Saia da Vida Dele!!

933 116 24
                                    

Sem correção

O resto daquela semana passou rápido, com Paula envolvida em organizar a compra da casa, procurar firmas com profissionais capacitados para realizarem as obras das reformas que demandavam a propriedade.
Foram algumas longas e exaustivas reuniões, agendadas com arquitetos e engenheiros, que mal tinha tempo de falar com Carlos.
O acordo de vontades da compra e venda foi enviado aos advogados dela, no dia posterior ao almoço que tivera com Alonso, dando o sinal assim, para que Paula pudesse sair à procura para dar início aos trabalhos.
As conversas com Carlos se resumiram a breves mensagens trocadas durante o dia e algumas à noite, quando o cansaço não a derrubava.
Ele também, estava sem tempo. As férias da faculdade iniciariam na próxima semana, e a maratona de correção das provas e a preparação dos exames de alguns de seus alunos o prendiam noite a dentro.

Em casa, Carlos tinha acabado de desligar o celular. Respirou fundo várias vezes, para abrandar a euforia. Queria vê-la no outro dia. Embora estivesse animado, os olhos cansados procuraram o relógio no canto da tela do computador. Já passava da meia noite. Ele voltou à leitura e tentou prosseguir seu trabalho, mas a imagem da mulher, que estava deixando marcas em seu coração e o enlouquecendo não o deixavam assimilar a mensagem textual do trabalho do aluno.
Bocejando, ele afastou-se um pouco do teclado de seu computador. Foi à cozinha e pegou a garrafa de vinho já aberta, na geladeira, encheu uma taça, voltando ao lugar de trabalho. A bebida cintilava, iluminada pelas labaredas da lareira, num doce convite para ser degustada, assim como o corpo delicioso de Paula, que não saía de seu pensamento.
Deus, como desejava naquele momento saboreá-lo devagar, sentindo a maciez da pele, deleitando-se nas suas curvas, acariciar-lhe os seios, que eram sua perdição. Fechou os olhos, imaginando sentir em sua língua, os mamilos rosados endurecendo e sua boca querendo provar tudo que ela estivesse disposta a lhe oferecer, desde a pele das coxas bem torneadas à doçura do sexo úmido. Sorriu de canto antes de beber o gole do líquido vermelho, lembrando do movimento gentil dos seios de Paula, a ponta dos mamilos túrgidos roçando em seus músculos, a respiração ofegante quando ele a tocava entre as pernas, afastando a transparência da lingerie, que cobria as suas partes mais íntimas. A lembrança impregnada, do seu cheiro de fêmea no cio, o fez entornar o líquido do copo de uma só vez garganta abaixo. Três noites longe dela eram demais! Seu membro clamava para estar dentro dela.
Mas para que pudesse desfrutar de Paula por inteira, era preciso acabar com o trabalho que brilhava à espera dele a sua frente. Suspirou longo e profundamente.
__ Concentre-se, concentre-se! Ela é  espetacular e os momentos que lhe proporciona na cama são alucinantes, mas o dever o chama, homem!
- repreendeu-se em voz alta, voltando à leitura.

O sábado amanheceu frio. Uma leve garoa caía do céu acinzentado.
Paula se remexeu na cama, abrindo os olhos devagar. Passou a mão no celular e lá estava a mensagem.
"Bom dia, meu amor!
Ansioso para tê-la em meus braços. Almoça conosco?"
Ela sorriu com satisfação. Estava morrendo de saudades, não só do corpo e das carícias dele, mas das crianças também. Respondeu imediatamente.
"Como dizer não ao homem que não abandona os meus pensamentos? Aceito tudo o que me propuser daqui para frente. Eu levo o vinho."
Apertou o aparelho contra o peito como uma adolescente apaixonada.
Estava mesmo feliz, pensou consigo. Jamais imaginara que dar lugar a um outro homem em sua vida possuísse tamanho poder de transformação.
Atirou as cobertas para o lado e o frio arrepiou a pele alva.
No banho, o jato de água quente caía sobre a cabeça e o corpo dela causando-lhe uma sensação aconchegante. Pegou o shampoo e ensaboou os cabelos lentamente, enquanto sorria, idealizando um final de semana perfeito ao lado daquele homem. Seria tão bom fazer planos para o futuro com Carlos! Se ele se manifestasse em assumir uma relação bem mais séria do que já tinham, ela aceitaria sem pestanejar.
Se olhou no espelho embaçado a sua frente, depois de enrolar a toalha na cabeça. Antes de se comprometer com o futuro, devia deixar o passado definitivamente para trás. Naquele instante precebeu que estava tão encantada, que não havia pensando em Murilo nem um minuto daquelas últimas 72 horas!
Depois de se secar e escolher uma roupa confortável e quente, arrumou sua valise, secou os cabelos, fez uma maquiagem leve e saiu. Ainda era cedo para ir ao encontro de Carlos em sua casa, primeiro queria passar numa loja nova especializada em vinhos finos e excelentes para presenteá-lo.
Ela escolheu duas garrafas de vinhos chilenos, recomendadas pelo dono, que veio ao seu encontro assim que Paula pôs o pé dentro do lugar, para atendê-la.
O homem simpático e bonito não mediu esforços não só para persuadi-la a comprar, mas para cortejá-la. Paula em outra ocasião, até daria entrada para o francês maduro, charmoso e viril, de sorriso lindo, que explicitava seu vasto conhecimento como somellier, mas a sua mente só pensava em agradar o homem rústico, que a levava ao céu cada vez que a tinha nos braços.
A conversa se tornou tão interessante, que rendeu a Marlon, o número do telefone dela. O somellier seria um ótimo aliado em seus projetos. Afinal, uma pousada teria que que oferecer bons vinhos aos seus hóspedes.
Através do pára-brisa já parcialmente coberto pela chuva, que agora escorria grossa, ela viu à distância o bosque de amoreiras e carvalhos, que cercavam a estradinha de pedras que antecediam o portão da casa de Carlos e mais além, os flamboyants desfolhados pela tormenta e pela estação que findava.

Resgata-me! 🔞❗Onde histórias criam vida. Descubra agora