As the World Caves In (Bade)

Cap 1

*Pov Jade*

Aqui estou eu mais uma vez com dor de cabeça discutindo com o meu pai.

— Você nunca me entende!! É sempre o que você quer, você nem se quer pergunta o que eu acho.

— Jade, basta!! Você não vai para aquele colégio de pessoas que não querem saber de nada na vida – revirei os olhos.

— Eu tenho talento!! Mas você nunca se quer foi ver uma apresentação minha. Você nunca esteve lá – ele ficou cabisbaixo e meus olhos se encheram de lágrimas.

— Eu estava trabalhando para te dar uma boa vida. Você vai estudar e muito para fazer medicina, não estudar em colégio de artes para virar atriz. Isso é bobagem!! Quando eu tinha sua idade... – eu apenas virei as costas e fui em direção ao meu quarto em passos rápidos – JADE WEST!!! Volte aqui agora! Eu ainda não terminei.

Ele ficou lá na cozinha falando alguma coisa, mas eu nem se quer presto atenção, pois não me importo. Meu pai nunca me apoiou em nada relacionado ao mundo da arte.

Meus pais são separados há dez anos, e até dois nos atrás eu morava com minha mãe no Canadá. Eu vinha pra cá em Los Angeles todo mês pra passar um fim de semana, meu pai não tinha tanto tempo para me receber por conta do trabalho. Mesmo de longe ele nunca me apoiou na arte, falava para minha mãe que é besteira e que poderia influenciar no meu futuro.

Eu fiz curso de artes cênicas desde os meus oito anos até eu vir para cá. Morar com meu pai é horrível porque nós vivemos brigando, mas é melhor do que conviver com o namorado da minha mãe, eu realmente odeio aquele homem!! Então eu pedi pro meu pai para morar com ele, de início ele não gostou muito da idéia, mas ele percebeu que eu não era mais uma criança que precisa de companhia 24h por dia.

— JADE!!! – saí de meus desvaneios ao ouvir meu pai gritando irritado e batendo na porta do meu quarto que eu tranquei.

— NÃO!!! – levantei da minha cama para pegar meu fone em cima da penteadeira.

— Jade, se você não abrir essa porta agora, eu vou mandar você de volta para morar com sua mãe – eu odeio mais que tudo quando ele diz isso.

Destranquei a porta.

— O que foi? – perguntei sem expressão, sem interesse.

— Nunca mais vire as costas para mim! Você sabe que eu detesto quando você faz isso – eu revirei os olhos – JADE!!! eu não admito esse tipo de comportamento, será que você não vai aprender nunca?

— Já acabou?? Eu tenho que ligar pra minha mãe pra ela fazer minha matricula no Hollywood Arts.

— Você não me ouviu?? Você não vai!! Se você me desobedecer você vai morar com a sua mãe... Isso se ela te querer, não é?! – joguei um olhar incrédulo para ele – Quer dizer... – virei de costas com lagrimas nos olhos e fui em direção para pegar minha mochila. Coloquei minha tesoura, meu fone, meu celular, e minha jaqueta – Para onde você vai?

— sair – passei pelo meu pai que ainda estava na porta do meu quarto.

Desci as escadas. Meu pai ficou falando alguma coisa sobre eu não sair mas eu realmente não me importo. As lágrimas já escorrem em meu rosto. Pego minha bicicleta, abro minha mochila pegando meu fone e colocando no celular. Dei play na primeira música que vi e coloquei o som no máximo.

Comecei a pedalar, a brisa do vento gelado bate em meu rosto ajudando a secar minhas lágrimas, mas não o suficiente. As lágrimas acabaram fazendo meu rímel escorrer. Meu olhos ardem, mal consigo abrir os olhos. Levei uma mão até meu olho, deixando a outra no guidão. Passei a mão com força sob meu olho para tirar um pouco de rímel.