Akai Ito ou "Fio vermelho do destino" é uma lenda de origem chinesa e, de acordo com este mito, no momento do nascimento, os deuses amarram uma corda vermelha invisível nos tornozelos dos homens e mulheres que estão predestinados a ser "alma gêmea"...
- Graças aos Deuses você está bem, quase fiquei paranoico sem ter noticias suas. - Soluço falou com a voz abafada pelos cabelos dela.
- C-como você me encontrou? - Astrid perguntou confusa.
- E-eu não sei assim que não te encontrei alguma coisa dentro de mim gritava para vir direto a casa do Mist e Kára. - o ruivo falou balançando a cabeça negativamente. - Talvez seja o destino, por que eu sempre vou te encontrar, onde quer que esteja, eu sempre te encontrarei.
A garota riu da ultima fala do rapaz, que riu junto achando que sua frase totalmente cafona, mas bem no seu interior ele sabia que essa frase seria totalmente verdade, que ele sempre a encontraria, não importava as dificuldades.
- Desculpa pelo jeito que eu agi ontem, não foi certo, eu sei que você fez o que achou melhor, e eu não deveria ter te recriminado daquele jeito. - Soluço pegando o rosto dela entre as mãos e fazendo carinho em sua bochecha.
- Eu que deveria pedir desculpas, pulei sua autoridade, e trair sua confiança, não deveria ter feito isso, entendo se você me expulsar da equipe. -Astrid falou colocando suas mãos por cima da do rapaz.
- Que historia é essa? Só se eu fosse completamente louco, nunca passou pela minha cabeça te expulsar da equipe. - o ruivo frisou os olhos indignado pela fala da loira.
- Nunca passou pela sua cabeça? - Astrid perguntou mordendo os lábios inferior, esperançosa.
- Nunca, nunquinha. - ele sorriu minimamente.
Astrid sorriu feliz pela fala do rapaz e o abraçou, coisa que era praticamente impossível de acontecer, ela não era de abraçar ninguém, nem mesmo sua família, mas com o Soluço, um abraço era tão natural quanto respirar, ela o abraçava sempre que podia, bom sempre que estavam sozinhos.
- Você está gelada. - Soluço falou tocando no ombro da menina.
- Peguei chuva vindo pra cá, e bom Kára não tem bem o meu corpo, principalmente minha altura. - ela deu um risinho e o rapaz fechou a cara.
- Não quer ir pra casa dos seu pais trocar de roupa? - o rapaz perguntou com as sobrancelhas vincadas.
- Soluço, esqueceu que minha casa foi destruída no ataque do Dagur meses atrás? - a loira perguntou, e ele balançou a cabeça com um rosto em concordância. - As roupas que me sobraram estão no domínio, então só me sobrou essa.
- Bom, nem todas. - o rapaz olhou para ela com um sorriso malicioso, e ela o olhou desconfiada.
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- Lembra da ultima vez que você dormiu aqui á três anos? - Soluço perguntou abrindo a porta da casa de seu pai, e dando espaço para Astrid entrar.
- Lembro, mas onde quer chegar com isso? - a loira perguntou confusa.
- Lembra como foi aquela noite? - ele perguntou sorrindo malicioso.
- A única coisa que eu lembro daquela noite, foi que seu pai teve que fazer uma viajem de negócios, e naquele dia tivemos uma pequena festinha do pijama, só nós dois. - a loira falou com um sorrisinho malicioso caminhando lentamente em direção ao ruivo, tocando em seu peito.
- Exatamente, naquele dia tivemos nossa primeira vez, e depois mais outra vez, e mais outra, até resolvermos parar com esse pega-pega sem compromisso. - Soluço tocou a cintura da loira e fez carinho em seu rosto.
- Mas não deu muito certo, tivemos algumas recaídas, mas a ultima foi um pouco antes do casamento do Mist e da kára, no dia que eles se reconciliaram. - ela falou abraçando o pescoço do rapaz.
- fizemos uma bagunça e tanto na ferraria aquele dia. - o rapaz riu e beijou a testa da menina.
- Fizemos, mas foi bom. - ela sorriu de lado.
- Foi muito bom, as vezes eu queria voltar aos 15 anos, onde tudo era mais simples, e não precisávamos no preocupar em estar comprometidos para que estarmos juntos. - o rapaz falou abraçando a menina apoiando o queixo em sua cabeça.
- Sim, mas foi melhor desse jeito. - ela falou tentando convencer mais a ela mesma do que a ele.
- Sim, concordo. - o rapaz falou com um bolo na garganta.
Os dois não estavam felizes com o atual status deles, mas eram orgulhosos demais para assumir um ao outro que queriam se entregar a um relacionamento, mas não era só orgulho, eles tinham medo de que se eles começassem a namorar e não desse certo poderia estragar uma amizade de uma vida, pois como eles mesmo sabem e assumiram, um não consegue ver sua vida sem o outro.
- Bom relembrar o passado, mas eu to congelando com essa roupa molhada, será que você pode me devolver a minha roupa que ficou aqui? - ela perguntou dando um soquinho de brincadeira no braço dele.
- Claro, toda vez que eu via falava pra mim mesmo que tinha que te devolver, mas acabava esquecendo. - Soluço falou guiando a garota para o seu quarto.
Assim que chegou no aposento foi direto para o guarda roupa, procura a peça de roupa que a garota tinha deixado em sua casa, achou e a entregou saindo do seu quarto para deixa a menina mais a vontade.
- Soluço!! - o nome do rapaz foi chamado cinco minutos depois, e logo a loira apareceu com a camiseta na mão, e a mesma se encontrava toda chamuscada. - Agora eu lembrei por que deixei minha roupa aqui.
- É acho que sim. - o ruivo riu colocando as mãos na cinturas.
- A saia está inteira, mas a blusa não sobrou quase nada. - ela falou amassando o que restou da blusa.
- Acho que vou te emprestar uma camisa antiga minha. - ele falou mordendo o lábio inferior ao ver Astrid só com a parte de baixo e uma faixa cobrindo os seios.
- O que está olhando? - a garota sorriu maliciosa ao ver a cara que o rapaz estava fazendo.
- Só admirando, é impressão minha ou seus seios aumentaram nestes dois anos, ai. - ele foi atingindo pelos trapos da garota.
- Para com isso, e vou pegar qualquer blusa que eu quiser. - ela olhou para ele e se dirigiu para o quarto, o ruivo olhou a bunda da loira, enquanto ela se afastava.
Soluço se jogou na poltrona do seu pai, respirando fundo, comum único pensamento, Astrid Hofferson um dia iria acabar com ele.
