Capítulo 25

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- Certo, vamos. - Astrid tirou Soluço de seus pensamentos ao descer da escada, totalmente trocada.

O ruivo olhou para a loira, e viu que ela estava com uma de suas camisas antigas, e sorriu ao ver que ela escolheu sua camisa favorita na época que tinha 15 anos, a famosa blusa verde, a blusa ficou um pouco comprida nela, como se fosse uma bata, e para deixar mais charmoso ela pôs um cinto. Ao ver o rosto de idiota do garoto, ela deu uma rodadinha, com um sorrisinho sapeca no rosto.

- E ai? o que achou? - ela perguntou depois de desfilar para ele.

- Acho que essa blusa fica melhor em você do que em mim. - ele falou pegando sua mão e a puxando pela cintura.

- Ainda bem, porque agora ela é minha. - a loira falou abraçando o pescoço dele.

- Não serve mais mesmo, por isso não me importo. - ele sorriu a guiou até a porta. - Agora vamos para o grande salão.

- Porque? - a garota perguntou rindo da careta que o rapaz fez.

- Duas coisas, primeira coisa, eu estou morrendo de fome, e segundo se meu pai souber que eu vim a Berk e não fui vê-lo, ele me mata. - Astrid riu da careta que ele fez. - Não ria, e tenho certeza que se seus pais fariam a mesma coisa se soubessem.

- Nem me fale. - ela revirou os olhos entediada. 

Os dois riram da situação, e seguiram para o grande salão acompanhados de seus dragões, ao chegaram no local, eles se olharam respirando fundo, então subiram as escadas, abriram as portar, e ao fazer isso o barulho que tinha lá dentro acabou na mesma hora, com todos se virando para ver quem tinha chegado.

Stoico, que estava sentado no centro do grande salão, viu o filho parado na porta, abriu um grande sorriso, e sua voz ecoou por todo o ambiente, feito um trovão.

- FILHO!! - o líder de Berk se levantou da mesa e foi em direção ao filho, que estava seguindo em direção ao pai. - Meu menino, o que por Thor o trouxe de volta a vila? - ele abraçou o filho o esmagando.

- P-pai, é bom ver o senhor também. - Soluço falou tentando puxar o ar, para os seus pulmões.

o mais velho soltou o filho, que colocou as mãos nos joelhos tentando recuperar a respiração que seu pai tirou ao abraçá-lo. Stoico se voltou para Astrid e tocou em seu ombro sorrindo para a mesma.

- Querida que bom te ver também.

- Digo o mesmo senhor Haddock. - a loira falou sorrindo, viu seus pais um pouco mais afastados de onde eles estavam. - Desculpa, mas tenho que falar com os meus pais.

- Tudo bem querida, pode ir. - ele sorriu para ela, e assim que ela saiu se voltou para o filho. - Então, não querendo ser rude, mas porque você veio a vila? Não que eu esteja reclamando, mas pelo que eu saiba sua aventura ainda não terminou.

- Eu sei, é que houve alguns problemas. - Soluço falou coçando a cabeça sem graça. - Mas não quero falar disso agora, vamos comer, estou faminto.

- Pois bem, vamos comer. - o dois se dirigiram para mesa central, onde o chefe da vila e o concelho comiam.

Depois do café, Soluço pediu para o pai juntar o concelho e a guarda, pois ele precisava atualizar os últimos acontecimentos, e quando todos estavam reunidos na antessala que ficava no grande salão, e que o concelho usava para se reunirem.

- Estamos todos aqui, agora pode nos dizer em que confusão você e sua turma se meteram? - Gosmento falou irônico para o filho do chefe.

- Gosmento!! - Stoico chamou a atenção do cunhado.

- Não, pai ele está certo, meio que podemos ter começado uma guerra sem querer. - o ruivo deu um sorriso amarelo, o chefe levantou um sobrancelha acusadoramente para o filho, que encolheu os ombros.

- O que você você fez Soluço? - a voz do chefe saiu grossa e acusadora.

Soluço encolheu os ombros, olhou para Astrid pedindo socorro, ela o olhou e balançou a cabeça o incentivando a contar, e foi isso que ele fez, após respirar fundo, ele se virou para o concelho e a guarda e contou tudo desde o começo, quando lutavam contra o Dagur, quando conheceram os caçadores e descobriram que o Dagur e a Heather estavam trabalhando com ele, até o momento que Astrid contou que na verdade a morena estava na verdade espionando os caçadores.

Após terminar o relato o filho do chefe olhou para todos sentados naquela mesa, aguardando a resposta dos presentes, que olhavam para ele serio, e a única coisa que se passava na cabeça dele era a o que seu pai iria dizer depois dessa  historia. O silencio estava ensurdecedor, o único barulho que se escutava na sala era o crepita da chama que se encontrava no centro da mesa de madeira.   

- Eu não disse, que quando vocês procuram problema acabam encontrando? Não é de se esperar que tenham encontrado. - O silencio foi quebrado pelo Gosmento sendo irônico.

- Eu sei, eu sei, eu não queria isso, nenhum de nós queríamos, mas não poderíamos deixar eles caçarem os dragões, eles fazem atrocidades, e eu não posso ficar parado enquanto eles são caçados aos montes. - Soluço argumentou para o concelho.

- Eu sei filho, mas isso é completamente loucura, e principalmente perigoso. - Stoico falou preocupado para o filho.

- Eu sei, mas damos conta, eu sei que damos, e vamos conseguir derrotar os caçadores. - ruivo falou tentando convencer mais ele mesmo do que o concelho.

- Por que essa frase não me deu muita esperança. - Gosmento falou debochado.

- Vai ser difícil, mas nós iremos resolver isso. - o ruivo falou firme.

- Confio em você filho. - Stoico falou serio para o filho. - Mas eu temo que algo possa acontecer a você.

- Eu sei, eu sei, mas prometo que tudo ficará bem. - o cavaleiro de dragão falou serio para o pai.

Stoico fechou os olhos, massageou as têmporas, e suspirou fundo na esperança de que a voz em sua cabeça, que insistia em pegar o seu filha e o trancar em seu quarto até que ele crie juízo, mas ele sabia que seria pior, então respirou fundo e olhou para o filho.

- E em que precisa da minha ajuda?  

 


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