Capítulo 7

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Na cozinha do buffet, explicava ao pessoal como queria um sanduíche. Faria com uma pasta de legumes e salsicha de frango.  

  

- Quero que pique a salsicha em quadradinhos pequenos, mas de modo que as crianças possam ver. E a pasta você mantenha bem vermelha pra parecer molho de tomate, não descolora o tom da beterraba.  

  

Circulou pela cozinha e checou o andamento de todos os pratos, quando viu que estava tudo em ordem voltou pra sua sala e se preparou para ir ao apartamento de Mari.  

  

- Rafa, preciso ir em casa e de lá já vou direto para o apartamento.  

- Quer que separe alguma coisa pra você levar daqui?  

- Acho que não, levo tudo de lá. Vai querer ir comigo hoje?  

- Precisa?  

- Não, estou perguntando por que é festa de criança e você gosta.  

- Cristina chega de viagem hoje e vou pegá-la no aeroporto. Fica para próxima.  

- Ok, estou indo então. Bom final de semana e aproveita pra namorar. – falou sorrindo.  

  

Rafa, na verdade não queria ir porque sabia que Marcela estaria nessa festa, pois a própria havia contado. Queria deixar as duas o maior tempo possível sozinhas.  

  

Ao ir para casa, Gizelly pensou na proposta de Marcela em ir buscá-la. Talvez tivesse aceitado se não fosse a atitude dela no dia anterior. Estava indignada por conta daquele beijo, mas era impressionante o fato de não ter esquecido um segundo que tinha sido muito bom. Sacudiu a cabeça pra esquecer tal pensamento. Olhou o endereço de Mari e Bianca e foi para o apartamento. Chegou junto com seus funcionários que sempre iam de van, levado por uma empresa que trabalhava em parceria com ela.  

  

- Gizelly, diga ao pessoal da empresa que esse motorista corre demais.  

- Não corri senhora, o trânsito é que estava bom.  

- Trânsito bom ou não, tem que respeitar a velocidade meu amigo, mas não vou discutir com você. Na segunda me reporto com seu superior. – falou categoricamente. 

O que fazia as pessoas terem certo receio de Gizelly era quando ficava irritada. Não conseguia domar as palavras e muitas vezes perdia o tato pra lidar com elas. Passava até a impressão de ser antipática ou arrogante, quem a conhecia sabia que não era, mas esse era o problema. Quem a conhecia? Pouquíssimas pessoas. Chegou até a portaria e se anunciou, subiu com os funcionários pelo elevador de serviço, pois era maior. Enquanto subiam ela dava as últimas coordenadas. Quando a porta se abriu, Bianca já a esperava.  

  

- Oi, boa tarde. Podiam ter subido pelo outro elevador.  

- Esse é maior e como temos muitas coisas pra carregar ficou mais fácil, foi uma subida só.  

- Venham. – chamou. – Eu adorei a decoração. Marcela está toda animada.  

  

Gizelly achou estranho e resolveu perguntar.  

  

- Ela já está aqui? – pareceu confusa.  

  

MEDIDA CERTAOnde histórias criam vida. Descubra agora