O Mentiroso

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Comentário da autora:
A: Finalmente eu consegui voltar, desculpa a demora, foram muitos problemas mas retornarmos. Fiquei vendo os seus comentários e obrigado por esperar.

Uma das minhas questões mais fervorosas agora é  o porquê, por que ela teve que me falar isso?
Achei que estava fazendo um bom papel, cumprindo com a nossa própria regra entre nós " nunca nos apaixonar pelos membros da equipe".
Eu ainda tenho a memória vivida de poucos meses atrás, quando acordei e a vi assim, na minha cama a me vigiar, eu não pude conter minha surpresa.
Eu não entendia esse sentimento, foi como uma paixão por uma pessoa por completo.
Éramos uma equipe e era notável que a mesma mulher ali, havia uma afinidade por um Ruivo de olhos verdes, por todas as coisas, eu me tive a  acreditar que " Esse é o certo" respeitarmos a regra que nascera conosco em um silêncio e agoniante dor. O Jovem qual duvidamos havia morrido de amor, por não aguentar mais e estar a vislumbre de uma paixão condecorada e não correspondida.
Aquela noite, e tarde naquele bar ele estava em dúvida.
Imagens conflitantes . Em minha memória uma mulher arrasada me pedindo para que aquilo fosse evitado" Que o amor seja negado em uma equipe"  e no outro a mesma me dizendo que me amava.
Era contratante e um tanto agoniante. Achava que talvez o ânimo da briga fora o culpado, quem sabe a cachaça sei lá.
Eu não consigo me sentir normal, era como se o meu maior erro fosse cometido em uma mera conversa fora do bar. O Joui entrou e ele para confortar ela lhe disse que estava tudo bem, que… eramos amigos.
Minha cabeça rebobinava a noite passada também, cujo ambos pais de Joui presenciaram seu filho ter seu momento mais feliz com o filho do Cohen.
Acabei por bisbilhotar ? Sim, mas não só eu, ela também.
Ela agia bem, como se fosse normal, mas uma coisa que aprendi com a experiência própria é que Elizabeth estava tudo menos bem.
Então só queria saber.
" Por que ela resolveu aquilo agora? "
Era alguma mentira de mal gosto?
Eu fingia e até mesmo acreditei na minha  própria mentira. Atirei-me no mar do esquecimento, tentei não me tomar por tais coisas , tomei tais preocupações. Eu coagi pessoas para que no final, eu a visse daquele jeito.
Aquilo não entrava na minha cabeça, afinal que atitude tomar? Eu disse que eram amigos.
Eu também agora não me sentia bem.
Eu fingia que apoiava o Arthur.
Eu só queria dar um sorriso falso em dizer " Eu só espero que esteja feliz Liz".
A imagem da discussão,o banheiro e tudo subsequente formavam uma espiral na minha cabeça.
Várias espirais, em uma sala branca, no final são espirais. Eu me vejo a bater por todos os cantos e tentar sair daquele lugar, era agoniante as espirais, elas pareciam consumir ele e todos aqueles símbolos, sangue, desenhos espalhados por ali.
Eu estava louco, queria sair dali o mais rápido possível.
Eu corro e uma janela de vidro se materializa e se quebra comigo, sinto o vidro a me perfurar, uma dor que era que nem um rasgo quente, aterrićonao chão da forma que da e ao levantar o olhar todos ali estavam, eram a minha salvação  em esse mar escuto e nefasto de lodo negro. Eu me levanto e vou próximo deles e então as expressões mudam, era um asco, abnegação, amargor, como se eu fosse a pior espécie de humano.
De alguma forma me identifico com eles. Eu sei que não sou o cara mais  inteligente. Eu não sirvo.
Passo pelo César, que ficou calado, mas ao dar as costas a ele, vejo ele se mover de onda estava, orbes negras, completamente negras e parar ao lado da Liz. Era um sussurro no ouvido dela, porém a voz reverberou em minha cabeça.
— Como você pode magoá-la e deixá-la sozinha? Você sabe que ela te ama? Mesmo assim vai deixar pro " Arthur"? Logo ele, que é muito melhor que você? Alguém MUITO mais gentil que você. Ele não dá asco ao olhar, você é um fumante desgraçado, raquítico e manipulador. Em nenhum lugar alguém te vê como herói, você não é nada.
Eu ignorei.
Eu precisava pra manter minha sanidade.
Ele continua a andar por eles, mas eles o cercavam como vultos.
— Eu não o sei quem é ele Liz-senpai mas acredito que seja o Thiago-sensei, eu não consigo ver, que horrível— Eu escuto a voz do Joui e o tom mesquinho como se fosse um deboche o destrói um pouco.

O segredo entre nósOnde histórias criam vida. Descubra agora