Capítulo 11

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Rafa saiu e Marcela pegou uma bandeja para colocar algumas das iguarias que ela tinha levado.  

   

- Nossa, parece que tem um batalhão nessa casa de tanta coisa que ela trouxe.  

   

Depois de ajeitar tudo, ainda incluiu frutas e iogurte. Subiu as escadas e foi para seu quarto. Gizelly estava tentando se ajeitar na cama.  

   

- Ei, por que não me chamou? – a loira deixou a bandeja na beirada da cama e foi ajudá-la. – Trouxe comida, está com fome?  

- Não, mas sei que tenho que comer.  

- Isso aí, boa menina.  

   

Gizelly comeu um pouco de tudo e depois ficou tomando seu suco preferido. Marcela olhou no relógio e viu que era hora de passar o remédio nos ferimentos e dar o analgésico. Já tinha deixado água no quarto. Separou tudo e deu a ela.      

- Esse remédio tem um cheiro horroroso. – Gizelly reclamou enquanto Marcela o passava.  

- Sinceramente? Também acho. – riu. – O farmacêutico disse que ele é o melhor do mercado, pois seca rápido e não mancha, além de ser um ótimo cicatrizante.  

- Podiam ter feito com um cheirinho melhor.  

- Prontinho. – guardou o frasco.  

- Você pode pegar aquela minha bolsinha transparente?  

- Claro. – a loira pegou e entregou a ela.  

   

Gizelly procurou por alguma coisa e não achou.  

   

- Hum… – fechou a bolsa e colocou no criado ao lado da cama.  

- Que foi?  

- Nada, eu queria passar algum perfume. Estou me sentindo mal com esse cheiro e devo estar incomodando você.  

- Perfume? Acho melhor não passar princesa, vai que pega num dos machucados? Pode arder depois. Você não me incomoda. Vamos ver o que dá pra fazer. – Marcela procurou em seu closet um hidratante e achou um de perfume suave. Sentou ao lado da chef e foi passando pulando somente os lugares dos curativos. Cada pedacinho onde era passado o hidratante, também ganhava beijinhos de leve. Deixou o pescoço por último e quando terminou beijou a nuca e mordeu abaixo da orelha de Gizelly, sentindo sua pele se arrepiar.  

- Você é a mulher mais linda que eu já vi, não só pela beleza física, mas pelos gestos, delicadeza de movimentos e por ter esse olhar que só me encanta. – olhou nos olhos dela. – Ver esses olhos é o mesmo que ver a sua alma. – beijou-lhe os lábios.  

- Acho que a beleza física já não conta. – Gizelly olhou para baixo se sentindo triste.  

- Pra mim você continua linda como no primeiro dia em que a vi naquela inauguração do restaurante. Não são meia dúzia de arranhões que me fizeram mudar de ideia, continuo apaixonada por você.  

   

Gizelly sorriu e chorou ao mesmo tempo. Sentiu que estava mais emotiva por conta da situação. Ouvir aquilo era mais importante do que ela pensou. Segurou o rosto de Marcela e beijou seus lábios. A loira sentiu o gosto de suas lágrimas e chorou também. Sentiu rendição e carinho totalmente sinceros ali.  

MEDIDA CERTAOnde histórias criam vida. Descubra agora