[𝟑] 𝐄𝐱𝐩𝐫𝐞𝐬𝐬𝐨 𝐝𝐞 𝐇𝐨𝐠𝐰𝐚𝐫𝐭𝐬

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Chegamos na estação. E já estávamos na metade do caminho quando os meus pais perceberam que eu tinha esquecido minha coruja em casa. — Coruja essa que havia ganhado de presente dos meus padrinhos no dia anterior. — eles decidiram que seria melhor que os esperasse ali e aparataram para casa.

Eu sabia que já estava atrasada, então, decidi ir andando na frente, sabia que meus pais entenderiam. Porém, enquanto procurava a tal plataforma. Acabei sendo interrompida por dois carrinhos desengonçados que praticamente me "atropelaram". Foi então que eu levantei a vista, e percebi que haviam duas figuras altas, ruivas e desconhecidas na minha frente. — até pensei que estava delirando por conta da queda. — foi então que escutei uma voz feminina gritar.

— FRED ! GEORGE ! OLHE SÓ O QUE VOCÊS FIZERAM ! Machucaram a menina! — uma senhora veio berrando em nossa direção.

Um dos gêmeos estendeu a mão para que eu agarra-se, enquanto o outro, recolhia as minhas coisas que agora estavam espalhadas no chão. Aparentemente, estavam bem envergonhados do que haviam feito.

— Desculpe baixinha. — um deles se pronunciou.

— Eu e George estávamos apostando corrida com nossos carrinhos, não te vimos aí. — disse o outro garoto.

— Espero que não tenham machucado ela. — disse a mulher mais velha olhando severamente para eles enquanto apontava para um outro garoto ruivo com a expressão vazia que vinha logo atrás, como se estivesse mandando fazerem alguma coisa.

— Eu estou ótima, não precisa se preocupar. —comentei enquanto limpava a poeira do chão, que agora estava em minhas vestes. — Ao olhar com mais atenção percebi que se tratava de uma família inteira de ruivos. — Vocês devem ser os Weasleys, certo ? — perguntei quase que com certeza.

— Sim querida, e você é a .. ? — me questionou educadamente.

— Lira. Lira Black-Lupin. — disse com um sorriso.

— Ah senhorita Black-Lupin. Como eu não pude reconhecer antes. — disse me puxando para um abraço.

De início eu estranhei, mas, percebi que deveria se tratar de alguma conhecida dos meus pais. Mesmo que não gostasse, a família Black ainda era muito reconhecida pelos bruxos. Quando meus pais se casaram, curiosamente esse reconhecimento aumentou ainda mais. Era tudo muito novo na época, um casal gay com uma filha pequena? era quase um escândalo. Mas meus pais lidaram muito bem com isso, e eu cresci com muito amor e carinho e sem os olhares estranhos das pessoas.

— É o meu primeiro ano, nunca havia vindo aqui antes. Então, poderia me dizer onde fica a plataforma 9 3/4 ? — disse ao me desprender do abraço.

— É o primeiro ano de Ronald e Ginny também. Disse mostrando brevemente uma garotinha que estava atrás dela. — o menino aparentemente já não estava mais ali. — venha, posso lhe acompanhar.

Seguimos até uma parede de tijolos que se encontrava entre as plataformas 9 e 10.

— Aqui meu bem, pode ir. — disse com um sorriso carinhoso enquanto apontava para a parede. — Não tenha medo. É só confiar em si mesma e atravessar.

Eu apenas agradeci e segui empurrando meu carrinho rapidamente, tentando acreditar que não bateria na parede. E passei. Avistei meus pais de longe e corri em direção a eles que pareciam preocupados com alguma coisa coisa.

— Ah você está aí ! — disse surpreso. — Porque demorou tanto filha ? Estávamos preocupados. Eu sei que mandamos você nos esperar do outro lado, mas tínhamos certeza de que você não obedeceria. Então, resolvemos vir direto para cá. — disse Remus.

— Tome uns galeões para comprar doces no trem. — disse Sirius enquanto tirava do bolso algumas moedas. — não vá se entupir de chocolate igual o seu pai, tome cuidado e não arranje nenhum namorado enquanto eu estiver fora. — disse forçando uma expressão de raiva.

— Cale a boca Padfoot. — disse enquanto dava um pequeno tapa na cabeça do moreno. — não é como se ela estivesse se mudando. Está apenas indo para Hogwarts. Não a lugar mais seguro que Hogwarts. — afirmou.

— Mesmo assim eu fico muito preocupado, é a nossa garotinha que está criando asas e voando para longe de nós. — disse como se forçasse um choro e eu ri enquanto meu pai revirava os olhos.

— Desculpe, tenho que ir. — falei ao escutar o apito do trem. — Prometo que escreverei todos os dias mandando notícias. — disse enquanto corria.

— Te escreveremos também. — disse o homen com cicatrizes.

— Ah e não entre na Sonserina, Por favor. Sua avó ficaria orgulhosa e não é isso que nós queremos. — disse o moreno em tom de deboche.

— Amo vocês. — disse acenando pela última vez.

— Nos também te amamos. — disseram em coro e eu apenas pude ver meu pai acenar uma última vez antes do trem partir.

𝐒𝐨𝐛 𝐚 𝐥𝐮𝐳 𝐝𝐨 𝐥𝐮𝐚𝐫Onde histórias criam vida. Descubra agora