Amor Culposo

198 11 54
                                    


Notas Jô: 

Olá chat, obrigada por serem pacientes comigo e com a Ana quanto se trata a esta fanfic inspirada em Ordem Paranormal - O segredo na floresta, queria esclarecer algumas coisas com vocês pois bem merecem. Eu e Ana tivemos um período difícil de criação (inspiração), problemas de guião e de discordância com algumas partes da fanfic entre outros. Para além do mais que, uma de nós estava desanimada e outra queria desistir da fanfic, mas ambas sabemos que prometemos continuar pata vocês esta história que merece um final feliz. O capítulo será pequeno, mas eu juro que irá valer a pena para o próximo que tenho guardado pata o capítulo da Liz ;)Espero que gostem dos capítulos da Liz (escrito por mim) e do capítulo do Joui que sairá ainda hoje também (pequeno e escrito por Ana). Obrigada por tudo e pelo vosso apoio que tanto amamos! Continuem comentando que nós duas sempre damos risada e gostamos de ver a vossa reação perante tudo!Obrigada, novamente, Joanna <3


A raiva é um sentimento bastante poderoso, mas é a culpa que nos erradica. A culpa nos erradica de uma forma fulminante e angustiante, corrompendo a alma que permanece inquieta e repleta de grandes sentimentos de remorso. Raiva. Dor. Culpa. Sufoco. Emoções que comprovam a ampla dor de um peito amargamente sufocado pelas memórias passadas de momentos, pessoas, palavras, ações. É como relembrar de todos os erros cometidos no rumo que traçamos em nossa história. Em nossa vida. É saber também, que como consequência de nossos pecados, iremos carregar um presságio de decepção e uma multiplicidade de vozes que deixaram a mente ruminar em uma maresia de desregramentos que trazem consigo o sentimento de culpa. Uma culpa que merece ser sentida, pois quem a causou foi nem mais nem menos, uma versão antiga do meu ser. Uma versão que ainda está presente em mim. A minha única e culpada versão do meu verdadeiro ser.

Acordo em sobressalto quando um grito excessivo chegou aos meus ouvidos. Sinto o meu coração bater lépidamente enquanto o clamor desaparece pelas paredes do hotel, o que dá a percepção da grandeza do edifício onde estou.

Olho ao meu redor e consigo ver o meu corpo deitado em uma confortável cama de lençóis finos originados de seda branca, sentia frio com tão pouca roupa em cima de mim. Ao meu lado direito, duas foices afiadas demarcadas em suas lâminas com símbolos esotéricos, que brilhavam em cima de uma pequena mesa de madeira escurecida coberta de pó, o meu instinto fez-me agarrar as duas lâminas em um movimento rápido enquanto ergo o meu corpo da superfície onde estava repousada. Com passos silentes, caminho até à porta de tábuas de madeira maciça, após conseguir ficar próxima da porta, giro com cuidado a pequena maçaneta dourada e deixo a porta deslizar para dentro, deixando uma pequena abertura onde consigo ver o corredor minimalista com um grande tapete avermelhado com detalhes a cróceo encardido. Não conseguia ver nada para além de duas silhuetas enormes feitas em uma sombra negra, pareciam-se formar em uma forma consciente e humana. Com essa visão, encosto uma lateral do meu rosto na ombreira observando o exterior do quarto enquanto sinto o frio do ambiente consumir o meu corpo de uma forma fulminante, chegando a arrepiar a minha pele. Observo as sombras a se comunicar com vozes densas e masculinas. Tento reconhecer as vozes mas, quando me vejo sem sucesso, abro a porta por completo, percebendo o meu coração galopar loucamente quando os meus olhos atingem um outro olhar esverdeado vívido. Diante de mim, permanecia uma figura masculina alta com belos cabelos ruivos presos no cimo da cabeça, uma barba igualmente ruiva cortada quase rente ao seu queixo, com o seu olhar vazio inerte em mim. Usava vestido, um longo casaco cinzento sob uma camisa anil, umas calças negras em que, em um de seus bolsos estava pousada uma mão, na outra, carregava uma arma de cabo comprido. Os meus olhos não conseguem manter-se quietos com tal visão. Uma visão que à muito que meus olhos não viam. Uma visão que me fez sorrir de instantâneo.

O segredo entre nósOnde histórias criam vida. Descubra agora