Akai Ito ou "Fio vermelho do destino" é uma lenda de origem chinesa e, de acordo com este mito, no momento do nascimento, os deuses amarram uma corda vermelha invisível nos tornozelos dos homens e mulheres que estão predestinados a ser "alma gêmea"...
Foram essas palavras que o Soluço havia dito para Astrid na ilha do Buffalord, quando ela estava entre a vida e a morte, pelo flagelo de Odin, foram essa palavras que lhe deram força para continuar a lutar contra essa terrível maldição. Quando os cavaleiros descobriram que ela tinha sido infectada no ceifeiro que tinha sido plantado pelos caçadores, Viggo tinha sido inteligente ao elaborar essa armadilha, pois sabia que o Soluço faria tudo pelos amigos, mas o que ele não esperava é que ele tinha acertado em cheio no ponto fraco do Haddock, e esse ponto fraco tinha nome e Sobrenome, Astrid Hofferson.
Quando o líder dos cavaleiros descobriu que a garota tinha ficado doente e essa doença era o flagelo de Odin, a mesma praga que assolou o arquipélago anos antes, e que a única chance de cura era um dragão que provavelmente estava instinto, ele pirou, o Haddock quase jogou tudo para o alto e revelou seus sentimentos para quem quisesse ouvir, ele não poderia viver sem a Hofferson. E quando o gêmeos descobriram a ilha do dragão ele quase beijou os pés deles, ele ficou tão feliz que prometeu para si mesmo, que iria relevar tudo o que eles fizessem durante um bom tempo.
Agora eles estavam voltando para o domínio depois de queimarem o navio onde estavam os infectados pelo flagelo, o clima entre o grupo estava pesado, nem os gêmeos e o Melequento estavam fazendo piadas, todos estavam presos em seus próprios pensamentos, e isso estava deixando a Hofferson agoniada, o que era novo, pois ela preferia o silencio em vez da bagunça habitual dos jovens, mas como ela estava tão acostumada com a animação deles, esse silencio era sufocante, ela queria seus amigos de volta, e o que era melhor do que atiçar a competitividade entre eles.
- EI. - ela gritou para o grupo que a olharam confusa. - Que tal fazermos uma aposta?
- Que aposta? - Melequento perguntou curioso, fazendo a garota sorrir internamente vitoriosa.
- Simples, vamos apostar uma corrida, e quem perder terá que limpar os estábulos durante um mês. - ela explicou sorrindo.
- Gostei. - Cabeça dura falou se animando, e batendo sua cabeça com a da irmã que concordou.
- Não é justo, eu e a batatão somos os mais lentos do grupo, e obvio que vamos perder. - Perna de Peixe reclamou fazendo bico.
- Deixa de ser chorão Cara de Peixe, vamos nos divertir. - Melequento zoou o amigo.
- Me deixa em paz Melequento. - o Ingerman falou cruzando os braços.
- Há, vamos, vai ser legal. - a loira falou incentivando o amigo.
- Ok, mas sem aposta. - Perna falou escutando protestos dos três amigos.
- Ok, sem aposta. - Soluço falou pela primeira vez, desde que Astrid propos a corrida.
- Há, não, não é justo, porque temos que ficar sem apostar, só por causa do Cara de peixe? - Melequento perguntou frustrado.
- Melequento, por favor. - Soluço falou olhando para o primo que encolheu com seu olhar. - Certo vamos nos preparar.
Ele se colocaram em posição e o Banguela deu um tiro no ar para iniciar a corrida, então a corrida começou, e todos voaram em direção ao domínio se animando, Soluço como sempre teve vantagem, sendo seguido pela Astrid, e como sempre ele ganhou de lavada, deixando o pobre do Perna de Peixe por ultimo.
- Por isso não gosto destas corridas, eu sempre fico por ultimo. - Perna de Peixe falou descendo da Batatão.
- Há pare de reclamar Cara de Peixe, foi divertido. - Melequento deu um tapa nas costas do amigo.
- Hm, olhando para esse lado até que foi. - o Ingerman falou sorrindo minimamente.
Depois de conversarem mais um pouco, cada um foi para suas cabanas descansarem do dia longo que tiveram, deixando Soluço e Astrid para trás, olhando para o por do sol, o rapaz se aproximou da garota a olhando, a olhando não, a analisando para saber se ela sentia alguma coisa, ou se ainda tinha resquícios do flagelo de Odin.
- Eu estou bem, eu juro, pare de se preocupar. - a garota falou acalmando o rapaz.
- Mas eu não deixo de me preocupar com você. - ele falou tocando no ombro da garota.
- Sempre protetor. - ela falou sorrindo amarelo, para ele.
- Você me conhece muito bem. - ele entrou na brincadeira. - Mas é serio, eu quase surtei pensando que você não poderia sobreviver.
- Mas você me salvou, como sempre, sempre tive esperanças de que você conseguiria, você sempre consegue. - ela falou entrelaçando seu braço com o dele. - Eu já disse isso, mas agora vou dizer de novo, eu também não consigo imaginar minha vida sem você.
- Eu digo o mesmo, Astrid em todos os momentos mais importante da minha vida você estava do meu lado, me apoiando, e me incentivando, eu não teria conseguido fazer nem metade das coisas que eu fiz se você não estivesse comigo, por isso só de imaginar ficar sem ver seu sorriso eu não sei o que seria de mim. - Soluço falou angustiado.
- Eu não fiz nada, foi você, tudo isso foi você, e eu fico feliz de ter te acompanhado todo esse tempo. - a garota falou olhando para o rapaz.
- Meu pai me disse uma vez, que por trás de um grande homem, há uma grande mulher, mas eu penso diferente. - ele falou sorrindo para ele.
- Diferente como? - ela perguntou curiosa.
- Eu penso, que ao lado de um grande homem, há uma grande mulher, e não atrás.
- Eu também concordo. - ela falou beijando seu rosto, o deixando vermelho.
- Promete pra mim, que sempre estará do meu lado? - ele perguntou serio.
- Prometo, mas só se você prometer ficar do meu. - ela falou seria também.
- Mas é claro que prometo. - ele falou beijando a testa da garota.
Depois desta promessa os dois ficaram olhando o por do sol, sem ao menos perceber que este ato acabou virando rotina para os dois, uma rotina que se seguiria pelo resto da vida deles, e passaria para suas próximas gerações.
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