Capítulo 21

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Por um momento Gizelly percebeu certa preocupação na voz de Marcela e ficou apreensiva.  

- Que foi? – sentou-se de frente pra ela.  

- Hoje de manhã você disse que estava gostando de me ver aqui todos os dias, gostando da minha companhia.  

- Sim, na verdade eu…  

- Calma, me deixa falar primeiro. Quero que saiba que não me deixei levar e nem por isso penso em casarmos amanhã. Sei que aos poucos estou entrando nesse coração. – colocou a mão no peito dela. – E que muita coisa mudou desde que nos conhecemos, não quero de jeito nenhum passar por cima dos seus limites. Gosto muito da sua companhia, se pudesse passaria o dia inteiro com você, mas sei que isso é como todo início de namoro, apesar de estarmos juntas há quase seis meses. Só que eu sinto como se todo dia fosse o início e meu coração nunca se cansa de te olhar.  

  

Gizelly ficou emocionada com aquelas palavras. 

- Eu comprei uma coisinha. – continuou a loira. – E espero que isso não te assuste e se não quiser aceitar, eu vou entender. – tirou de trás uma caixinha e abriu. Tinham dois anéis em ouro branco com uma pequena faixa dourada e dois diamantes cravados no meio.  

- Nossa! – Gizelly falou surpresa, nem conseguiu dizer mais que isso na verdade.  

- Não são alianças, tanto que eles são pra ser colocados no dedão. – sorriu meio sem jeito. - Isso é pra você saber que não penso em mais ninguém, que tudo que faço é pra você achar bonito, que é a mulher da minha vida… – suspirou. – E que te amo.  

  

Não teve coragem de pegar a aliança e colocar no dedo dela, pela primeira vez tinha medo de algo na vida. Achou que ia sair correndo dali pra não ter que ouvir as desculpas dela. Gizelly então pegou um anel e colocou no dedo dela, depois beijou sua mão. Voltou, pegou o outro anel e colocou na sua mão, ao que imediatamente Marcela também beijou.  

  

- Você entrou no meu coração e o pegou pra você. Se hoje tenho vontade de sorrir é porque sei que esse sorriso é pra alguém que me ama de verdade e é por isso que eu aceito ter um pedacinho de você aqui dentro, representado neste anel.  

  

Estavam emocionadas, mas ao mesmo tempo muito felizes. Se abraçaram e depois Marcela pediu um beijo. Ganhou o mais carinhoso que merecia.  

  

- Linda! – Gizelly limpou as lágrimas dos olhos dela. – Sabe o que vou fazer agora pra comemorar?  

- O que?  

- Uma bacia de batata frita com um molho que faço e muito refrigerante.  

- Oba! Vou lá te ajudar, porque daqui a pouco começa o programa.  

  

Enquanto Gizelly fritava as batatas, Marcela foi rápido comprar um refrigerante, pois não tinha em casa. Voltou toda molhada, o tempo estava pra chuva e ela caiu antes que a loira chegasse em casa.  

  

- Meu Deus Marcela, que isso?  

- Chuva ora bolas. Quando eu saí vi que tinha uns relâmpagos, mas achei que dava tempo. Não fui de carro, porque era um absurdo, afinal a padaria é ali pertinho.  

- Então tira a roupa e vai pro banho de novo, toma bem quente, senão pode se resfriar.  

  

MEDIDA CERTAOnde histórias criam vida. Descubra agora