Capítulo 14

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Passos eram dados em uma velocidade invejável pelos aldeões, Mist se dirigia para casa de Kára, com uma euforia admirável, em sua cabeça não passava mais nada a não ser ver a loira platinada, a única coisa que ele queria fazer neste momento era tela em seus braços e beijá-la com todo o seu amor, e pedir perdão por tudo que lhe disse nestes dois anos que passaram separados.

O rapaz parou na porta da casa de sua amada, levantou as mãos para bater na porta acabou hesitando, ele respirou fundo e colocou a mão no bolso, onde sempre carregava a caixinha com o anel, que mesmo separado ele carregava junto a ele, então com os olhos fechados, ele bateu na porta.

Já dentro da casa Kára estava em seu quarto, pensando sobre a conversa que teve na noite anterior com a Astrid, as palavras que a Hofferson tinha lhe dito não saíram de sua cabeça a noite toda.

" Seja forte, procure a verdade, e pare de se culpar, por que você nunca poderá seguir em frente se ainda estiver presa ao passado"

Como ela poderia procurar a verdade se não sabe nem por onde começar? Ela não se lembrava quase nada daquela noite, as únicas lembranças que ela tinha eram meros borrões, e isso não ajudava em nada, como ela poderia se perdoar se ela não se lembrava do que tinha feito? Isso estava a consumindo mais e mais. Mas sua divagação foi logo interrompida com batidas na sua porta.

A garota se perguntou quem era, pois ela não esperava ninguém, então hesitantemente ela se levantou de sua cama e foi lentamente até a porta, e ao abri levou um susto ao ver seu amado ofegante.

- M-mist o-oque você está... - sua fala foi interrompida pelo rapaz que a empurrou para dentro do recinto, e beijando em seguida.

A garota, pela surpresa, não retribuído, mas assim que se recuperou aprofundo-o ainda mais, o rapaz a puxou para mais perto, a levantando do chão, e a mesma entrelaçou suas pernas em volta do rapaz, que a levou em direção ao seu quarto a colocando delicadamente em sua cama, já o ruivo se colocou por cima dela sem desfazer o beijo. A saudade de ambos era tremenda, nenhum dos dois queriam conversar, a única coisa que queriam fazer era maltar a saudade que sentiam ao longo dos dois anos.

O beijo foi avassalador cheio de paixão, saudades e desejo, um desejo a muito tempo contido, que agora estava transbordando, e os dois estavam sendo disposto a se esbaldar em toda essa paixão contida. Mist começou a beijar o pescoço de Kára e foi descendo para o seu colo, a cada beijo a garota gemia e se contorcia de prazer, ter seu amor em seus braços era um sonho realizado, a cada beijo e a cada toque que ele dava a levava para o céu, a fazia esquecer de todas as duvidas, sofrimentos e medos que lhe cercavam esses dois anos.

- Te amo, te amo muito. - Mist falou no ouvido da loira, a fazendo arfar. - Me desculpa, me desculpa por tudo. - ele falava a cada beijo.

- Shiu, não fale mais nada. - Kára disse invertendo as posições, e se sentando em cima dele.

- Mas eu tenho que me explicar. - ele falou se encostando na cabeceira da cama, a puxando para mais perto. - Eu fui um tolo, não quis te ouvir.

- Eu que fui impulsiva e preferi afogar minha magoa na bebida do que te procurar para conversarmos. - ela falou fazendo carinho em seu rosto, com lagrimas no olhar. - Eu me arrependo tanto do que eu fiz.

- Ei, tudo bem. - ele falou limpando as lagrimas dos olhos da garota. - Eu conversei com o Arne, bom, o Soluço me fez conversar com ele. - o rapaz falou envergonhado. - Ele me contou tudo o que aconteceu naquele dia, e falou que você bebeu demais e acabou vomitando em sua roupa, e passou mal, então ele passou a noite cuidando de você.

- Então foi isso. - a garota respirou aliviada com tudo esclarecido. - Mas mesmo assim isso não justifica minha ação.

- Nos éramos jovens, e inexperientes, e também eu agir impulsivamente, preferi tirar conclusões precipitadas, do que escutar e procurar a verdade. - o garoto falou encostando a cabeça no ombro da garota. - Eu sempre faço isso com a guarda, mas, mas quando se trata de você, de nos dois, não consigo agir racionalmente.

- É porque quando se trata de sentimentos, você tem que pensar com o coração, e não com a cabeça. - a loira falou tocando seu peito, bem no lugar onde se localizava o coração.

- Sim, e sabe o que meu coração diz? - Leif perguntou sorrindo.

- O que? - Alf perguntou com um sorrisinho.

- Meu coração diz que eu não consigo viver sem você, e que eu já adiei muito tempo esta pergunta. - o ruivo falou pegando em seu bolso a caixinha que tanto guardava. - Kára Alf, eu sei que estou terrivelmente atrasado, e que talvez você não me queira mais, mas preciso fazer essa pergunta. - ele respirou fundo e abriu a caixinha. - Você aceita passar o resto da vida ao meu lado? Quer se tornar minha esposa?

A garota olhou a caixinha surpresa, assim que ela acordou, a ultima coisa que tinha lhe passado em sua cabeça, era que estaria no coloco daquele que tanto amava, sendo pedida em casamento. Ela olhou para caixinha e depois para o seu amado, então com um sorriso em seu rosto e lagrimas nos olhos, lhe deu um beijo de felicidades.

- Então isso foi um sim? - o rapaz perguntou no fim do beijo.

- Sim, sim, mil vezes sim. - a garota falou entre risos.

E com muita alegria, os dois comemoraram da única forma que sabiam, se amando.


....


Enquanto isso na ferraria, Soluço ainda se encontrava preparando a calda do Banguela, ele estava aproveitando que era dia de reclamação da vila, e o local estava calmo, para adiantar o seu trabalho, bom até alguém o interromper, mas diferente da primeira vez essa interrupção foi muito bem vinda.

- Oi gatinho, te interrompo? - Astrid perguntou entrando hesitantemente na forja.

- Claro que não milady. - o treinador de dragões falou sorrindo para a loira que tinha acabado de entrar.

- É que eu não te vi voando com o Banguela hoje, então presumir que estaria aqui. - ela falou se aproximando dele.

- Estou fazendo uma calda nova para o Banguela. - ele falou ainda mexendo na calda, com um sorriso no rosto.

- Hm, quer ajuda? - a loira perguntou sorrindo.

- Sua, sempre. - ele disse beijando seu rosto, a deixando vermelha.

- Quem sabe não terminamos mais rápido para podermos testa essa belezinha. - ela disse pegando uma ferramenta para ajudar o garoto.

- Claro, seria fantástico. - o menino comentou pegando outra ferramenta. - Seu irmão passou aqui hoje.

- Quem, Klaus? - a garota perguntou com a sobrancelha levantada.

- Não, foi o Arne. - ele falou a ajudando na tela, para montagem da cauda.

- O que ele queria?

- Afiar seu machado, e eu aproveitei que o teimoso do Mist estava aqui e o fiz esclarecer as coisas entre eles. - Soluço comentou rindo.

- Sobre a traição do Arne e da Kára? - a loira perguntou olhando para o amado.

- Sim, e assim como eu suspeitava foi tudo um grande mal entendido, o seu irmão só ajudou uma amiga desmiolada que bebeu demais e passou mal. - o garoto falou sorrindo.

- Sabia que essa historia estava muito mal contada. - a garota falou piscando para ele.

- Sim, ai o Mist saiu correndo para encontrar a Kára, e resolver as coisas.

- Tomara que eles se resolvam. - Astrid fala esperançosa.

- Claro que vão, eles se amam. - Soluço fala largando as ferramentas e pegou as da menina a puxando para ele. - Assim como a gente.

- Quem disse que eu te amo? - a menina perguntou sorrindo.

- Ai, milady assim você me magoa. - o rapaz se faz de ofendido.

- Estou brincando seu bobo, é claro que te amo. - ela fala lhe dando um beijo.

- Bom saber. - o rapaz fala com um sorriso de lado e aprofundou mais o beijo. 

E foi entre beijos e abraços que nossos casais passaram mais um dia na ilha de Berk, um dia simples, que não teve muita reviravolta, mas que eles guardarão na memoria pelo resto da vida, pois é como dizem, são as pequenas coisa da vida que fazendo valer a pena.

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