Ecos de Amor - Livro 1

Capítulo 33

Fui até o quarto do Chris e peguei duas toalhas de banho. São aquelas bem grossas, então acho que ele vai conseguir se secar. Voltei a cozinha e entreguei uma das toalhas para ele, que logo se enrolou nela. Depois entreguei a outra e ele secou o cabelo e colocou sobre as pernas.

—Pode sentar professor.

—Eu ainda estou molhado...

—Eu sei, mas é só continuar com a toalha enrolada que não vai ter problema.

Ele assentiu e sentou. Enquanto isso, fiz um chá quente e entreguei para ele tomar.

—Muito obrigado Angelique.

—Imagina, por nada.

Ficamos em silêncio enquanto ele tomava o chá.

—Pronto. Obrigado. — ele disse me entregando a xícara. —Onde fica o banheiro?

—Ali naquela porta a esquerda.

—Ok.

Ele levantou e foi até lá, e eu fui lavar a xícara. Coloquei pão com queijo na sanduicheira, afinal, eu ainda não como nada, e acho que o professor também não.
Mas, meu Deus! Tem um professor dentro da minha casa, e, estamos sozinhos! Se o Christopher soubesse disso, faria ficadinho dele... Ou ele faria picadinho do Chris, porque sinceramente em uma briga, não sei dizer ao certo quem sairía mais machucado.
Com os pães quentinhos, coloquei em um prato e deixei sobre a mesa. Logo o professor saiu do banheiro. Estava com uma camisa branca e com o casaco na mão, estava completamente seco, menos as pernas.

—Me dê seu casaco, vou pôr para secar aqui perto do fogão.

—Aqui está. — ele entregou e eu estendi. —Fiz pão com queijo, acho que deve estar com fome. Está aqui em cima da mesa.

—Não precisava se incomodar. Obrigado.

Sentamos e comemos.
A chuva começou a diminuir cada vez mais, e ficou somente uma garoa.

—Angelique, eu já vou. Eu nem perguntei se você iria na escola hoje.

—Não. Decidi não ir. Mas, pra onde vai assim?

—Vou em casa trocar de roupa e depois vou pra escola, não posso faltar assim.

—Entendo. Bom, então, tudo bem.

Entrego uma toalha a ele, que passa novamente pelo seu cabelo e pelas roupas que está usando.

—Muito obrigado Angelique. Até mais!

—Até. — abro a porta e ele saí, um vento gelado entra pela porta, e então, só agora percebo que fiquei de roupão o tempo todo.