Capítulo 44

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De manhã pediu o café enquanto Gizelly ainda dormia.

- É, esse remédio te derrubou mesmo, meu amor... – olhava para ela completamente apagada na cama. De bruços, os cabelos espalhados pelo travesseiro, vestia apenas calcinha.

Ficou em cima dela e beijou-lhe a nuca, massageou levemente com uma das mãos. Cheirou seus cabelos para chamá-la bem baixinho.

- Amor, acorde. – deu outro beijo na nuca. – O dia está lindo.

Gizelly respirou fundo, puxou o braço de Marcela e beijou sua mão. Virou-se ainda sob o corpo da loira e deixou que ela se encaixasse entre suas pernas, só aí abriu os olhos e se deparou com o mais lindo castanho.

- Bom dia. – sorriu de forma meiga.

- Oi amor, como está o pulso?

- Dói ainda, mas bem menos que ontem. – olhou para o braço. – Esse protetor está ajudando, assim não forço.

- Me sinto culpada, acho que fui eu quem te causou isso. – beijou a mão machucada. – Te puxei com força ontem. Sou uma besta enjambrada.

- Não foi amor. – riu. – Nem sei o que significa enjambrada, mas você não é.

- Significa ser sem jeito e bruta.

- Isso eu posso dizer que tenho mesmo. – não foi nada modesta. – Tem um suco maravilhoso de morango com guaraná nos esperando e um pãozinho quentinho com queijo brie que você gosta.

- Hum... – a chef fechou os olhos e respirou como se aspirasse o cheiro da comida. – Tenho muita fome, ontem o jantar... ei, como eu saí de lá? – perguntou totalmente confusa.

Marcela deu uma risada alta se divertindo com a carinha de Gizelly.

- Você dormiu amor. – saiu de cima dela e lhe estendeu a mão para ajudar a se levantar. – Jantamos, ficamos conversando e você desmaiou. Te trouxe no colo de lá aqui.

- Jura? Ô amor, que peso. – vestiu um hobby.

- Imagina, você é super leve.

Marcela passou o braço em volta da cintura dela e foram para a varanda comer.

Desceram para encontrar com as meninas e foram caminhar na praia. Lucia debaixo de muito protetor solar e um boné. Gizelly também se precaveu e fez questão de passar o protetor em Marcela também.

- Não é porque moramos no Rio que não precisa de protetor. Você é muito branquinha e além disso o sol faz mal nessa hora.

- Tá bom amor, já me conformei em andar toda melada desse negócio. – resmungou.

- Depois eu tiro tudo. – cochichou no ouvido dela.

- Ui. – sorriu à declaração.

- Está melhorando o pulso, Gizelly? – Lucia perguntou.

- Sim, acho que à noite já não devo precisar.

- Ah que bom, assim aproveita melhor a viagem.

Marcela lembrou que à noite as duas tinham outros planos. Veronica era mais morena e nem precisava de tanto filtro solar, por conta disso  se preocupava com Lucia. Sempre checava para ver se não precisava passar novamente. Caminharam pela orla, tomaram água de coco, suco e quase no meio da tarde resolveram almoçar. Marcela quis dar um mergulho e deixou as três conversando. Gizelly a admirava correndo pela areia e mergulhando na onda.

MEDIDA CERTAOnde histórias criam vida. Descubra agora