Sherlock Holmes

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   *Flashback on*

- Jade, o Beck não está vivo – seu pai falou.

- Ele está! – ela aumentou o tom – Deixem eu terminar de contar o que aconteceu. Não tem como o Conan ter soube que estou grávida. As únicas pessoas que sabem somos nós aqui de casa e a mãe do Beck que me viu na farmácia. Aqueles dois tramaram alguma coisa, eu tenho certeza. Quando eu questionei o Conan sobre isso, ele ficou extremamente irritado. Ele é péssimo em mentir, pelo menos pra mim. A mãe do Beck me odeia e odeia nossa família. Ela faria de tudo pra me afastar do Beck.

- Não sei, isso parece algo muito louco de se acontecer – Hillary falou.

- Eu não sou louca! Eles são. Vocês tem que me prometer que não vão avisar a polícia sobre o Conan.

- Eu prometo – sua mãe falou, mas seu pai demorou para responder.

- Tudo bem, eu prometo. Só, por favor, toma cuidado.

- Eles são quem precisam ter cuidado. Eu vou encontrar o meu namorado, nem que seja a última coisa que faça – ela subiu as escadas até o quarto. Seus pais ficaram um pouco confusos.

*Flashback off*

Papéis espalhados pelo chão, post-its colados por todo canto e o cheiro forte de tinta de caneta. O quarto de Jade estava uma completa bagunça.

Faziam quatro dias desde que ela havia encontrado com o Conan. A partir daí ela não conseguia mais pensar em outra coisa. Ela estava fissurada em descobrir qualquer pista sobre o paradeiro de Beck.

Jade pesquisou sobre acidentes recentes na Geórgia, mas nada foi encontrado. E aquilo foi o suficiente para a mente dela começar a elaborar um plano para conseguir encontrar Beck.

*Pov Jade West*

Se eu quero achar o Beck, eu preciso ir atrás de quem acredito estar por trás disso.

A mãe do Beck não me deixaria chegar perto dela, mas o Conan... Ele me quer. Talvez, se eu me aproximar dele, eu consiga descobrir alguma coisa. Vai ser mais fácil do que tentar com a mãe do Beck, e também mais perigoso.

Muitos podem chamar de missão suicida, mas se for para morrer indo atrás do homem que eu amo... Que se foda!

Porque eu o amo com meu coração e alma.

Só de imaginar o Conan perto de mim me assusta. Me assusta pra caralho! Mas não há mais nada que eu possa fazer. Se for preciso atravessarei o inferno para tê-lo de volta em meus braços.

- Porra! – minha mãe falou entrando no meu quarto, chamando minha atenção – Quando você vai arrumar esse quarto? – perguntou pegando os papéis do chão, resmungando.

- Deixe esses papéis aí, alguns são importantes.

- Importante é você sair desse quarto. Quando foi a última vez que você tomou banho? – revirei os olhos, voltando a atenção para a tela do notebook – Como está o bebê?

- Às vezes até esqueço que ele existe. Mas aí eu fico enjoada e lembro que tem um gnomio dentro de mim.

- Não fale assim dele, ou, dela. Você está muito obcecada nessa coisa de achar o Beck – depositou a mão no meu ombro – Filha, ele não vai mais voltar.

- Ache o que você quiser. Estou pouco me fodendo para o que vocês pensam em relação a isso.

- Nós só estamos preocupados com você – bufei – Arrume esse quarto, tome um banho e vai se alimentar adequadamente.

- Não tenho tempo – expliquei concentrada na tela. Ficou silêncio por alguns minutos, o que eu estranhei, mas não tive interesse em saber o porquê.

As the World Caves In (Bade)Onde histórias criam vida. Descubra agora