Akai Ito ou "Fio vermelho do destino" é uma lenda de origem chinesa e, de acordo com este mito, no momento do nascimento, os deuses amarram uma corda vermelha invisível nos tornozelos dos homens e mulheres que estão predestinados a ser "alma gêmea"...
Depois da derrota de Grimmel e da partida dos dragões para o mundo escondido, o vilarejo retornou para a rotina que era antes da paz entre dragões e vikings, mas de uma forma diferente, em um lugar totalmente novo, pronto para ser explorado, além de um buraco no imenso no peito que os dragões deixaram.
Principalmente o nosso querido Soluço, que no período de um ano ele perdeu o pai, e viu seu melhor amigo partiu para seguir um novo caminho, com a intenção de proteger os dragões da crueldade dos humanos. Isso fez com que o novo líder de Berk sentisse um vazio em seu peito que ele achava que jamais seria preenchido.
Após o fim da guerra o rapaz sempre ia para o píer onde eles se despediram dos amigos reptiliano, olhava fixamente para o horizonte com a esperança de que pudesse ver algum sinal deles voando nos céus, ele sempre ia no mesmo horário, ao por do sol. Todos sabiam que quando começava o por do sol ele ia para costa, e ficava lá até que sumisse de vez e as estrelas surgissem.
E como todos os outros dias ele se encontrava no mesmo lugar, a espera do fim de mais um dia, só que esse era diferente, pois além da saudade que ele sentia estava acompanhada da ansiedade do seu casamento que aconteceria no dia seguinte, na verdade todo o vilarejo estava ansioso pelo casamento do chefe da vila com a general de Berk, na verdade era o casamento mais esperado por eles desde que os dois ficaram noivos seis anos antes, e quando eles marcaram a data, todos se prontificaram a preparar para o casamento e a nova casa do casal.
Soluço estava olhando o horizonte, tão fixado que nem percebeu uma pessoa se sentando ao seu lado, rumo ao horizonte, abraçando seus braço, beijando sua bochecha.
- Um dracma pelo seus pensamentos. - Astrid perguntou sorrindo para o futuro marido, que sorriu, beijando sua testa.
- Estava pensando que daqui a 12 hora estarei casado com a mulher mais linda que já vi na vida. - deu um sorriso amoroso, beijando sua testa.
- Hmm, essa mulher é uma pessoa de sorte. - ela fez fita, frisando os olhos.
- Sabe, eu também estava pensando em tudo que nós passamos. - suspirou. - Tudo oque aconteceu nesses últimos anos, e todos que perdemos, e sabe qual foi a minha conclusão? - ele a olhou.
- Qual? - perguntou curiosa.
- Que devemos valorizar as pessoas que são importantes para nós enquanto ainda estão aqui, porque não sabemos quando eles irão partir.
- Uma boa reflexão. - ela sorriu sem mostrar os dentes. - Então quer dizer que meu futuro marido está reflexivo hoje, oque o deixou assim?
- Nada, é que esses dias em que estive vindo todo santo dia, sentando aqui todo santo dia, me fez perceber que a vida é curta para que fiquemos presos ao passado, a dor nunca irá embora, sempre estará aqui, más eu tenho que seguir em frente, nós temos que seguir em frente, pois estaremos com a consciência limpa sabendo que fizemos oque pudemos para protegê-los.
Ela escutou cada palavra dele, com uma admiração impressionante, ver o quanto Soluço cresceu nesses anos todos que estiveram juntos, o quão bem ele fez á Berk, com todas as suas invenções, e seus pensamentos muito a frente de seu tempo, além da garra que ele tinha para lutar pelo que queria. E acompanhar todos os incríveis feitos que ele tinha feito, era uma honra que ela estava feliz em ter tido.
- Fico feliz que tenha conseguido perceber sozinho algo que eu e sua mãe vemos lhe dizendo há dois anos. - ela falou irônica levantando a sobrancelha.
- Ha, ha, ha muito engraçado. - fingiu uma risada. - Mas eu acho que precisava de um tempo sozinho para poder refletir.
- E que tempo.
- Veio aqui só para me zoar, é? - ele perguntou segurando a risada.
- Não querido, eu vim aqui para chamá-lo para comer e descansar, porque não sei se o senhor sabe amanhã irá se casar, então tem que descansar para ter muita disposição. - ela deu um pequeno beliscão no braço do rapaz, que fingiu sentir dor.
- Serio? Achei que isso tudo era apenas um sonho. - ele fez fita.
-Pois eu lhe digo que tudo isso é muito real. - beijou seu queixo, se levantando em seguida esticando sua mão em seguida para que ele a pegasse.
E foi isso que ele fez, pegou sua mão, entrelaçou e seguiram para aldeia se prepararem para o dia seguinte.
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Soluço estava no altar esperando ansiosamente pela entrada da Astrid, finalmente tinha chegado o dia que oficializaria sua união com o amor da sua vida, o dia que o fio vermelho ficaria mais forte e solido, que ele não poderia se romper, não que ele se rompesse antes, longe disso, mas ele nunca mais se embaralharia.
E o melhor disso tudo é que o dia amanheceu nevando, deixando todo o cenário mais bonito, obvio que esse lindo cenário teve uma pequena ajudinha dos deuses, principalmente da deusa do amor e casamento Frigga, que estava muito feliz porque o casal que ela tanto torceu agora estava jurando seu amor para os deuses.
Ao ver Astrid andar até sua direção, foi como se tivesse passando um filme em sua mente, desde o dia que a conheceu quando tinham apenas cinco anos, todas as brincadeiras, brigas, aventuras e romance, viu todas as vezes que ela esteve ao seu lado mesmo ele sendo inconsequente a maioria das vezes.
Ela chegou e Soluço beijou sua testa sorrindo, ela abriu um sorriso apaixonada, e uma lagrima surgiu, sendo limpada pelo rapaz que beijou o seu olhou, a puxando em direção da Gothi que começou a cerimonia. E foi assim que o nosso casal preferido jurou o seu amor para os cidadãos da vila e os deuses.
