Capítulo 20

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- Identifique-se, por favor. - A voz eletrônica soou pelo interfone da casa dos Jeong.

- Sina Deinert.

Com o acesso liberado, Sina deu partida com o carro novamente, contornando o jardim até parar em frente a entrada principal.

- Boa noite e obrigada. - Heyoon disse deixando o carro com certa dificuldade com Gyuri adormecida em seus braços.

- Eu ajudo.

Sina contornou o carro parando em frente a Heyoon. Esticou os braços pedindo para que a coreana a entregasse Gyuri e seguiram em silêncio.

- Sina, que bom vê-la aqui. - O pai de Heyoon cumprimentou alarmado, mas  ao perceber sua neta dormindo nos braços da alemã, diminuiu o tom da voz.

- Boa noite, senhor Jeong. Será que podemos conversar?

- Claro que sim querida. - Apontou para os braços de Sina e continuou. - Espero você no escritório. Yoon, sua mãe pediu para avisá-la quando chegasse, ela já se recolheu, estava se sentindo indisposta.

- Certo papai, vou só deitar Gyuri antes. - Virou para Sina. - Vamos.

A loira a seguiu em silêncio.

Heyoon abriu a porta do quarto dando passagem para Sina, que ficou olhando da coreana para o berço, num pedido mudo de ajuda.

- O que foi? - Heyoon perguntou de braços cruzados, se fazendo de desentendida.

- Eu não sei.. quer dizer, eu não tenho jeito de deitar uma criança, ela pode acordar.

Heyoon se aproximou pegando a menina.

- Você pode pegar um pijama e uma fralda, por favor? O pijama está na terceira gaveta da esquerda e a fralda na gaveta de baixo.

- Ela não vai acordar com você mexendo com ela? - Perguntou curiosa.

- Não, Gyu tem o sono pesado e hoje foi cansativo para ela.

Sina ficou de longe observando o jeito que Heyoon tinha para lidar com a menina. Se não fosse por tudo, Sina tinha certeza que a coreana seria a mãe responsável e cuidadosa e ela seria a mãe desastrada "irresponsável", reprimiu um sorriso com o pensamento.

- Cem dólares por seus pensamentos.

Sina voltou a realidade e Heyoon ainda continuava de costas com Gyuri.

- Como assim? Não pensava em nada. - Falou tentando disfarçar a voz de quem acabava de pousar na terra.

- Quando você fala, é mais silencioso do que quando você pensa.

- Eu pensei alto? - Perguntou desconfiada.

- Touché.

- Vou conversar com seu pai, com licença e boa noite.

- Sina.

- Sim?

- O divórcio... você tem...

- Amanhã você precisará ir até a construtora para assinar os documentos. - Sina a interrompeu. - Queria falar alguma coisa?

- Não, obrigada.

Sina a olha mais uma vez e deixa o quarto batendo a porta devagar para não acordar Gyuri, mesmo a menina tendo um sono pesado.

...

- O senhor era ciente que o Urrea tinha participação nos lucros da construtora? - Sina foi direto ao ponto na conversa com o futuro ex sogro.

5 Anos - [HIATUS]Onde histórias criam vida. Descubra agora