Capítulo 31

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—Ah, perdão. Nem expliquei isso. Bom, é que eu moro aqui perto.

—Sério? Que coincidência. Pensei que morasse em um bairro mais "nobre"...

—Bem, todos pensam, mas, eu gosto daqui.

—E, como eu nunca o tinha visto por aqui?

—Eu quase nunca passo por esse rua.

—Entendi.

A cada passo ficávamos mais próximos da minha casa.

—Bom Angelique, está em casa. Até amanhã!

—Até. Obrigada. — sorri e ele assentiu.

Abri o portão e depois de passar fechei. Abri a porta com a minha chave e entrei em casa.

—Christopher? — chamei mas não obtive resposta. —Chris? — mais uma vez, sem resposta.

Ué, será que ele está na rua?
Fechei a porta e fui tomar banho. Depois do banho coloquei um roupão e na cozinha comi um pão com queijo. Logo ouvi a chave na porta.

—Onde você estava Christopher?

—Passei a tarde toda com a Dona Blanca e o seu José. Estava voltando pra casa e encontrei a Dulce, ela estava meio incomodada, então pedi para acompanhá-la.

—Ah, que bom que fez isso. A deixou em casa?

—Sim!

—Mas, por que essa cara?

—Angie, eu... Beijei a Dulce.

—VOCÊ O QUE?! — saltei da cadeira em que estava sentada.

—É. Eu sei, eu sei que você deve odiar só de pensar que isso aconteceu mas...

—Christopher, quieto.

—O que? Você está brava né?

—Não irmão. Pelo contrário! Estou muito feliz! Só pra você saber, estava criando teorias malucas na minha cabeça sobre vocês, acho que formariam um casal incrível. Eu shippo.

—É sério?!

—Sim!

—Mas não crie teorias. Foi só um beijo, e, eu nem sei se ela gostou. Sempre achei a Dulce muito bonita, mas...

—Você sempre a viu como minha melhor amiga.

—Exatamente.

—Então Chris... Se você gostar dela, óbvio, tente conquistar o amor dela. Hoje mesmo, eu e o Seu José comentamos sobre isso.

—Ele e você?

—Sim. Ele acha que a Dulce nunca aceitou nenhum dos trocentos pretendentes, porque gosta de você.

—Meu Deus...

—Qual foi a reação dela depois que vocês se afastaram?

Ele se jogou no sofá e me olhou sério.

—Ela abriu os olhos lentamente e sorriu sem graça. Não foi um dos melhores sorrisos que já vi na boca dela.

—Certamente ela ficou sem graça. Tenho certeza.

Ecos de Amor - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora