capítulo 45

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Pararam na recepção para que Marcela pudesse saber as coordenadas do local aonde iam. O funcionário explicou e elas saíram novamente no carrinho, andaram por uns dez minutos apenas e pararam numa espécie de porto. Havia um pequeno barco esperando e o funcionário foi dispensado, pois Marcela queria ir sozinha com Gizelly. Não tiveram dificuldade em remar, já que a água era calma e a tenda era bem próxima.

- Que lugar lindo. – Gizelly olhava em volta. – Vamos jantar aqui?

- Vamos.

Chegaram e a loira atracou o barco, saindo e puxando Gizelly pela mão. A mesa de jantar estava pronta à beira de uma varanda toda iluminada. Estava enfeitada com flores e folhas de bambu, um balde de gelo com uma garrafa de champanhe, taças de água e o jantar encoberto por refratários. Marcela puxou a cadeira para que Gizelly se sentasse e depois se sentou frente a ela. Serviu o jantar e comeram em clima romântico.

- Como descobriu esse lugar?

- Ontem quando fomos ao chalé das meninas. Voltando com meio dormindo percebi essas tendas de longe e aproveitei enquanto você dormia pra reservar uma pra hoje. São várias, em pontos distantes, lógico. Ficam lindas vistas do alto.

- Passaremos a noite aqui? – perguntou com um sorriso malicioso.

- Pretendo... – Marcela não olhou pra ela, apenas pegou a taça de champanhe e levantou para brindarem.

Após o jantar ficaram de pé na varanda admirando o mar calmo e o vento soprando nos cabelos. Marcela abraçou Gizelly por trás, apoiou a o queixo em sua cabeça. Sentiu seu perfume e fechou os olhos, a sensação de paz era tão grande que não se lembrava ter sentido aquilo há muito tempo.

- Eu te amo. – a voz de Gizelly veio suave completando a sensação da publicitaria, que a virou e não disse nada. Apenas a beijou de forma delicada, sentindo os lábios doces e macios do seu amor. Procurou sua língua e a sentiu acariciando a sua ternamente. Gizelly passou os braços em volta do seu pescoço e acariciou a nuca, enfiando os dedos em seus cabelos. Marcela alisou os braços da chef e deslizou as mãos para sua cintura. Puxou Gizelly contra si e ainda a beijando suspirou profundamente:

- Vem cá amor. – a levou para dentro da tenda e fechou a cortina meio transparente. A cama era baixa e em volta havia velas e ornamentos em madeira. Os lençóis eram brancos, misturados com tons mais claros e muitas almofadas.

Marcela se sentou com Gizelly e tirou seus sapatos, depois os dela. Gizelly ia beijá-la, mas ela interrompeu.

- Gi, eu te trouxe aqui por vários motivos. O primeiro deles e mais importante é que queria passar uma noite num lugar especial e romântico. Já fizemos isso várias vezes, mas este é diferente de todos. – segurava suas mãos. – Cada vez que fazemos amor meu sentimento muda, como se tivesse uma tonalidade diferente a cada dia, ficando cada vez mais forte.

Gizelly sorriu e beijou a mão dela.

- Hoje gostaria de fazer algo diferente, mas você vai me prometer que não se sentirá pressionada por tudo isso aqui.

Gizelly enrijeceu o corpo, imaginou o que seria, mas esperou que Marcela falasse.

- Você confia em mim?

- Confio. – respondeu baixinho.

- E eu em você, portanto não faça nada que não queira. – virou-se ficando entre as pernas dela. – Quer ser minha mulher hoje? – pra sua surpresa, seus olhos marejaram e Marcela não quis esconder as lágrimas.

- Já sou sua mulher.

E num breve silêncio, Marcela respondeu o que Gizelly falara há pouco.

- Também te amo.

MEDIDA CERTAOnde histórias criam vida. Descubra agora