Terminaram de comer e resolveram caminhar. Por ser uma propriedade do hotel, poderiam deixar seus pertences ali mesmo que ninguém iria mexer, já que era de total responsabilidade do lugar. Saíram andando na beirada da praia, sentindo a água molhar seus pés. Gizelly abraçou Marcela pela cintura e sorriu. Se surpreendendo com tal atitude a loira acabou olhando meio desconfiada.
- Tenho que aprender a demonstrar pra todo o mundo que amo você. – falou a mineira.
- Meu bem, não precisa fazer se não se sentir à vontade. Já conversamos sobre isso. – passou o braço pela cintura dela.
- Aqui estou mais à vontade, afinal não conheço ninguém. Por isso quero tentar.
- Tudo bem, eu te ajudo. – Marcela a abraçou por trás, passando os braços por sua cintura e segurando suas mãos. Beijou o pescoço dela e fez cócegas. Gizelly ria gostoso e a sensação era muito boa. Ainda que notassem olhares curiosos, eles não eram capazes de atrapalhar.
Caminharam até um ponto onde a praia estava mais deserta, poucos turistas andavam ali, sendo que a maioria já voltava para o lugar mais movimentado. Subiram uma pedra e sentaram pra ver as ondas quebrarem naquele local. Entre as pernas de Marcela, Gizelly se sentou encostando-se no peito dela.
- Você sabia que as pessoas estavam falando da gente?
Marcela estava tão distraída com as ondas que não entendeu.
- Como é?
- A imprensa, os sites, falam da gente, de sermos um casal.
- Li algo sobre isso, mas não me interessei. – repousou o queixo no ombro dela. – Você viu?
- Não, só sei porque as meninas no café me contaram.
- E pensa o que disso? – estava meio desconfiada.
- Sinceramente não parei pra pensar. Rafa me disse que tem gente falando mal, mas muitos falam bem.
- Ah é? – ficou animada. – O que?
- Que somos um casal bonito. – sorriu.
- Ah, disso eu não tenho dúvidas. – esticou os braços pra trás se apoiando neles. – Eu sou um mulherão e você uma gata, realmente somos o casal mais lindo. – riu.
Gizelly olhou pra ela, achava incrível Marcela ser tão tranquila quanto aos comentários alheios.
- Você nem liga né. Queria ser assim...
- Meu amor, é uma questão de costume. Sendo certo ou errado, as pessoas sempre vão falar, criticar. Não dá pra agradar todo mundo. Parece clichê, mas o certo é viver despreocupado e fazer o que quiser. – voltou a abraçá-la. – Vai se acostumar a não ligar para opiniões assim, porque quem gosta de você de verdade e admira seu trabalho, gosta independente da sua sexualidade, da cor do seu cabelo, se é loira ou morena.
- Eu sei. – falou olhando para o mar.
- Desamarra essa carinha e vamos aproveitar nossa lua de mel. – começou a beijá-la no pescoço, na nuca, sentiu quando sua pele se arrepiou. Passou a mão em sua barriga e com jeitinho foi chegando ao meio de suas pernas.
- Amor, aqui não. – tirou a mão.
- Por quê? Você está uma delícia nesse biquíni, sabia? – mordia o lóbulo da orelha dela com uma das mãos passando pelos seios.
Ficava mais difícil pra a chef resistir. Quando Marcela colocou a mão dentro da calcinha do biquíni ela levantou no susto.
- Não Marcela! Aqui não.
- Ai, que mulher difícil. – se levantou também. – Preciso nadar pra esfriar a cabeça.
- Só a cabeça? – a chef começou a rir.
- Não me tente... – olhou fingindo estar séria.
Desceram pra areia e entraram na água. Gizelly tirou a canga e o chapéu, deixando junto com a bolsa de Marcela e o short. Não havia ninguém ali e poderiam ficar sossegadas. A água estava muito refrescante, ficaram um bom tempo brincando e namorando, até que Marcela foi para uma parte onde as ondas quase não quebravam. Ficou numa posição como que sentada e com o sossego Gizelly pode ficar em seu colo, de frente pra ela.
- Vamos cair assim. – falou.
- Não vamos. – puxou o pescoço dela para que se beijassem e ali se esqueceram do mundo.
Sem tocá-la, que não fosse na cintura, Marcela instigou Gizelly com a língua, num beijo ardente. Os lábios se tocavam sem pudor, se mordiam, as línguas dançavam buscando prazer e sem que notassem estavam se tocando dentro d’água. Marcela esfregava o sexo de Gizelly com delicadeza, sentia o clitóris aumentar de tamanho e inchar de prazer. A mineira por sua vez massageava com vigor e juntas alcançaram o orgasmo, ali na praia sob o sol e uma paisagem paradisíaca.
Minutos depois, já na areia, Gizelly reclamava.
- Você não faça mais isso comigo.
- Ó! E o que eu fiz? Abusei de você neném? – debochou.
- Você me induziu. – fez um bico.
- E você adorou. – falou no ouvido dela.
Voltaram caminhando devagar, brincando com as ondinhas que chegavam aos seus pés e tirando fotos. Em frente ao hotel sentaram em uma mesa e pediram o almoço. Uma garçonete veio vestida num traje mais sensual e Marcela a admirou, pois era morena e de cabelos compridos e olhos castanhos, até parecia a chef. Sorriu pra ela e foi toda simpática, sendo plenamente correspondida. Quando a moça saiu, ela ficou observando.
- Vai continuar olhando até quando? – falou Gizelly extremamente contrariada.
- Não estou olhando. – tentou mentir.
- Ahan.
- Tá bom olhei, mas só porque ela tem os cabelos parecidos com os seus; somente admirei. Não fiz por mal, amor, desculpa. – se chateou.
Almoçaram conversando amenidades, mas Gizelly ainda meio séria com o ocorrido. Assim que se levantaram pra voltar para a casa, Marcela pegou nas mãos da namorada.
- Me perdoa. Não fique chateada com uma bobeira dessas. – beijou suas mãos. – Se olhei não foi pra cobiçar, desculpe se dei essa impressão.
Gizelly viu sinceridade nos olhos dela.
- Tudo bem. Já me acostumei com seu jeito, você é assim. E gosta disso, de observar, de admirar e interagir com as pessoas, ainda que pareçam cantadas, sei que não são.
- Você é a mulher da minha vida, entenda que nunca vou trocar você por ninguém.
- Nem por um corpão sarado e bronzeado? – falou manhosa se referindo a tal mulher.
- Ninguém. – olhou nos olhos dela e a beijou, ali mesmo na frente de todos.
Gizelly cedeu ao beijo e passou os braços em volta do pescoço dela, como que mostrando que realmente era um casal. Não souberam precisar quanto tempo durou aquele beijo, mas quando se separaram olhos curiosos as fitavam.
- Agora fiquei com vergonha. – Gizelly escondeu o rosto no colo da loira.
- De que? Eles estão morrendo de inveja de mim. A mulher mais linda da praia é minha.
- Cafajeste. – beliscou a barriga dela. – Vamos, estou louca pra tirar essa água salgada. – voltaram de mãos dadas para o chalé.
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MEDIDA CERTA
FanfictionGizelly tem seu coração completamente protegido atrás de um parede de puro concreto e aqueles que tentarem se aproximar dele serão friamente desencorajados! Porem Marcela não vai desistir facilmente.. Esta fanfic é uma adaptação, a original é escrit...