- ... e foi assim que eu cheguei até aqui.
Sina conversava em sua sala com Lamar. O rapaz havia chegado na noite anterior e Sina pediu que ele fosse ao prédio da construtora na manhã seguinte.
- Eu estou simplesmente perplexo, que novela mexicana... - Se mexeu na cadeira. - Então quer dizer que você suspeita que o pai da menina esteja desviando dinheiro da construtora com a ajuda desse Josh, amigo dele?
- Sim, existe mais alguma outra explicação?
- Não, pelo que me mostrou os números realnente estão maquiados. HanGeng nunca percebeu isso?
- Eu não sei, acho que ele sempre confiou na equipe de funcionários e também não iria desconfiar de alguém da "família", tanto que ele o colocou como beneficiário de lucros e eu cortei isso quando assumi a presidência. - Sina terminou sorrindo.
- Apesar dos números claramente alterados, você sabe que é preciso provas, algum comprovante de transferência bancária, pagamento de terceiros, etc.
- Sim, eu sei. Hoje ao final do expediente nós vamos ao setor financeiro procurar algo do tipo.
- E você acha que eles são burros o bastante para guardarem essas provas aqui?
- Sim, eles são burros, mas você tem razão. De qualquer forma iremos ao financeiro procurar alguma pista.
- Heyoon se dá bem com esse cara?
- Sim... eles estavam morando juntos.
- Você sabe o que tem que fazer Sina.
- Não quero envolver Heyoon nisso.
- Mais do que ela já está envolvida? O pai da filha dela está roubando a empresa da família a pelo menos cinco anos. A Yoon é a única que pode te dar acesso direto a tudo desse cara.
Sina ficou pensativa por um tempo enquanto Lamar voltou sua atenção para os relatórios fazendo algumas anotações.
- Heyoon? - Sina falou ao ouvir a coreana responder sua chamada.
- Sina? É você? Está tudo bem? - Questionou preocupada, não sabia notícias da alemã há mais de uma semana.
- Sim... sou eu e sim, está tudo bem. - Olhou para Lamar que a olhava curioso. - E-eu... hã, eu quero te convidar para jantar comigo essa noite... em casa, você e Gyuri. - Sina estava se sentindo uma adolescente que chamava sua namorada para sair pela primeira vez.
- Está tudo bem mesmo com você? - Sim. - Heyoon se calou por um tempo ouvindo a respiração acelerada de Sina. - Certo, já sabe o que vai pedir?
Sina sorriu com a pergunta, realmente ela teria que pedir comida em algum restaurante já que não era a melhor chef de cozinha do mundo. Porém, uma idéia melhor passou por sua cabeça e ela soltou sem pensar.
- Na verdade... você lembra que tínhamos um jantar marcado... antes de tudo?
- Sim.
- Você tem as chaves de casa. - Você quer que... - Me espere as 8pm. - Sem esperar resposta de Heyoon, encerrou a ligação.
Lamar a olhava com olhos arregalados.
- O que foi? Você disse que ela que vai me dar acesso ao Urrea... foi a primeira coisa que eu pensei.
- Pra cima de mim Sina? Você parecia mais uma adolescente apaixonada, seus olhos brilham quando fala da Yoon e até quando fala da filha dela. - Lamar sorriu. - Você vai conseguir o que quer sobre Noah e vai usar isso também para ter Heyoon.
- Isso é coisa da sua cabeça, eu só quero provas contra o Urrea e se é Heyoon que pode me dar, ótimo, vai ser bem mais fácil conseguir.
- Se é só isso mesmo, você jogou sujo assim.
- Pra mim dá igual, as pessoas não costumam jogar limpo comigo mesmo.
Lamar balançou a cabeça negativamente.
- Ok, você que sabe, mas nós vamos conseguir pegar esses caras.
....
Sina estacionou o carro em sua garagem pontualmente as 8 da noite. As luzes de fora estavam todas acesas devido ao sensor.
Demorou a deixar o carro olhando ao redor. Heyoon não estava lá, não havia outro carro além do seu na garagem.
Talvez ela deveria ter esperado uma resposta da coreana e não ter encerrado a ligação e criado falsas esperanças. Balançou a cabeça negativamente seguindo para a entrada.
Ao abrir a porta, um cheiro gostoso de comida caseira invadiu suas narinas, fechouos olhos par aproveitar o cheiro. Heyoon. Só poderia ser Heyoon, poderia ser sua mãe também, mas naquele momento tudo que ela menos queria era que fosse sua mãe, e quando abriu os olhos teve a certeza que se tratava de Heyoon ao ver uma mini cópia da coreana correndo em sua direção.
- Titia Siiiih. - Gyuri levantou os braços para a maior. Sina estava com um grande sorriso estampado em seu rosto.
- Oi mocinha. - Pegou a menina nos braços fazendo carinho em seus cabelos. - Onde está sua mamãe?
- Lá na coxinha, titia.
- Na coxinha? - Sina sorriu.
- Aham, vamo pla lá titia.
Sina fechou a porta atrás de si e seguiu com a menina ainda em seus braços para a cozinha de sua casa. Na entrada observou Heyoon ainda preparando o jantar e lembrou-se das muitas vezes que chegava em casa e ficava a observando daquele mesmo jeito enquanto ela preparava o jantar, só que agora as coisas estavam diferentes, ela segurava nos braços a filha de Heyoon e Heyoon não era mais sua esposa.
- Heyoon?
- Oi, Sina. - Heyoon a olhou sorrindo.
- Eu cheguei e não vi seu carro, pensei que não estivesse aqui.
- Eu estava com o papai quando você me ligou e ele resolveu me trazer até aqui, nós passamos no supermercado antes por que eu não sabia o que teria aqui ou não. - Heyoon estava visivelmente nervosa, a coreana falava sem parar. - E como eu fui pega de suspresa pela sua ligação, o jantar vai atrasar um pouco e...
- Yoon, está tudo bem. - Gyuri olhava de Heyoon para Sina sem entender a conversa, mas a menina fazia graça.
- Então mocinha. - Falou colocando Gyuri no chão. - A tia Si precisa tomar um banho e trocar de roupa, fica ajudando a sua mamãe que eu já volto. - A menina concordou e saiu correndo pela cozinha atrás de Heyoon.
- Eu vou me trocar, já volto pra te ajudar em alguma coisa. - Heyoon assentiu.
- Sina? - Chamou antes que Sina saisse de sua vista.
- Sim?
- Eu... é... as suas roupas. - Coçou o pescoço. - Eu separei as suas roupas e as deixei na cama. - Falou de uma vez.
- Obrigada Yoon. - Sina sorriu de lado deixando a cozinha.
Continua...
Foi cedo demais para mais uma atualização? 👁👄👁
That's all folks!!!
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5 Anos - [HIATUS]
RomanceCom seu casamento em crise, Heyoon se vê perdida quando na noite de aniversário de 5 anos de casamento recebe uma notícia que nem em seus piores pesadelos poderia imaginar receber.