Capítulo 33

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No carro, Marcela ligou para Guilherme e pediu que fosse almoçar com ela antes que entrasse na agência. Marcaram em um restaurante perto da McGowan e mal ele sentou ela lhe deu a notícia.

- Meu amigo, você estava enganado. Ó! – mostrou a aliança.

- Estou pasmo. – olhava incrédulo. – Quando fiquei de fora da sua vida e passou a não me contar nada?

- Desde que viajou e não me ligou.

- As coisas em Manaus estão fervendo, fui no seu lugar porque achei que queria ficar mais perto da sua... esposa? – brincou.

Marcela gargalhou com a brincadeira.

- Digamos que agora somos ‘namoridas’, o termo esposa ainda pesa pra ela. Mas tudo no seu tempo... – sorriu.

- Conte tudo, não me esconda nada. A frase é clichê, mas a curiosidade é genuína.

Marcela falou sobre os dias em Itaipava, depois do convite de Gizelly e a noite romântica no final de semana.

A distância se notava a felicidade dela. E Guilherme torcia muito por isso.

- E essa tal Ivy sumiu mesmo?

- Olha, não deu mais as caras, mas sabe aquele instinto meu? Diz que ela ronda por aí.

- Na minha opinião ela não oferece risco, Gizelly parece realmente amar muito você. Caso contrário pra que iria aceitar você morando com ela? Ainda mais que é toda certinha, cheia de manias. No início você dizia que ela era difícil e olha só hoje? Dobrou a mulher. – riu. – Estou muito feliz e nem preciso falar que torço por vocês.

- Obrigada, você é como um irmão pra mim. É importante que aprove nosso relacionamento.

- Irmão né? Sei... E não me contou nada! – falou indignado.

- Ah, não fique bravo. Agora me conte sobre Manaus.

Os dois se empolgaram com os novos contratos vindos do Norte e as parcerias feitas por lá. A agência provavelmente abriria uma filial num prédio novo, com um escritório que se permitisse até gravações como a agência do Rio. Marcela estava radiante e também contou das novidades. Terminaram de almoçar pra ir trabalhar. Guilherme foi pra uma reunião em uma emissora de TV e Marcela foi pra agência pra assistir a um comercial que seria gravado.

- Odeio comercial de carro. Geralmente é um povo tão esnobe.

- Confesso que também não gosto, mas rende. É rápida a gravação e eles nem discutem preço.

Despediram-se pra encarar seus compromissos. O dia foi muito enrolado, houve atrasos na gravação e Marcela ficou com muita raiva. Estava totalmente sem paciência, mas não podia sair dali. Os atores deram chilique, o diretor estressou, uma atriz fez um drama e quis ir embora e Marcela teve que fazer a social pra não atrasar a campanha do cliente. O que seria algo rápido tomou toda a tarde da publicitária. Gizelly terminou o dia no café fazendo uma breve reunião com os funcionários e mostrando as novas opções no cardápio. Depois sentou com sua secretária pra falar da nova parceira de trabalho dela.

- Rafa, faça uma seleção de currículos e depois entrevistamos. Como disse, fica a seu critério.

- Tudo bem, eu seleciono e nós duas entrevistamos. Aí no final a gente escolhe, pode ser?

- Fechado. – sorriram.

Gizelly recebeu uma mensagem de Marcela dizendo que iria se atrasar e que ela podia ir pra casa sem ela.

MEDIDA CERTAOnde histórias criam vida. Descubra agora