
❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️
A história de Paula e Carlos começa aqui.

Resgata-me! 🔞❗Onde histórias criam vida. Descubra agora