As the World Caves In (Bade)

I finally found you

*Flashback on*

Eu saí do hotel e fui andar sozinha um pouco pelas ruas da cidade. O dia estava nublado, do jeito que eu amo. Parei em uma padaria e comprei um croissant. Eu queria ter comprado um café também mas é melhor não arriscar por conta do bebê. Não que eu esteja dando muita atenção a isso, nas verdade não estou dando a mínima atenção. Eu estou tão focada em encontrar o Beck que nem sequer estou prestando atenção em mais nada além disso.

*Flashback off*

A Sam conseguiu hackear as câmeras em algumas horas, mais rápido do que ela esperava. Ela assistiu as fitas para saber por onde ele passou. O Conan havia se encontrado com um homem alto, moreno de barba em um Café próximo do hotel. A Sam teve que começar a ir frequentemente nesse Café para hackear o wi-fi deles e as câmeras de segurança. E após uma semana quando a Sam conseguiu, ela descobriu o nome completo do homem que se encontrou com o Conan e a partir disso ela procurou nas redes sociais e descobriu o número de telefone dele. Com o número de telefone dele ela conseguiu acessar a localização dele. Não sei como ela fez tudo isso, ela é realmente muito boa.

Já faziam três meses desde que viajamos pra cá. Meu pai já nem me mandava mais mensagem de tão furioso que ele estava comigo. Minha mãe me mandava mensagem todos os dias perguntando como eu estou e quando eu irei voltar. Ela estava sempre me dizendo como a Chloe estava morrendo de saudades e achando que eu nunca mais iria voltar. Nós fazíamos algumas chamadas de vídeo de vez em quando.

Eu juro que a cada dia que passa, mais parece que eu irei morrer sufocada. É como se duzentos litros de água estivessem entrando em meus pulmões. Não há espaço, não há oxigênio. Eu estou morrendo envenenada pela saudade em minhas veias e o único antídoto é o Beck. Não é dependência emocional, é apenas amor. Puro e ingênuo.

Eu tenho que encontrá-lo e dizer todas as coisas que eu nunca disse, fazer todas as coisas que nunca fizemos. Dizer mais uma vez o quanto eu o amo e a maneira como ele transformou minha vida e a minha alma. Dizer que eu não acreditava nessa coisa de alma gêmea até conhecer ele.

- Beleza, pelo que eu notei o lugar que ele mais fica é nesse endereço aqui - a Sam deu o pedaço de papel escrito pra Tori - Deve ser lá que ele mora.

- Mas e agora? O que a gente faz? - a Tori perguntou.

- Nós vamos até lá, colocamos ele contra a parede até ele dizer aonde o Beck está - expliquei.

- Nós vamos torturar ele? - a Tori pergunta arregalando os olhos.

- Se for preciso, sim - falei.

- Eu não vou torturar ninguém - ela falou e eu virei os olhos.

- Claro que não, você é muito molenga. Sam? - a chamei - Você vai comigo até lá?

- Vou, tô sendo paga pra isso - ela riu.

Me vesti toda de preto. Uma calça jeans, uma camiseta e uma jaqueta de couro.

A Sam tem alguns amigos aqui, conseguimos uma moto e duas armas com eles. Fomos até o endereço que a Sam conseguiu. Era uma casa simples com um quintal pequeno. Descemos da moto e fomos até a porta. Apertei a campainha e esperamos a mesma ser aberta.

- Posso ajudar? - o mesmo homem que vimos nas câmeras de segurança nos perguntou ao abrir a porta.

- Nós queremos conversar com você - ele nos encarou com desconfiança.

- Quem são vocês? São da polícia?

- Não somos da polícia - a Sam respondeu - Estamos pedindo passificamente uma conversa. Você vai nos deixar entrar ou teremos que fazer isso do jeito difícil? - ele nos deu espaço para entrar.