Capítulo 30

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Era madrugada quando batidas insistentes ecoou na porta da cabana do Perna de Peixe o acordando, mas não só ele, Astrid também foi acordada, o que fez a loira levantar do colchão e abrir a porta pronta para socar a pessoa que a tinha acordado, foi então que ela viu um Melequento angustiado na porta, e isso a surpreendeu, pois nunca tinha visto o Jorgenson com aquela expressão, só o via relaxado e descontraído.

- O que foi? Estamos sendo atacados? - a loira perguntou preocupada.

- N-não, não, o Perna está acordado? - o Jorgenson perguntou olhando para dentro da cabana.

- Com essa gritaria agora eu estou. - o Ingerman apareceu na porta bocejando.

- Graças aos Deuses você está acordado, precisa vir comigo agora. - Melequento começou a puxar a mão do amigo.

- Ei, ei, ei, calma ai, me explica o que está acontecendo. - Perna puxou o braço do aperto do amigo.

- É o Soluço...- ele começou a falar, mas foi interrompido pela Astrid, que perguntou eufórica.

- O que aconteceu com o Soluço?

- Ele está ardendo em febre, acho que ficar na chuva sem camisa fez com que ele pegasse um resfriado. - Melequento falou preocupado.

Sem ao menos responder Astrid saiu da cabana, indo em direção a cabana do amigo, ao chegar viu o amado na cama do primo com um pano úmido na cabeça, que foi colocado pelo primo, com intuito de abaixar a febre, ela chegou perto e tocou a mão do rapaz, e percebeu que realmente, ele estava ardendo em febre.

- Ele está muito quente. - ela falou quando percebeu que o Perna tinha chegado.

- Eu pedi para o Melequento procurar algumas ervas para preparar um chá, agora deixa eu dar uma olhada nele. - Perna afastou delicadamente a loira para examinar o amigo.

Astrid olhou o amigo o examinando apreensiva, se sentou ao seu lado, na cama, e esperou pacientemente o veredito do Perna de Peixe, a cada respiração pesada que amado dava, cortava seu coração, e uma culpa enorme pairou sobre seus ombros, pois se ele não tivesse ido atrás dela ele não teria ficado doente.

- Como eles está? - Astrid perguntou para o amigo assim que ele terminou de examinar o líder.

- Está bem resfriado, mas não é  nada grave, se ele tomar todos os medicamentos que eu passar regularmente e descansar bem, ficará bom em mais ou menos em uma ou duas semanas. - As palavras do Ingerman acalmaram o coração da loira, mas não totalmente, pois o rapaz ainda estava ardendo em febre. 

- Mas o que faremos com a febre? - ela perguntou preocupada.

- Precisamos baixar o mais rápido possível, ela está muito alta, então eu vou pedir para você preparar uma banheira, enquanto eu vou chamar o Cabeça dura para me ajudar a dar banho nele. - Perna ia saindo da cabana, chamar o amigo, mas foi interrompido pela loira. 

- Eu posso te ajudar, não precisa acordar o Cabeça. - ela falou ainda olhando pra o garoto acamado. 

- Acho melhor não, o Soluço é muito pesado, e não seria ético. - o Perna saiu da cabana sem esperar resposta, deixando um loira muito frustrada para trás.

Depois de muito esforço, Perna de Peixe entrou na cabana com os gêmeos atrás de si quase se arrastando, pelo sono

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Depois de muito esforço, Perna de Peixe entrou na cabana com os gêmeos atrás de si quase se arrastando, pelo sono. Melequento já se encontrava na cabana, dando chá para o primo enquanto Astrid passava o pano húmido no corpo do Haddock tentando abaixar a febre em vão. 

- Certo, vamos terminar logo isso, porque eu e a galinha queremos dormi. - Cabeça Dura falou bocejando e ajeitando a galinha em seu corpo. 

- Tudo bem, Astrid a banheira está pronta? - Perna perguntou para amiga que ainda estava tentando abaixar a febre do rapaz. 

- Está sim,  mas a agua está morna e não fria. - ela falou para o amigo. 

-Ótimo, agua fria poderia piorar. - Perna falou e se virou para os rapazes. - Melequento e Cabeça Dura, me ajudem a levar o Soluço para banheira, enquanto as meninas troquem a roupa de cama molhada. 

Todos assentiram e seguiram a ordem do Ingerman, os meninos pegaram Soluço no colo, com cuidado o levando para banheira, e cuidadosamente, seguindo as orientações do loiro fofinho, enquanto isso as meninas trocaram a roupa de cama húmida pelo suor do rapaz por roupas limpas, pronta para receber o rapaz após o banho. 

Depois que os meninos deram o banho no Soluço, com intenção de baixar a febre do rapaz, colocaram uma calça leve nele, e o encaminharam cuidadosamente de volta na cama, depois que o ajeitaram, viram que sua febre tinha diminuído, não passado, apenas baixado consideravelmente para não preocupar os amigos, Perna lhe vez tomar algumas ervas, para acabar com a febre de vez, e que o ajudava a melhorar.

- Foi tudo minha culpa. - Astrid falou para o Perna de Peixe depois que ele examinou o rapaz.

Só tinha os dois acordados no momento, os cabeças e o Melequento se encontravam no canto da cabana dormindo praticamente um em cima do outro, o que seria engraçado, se os dois não tivessem preocupados com o rapaz que estava na cama.

- E porque seria sua culpa? - Perna de peixe perguntou se sentando no chão, olhando para menina.

- Se ele não tivesse ido atrás de mim na chuva, não teria adoecido. - a garota falou triste.

- Você não sabia, nenhum dos dois sabia que isso aconteceria, não se culpe. - o rapaz tentou acalmar a menina.

- Mas poderíamos ter previsto, ele estava sem camisa, praticamente seminu, poderíamos ter previsto que isso aconteceria. - Astrid falou aflita.

- Olha, não se culpe, agora o que temos que fazer, e cuidar dele, e esperar ele melhorar, pois não tem como voltar no tempo. - ele falou tocando no ombro da garota. - Agora o melhor a fazer é dormi.

- Agora não, vou ficar mais um pouco. - ela falou ainda olhando para o Soluço.

- Ok, mas não demore a dormi. - o loiro gordinho se levantou e se juntou aos amigos, no canto da cabana.

Astrid fez carinho no rosto do Soluço, beijou sua testa, ele estava tão sereno dormindo, nem parecia que até pouco tempo estava ardendo em febre, mas isso não a preocupava menos, pois até vê-lo em pé, salvável com seus próprios olhos, e para isso ela faria o possível e impossível para ajudá-lo. A loira se deitou ao lado do rapaz colocando sua cabeça em seu peito o abraçando apertado, e sem perceber foi levada ao mundo dos sonhos.            

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