Capítulo 28

133 10 0
                                    

—Dul, Christopher disse que horas vai para casa?

—Não. Você sabe que não costumo falar muito com seu irmão.

Nossa, que tapa na cara eu levei agora. Realmente eles não falam muito. Tenho que fazer algo para mudar isso.
Caminhamos em silêncio até chegar na escola. Chegamos duas e quinze, todos já estavam no pátio e a diretora estava fazendo um discurso. Pelo menos escapamos de metade disso. Quando entramos todos colocaram o olhar sobre nós, creio que por chegarmos com um professor. Ou será que é por causa que todos estão usando calça e somente eu e Dulce estamos de short?

—Droga Dulce! Viemos de Short!

—Meninas, não se sintam incomodadas por isso. Não era proibido vir de short, e também ninguém avisou que seria obrigatório o uso de calça.

—Tem razão. Obrigada. — ele assentiu e seguiu caminhando até ficar ao lado dos outros professores.

—Vamos logo! — Dulce me puxou pelo braço.

Ficamos juntas no meio dos alunos e depois do fim do discurso da diretora, estávamos finalmente livres. Sentamos no mesmo banco que costumamos passar o recreio, e ali ficamos conversando e ouvindo umas músicas super chatas que estavam tocando.
Mas nada é chato quando eu percebo que o professor está se aproximando de nós.

—E aí, gostando da festa?

—Na verdade está bem entediante. Não vejo a hora da minha festa mês que vem.

—Pode acreditar, a Angie sempre faz as melhores festas. São incríveis. — Dul disse entusiasmada.

—Ah, eu acredito. Então esse é seu apelido Angelique?

—Bem, as pessoas da família costumam me chamar assim.

—Angelique! — olho para onde vem a voz que me chamou.

—Oi Mauro.

—Posso falar com você?

—Sobre?

—A... A sua festa!

—Tá. Pode falar.

—Podemos ir para o corredor?

—Ué. — olhei para Dulce que lançou o olhar para o professor, me fazendo perceber que seria bom eu ir, pra ele não desconfiar de nada.

—Vamos?

—Tá bem, vamos.

Mauro segurou minha mão me levando para o corredor.

—O que você quer?

—Eu quero... Você. Depois da surra do seu irmão, nada mais me importa!

—Como assim?!

Ele segurou minhas mãos com muita força. Seu olhar estava muito diferente. Ele... Ele está bêbado! Droga! Péssimo momento para acompanhá-lo até aqui.

Ecos de Amor - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora