[𝟑𝟕] 𝐑𝐞𝐭𝐨𝐫𝐧𝐨 𝐢𝐧𝐞𝐬𝐩𝐞𝐫𝐚𝐝𝐨 𝐚𝐨 𝐩𝐚𝐬𝐬𝐚𝐝𝐨

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— Como assim... Pai? — Questionou a cacheada.

— É o meu pai. Eu tenho certeza que é. — Respondeu o menino que agora tinha os olhos mais brilhantes que uma estrela. — Eu vi as fotos dele... aquele é o meu pai!

— Não tem como aquele ser seu pai, aquele garoto é jovem demais para isso. — Disse a menina.

— Ele tem razão, Mione, é o tio Lucius. — Eu disse ainda perplexa com a imagem que estava vendo.

— Então suponhamos que aquele seja o pai do Malfoy. Aquela mulher ao lado dele não era para ser a senhora Malfoy? — Questionou a menina. — Eu vi a foto dela nos jornais, pensei que ela fosse loira.

— Tia Cissa não é loira. Ela é uma Black, por isso o cabelo preto. — Eu constatei lembrando de uma conversa que já havia tido com ela. — Ela me disse uma vez que pintou duas mechas loiras na lateral do cabelo para se parecer com o Tio Lucius quando era jovem.

— Se aqueles são os meus pais... onde nós estamos? — Draco perguntou ainda encarando os dois jovens sonserinos que passavam.

— Eu não sei... mas em 1993, com certeza, não é. — Afirmei voltando a minha atenção para o garoto de óculos. — Levando em consideração que esse são os meus tios, e aquele garoto não é o Harry... só pode ser o meu padrinho! — Eu disse animada.

— Aonde eu estava com a cabeça quando aceitei participar desse plano maluco? — Disse Hermione enquanto passava a mão pelos seus cachos castanhos. — Nós nem sabemos onde estamos.

— Ficar aqui parada não vai te ajudar a descobrir. — Eu comentei enquanto puxava a garota pelo braço, assim como ela havia feito comigo. — Vamos explorar.

— Você bateu a cabeça na queda? Não podemos "explorar" um lugar que não conhecemos! — Ela afirmou.

— E você acha que sentar e esperar o tempo passar vai ajudar em alguma coisa? — Draco disse. — Nós não sabemos onde estamos. Não sabemos como chegamos aqui. E muito pior, não sabemos como sair. Talvez se nós andássemos em busca de informações, conseguíssemos alguma coisa.

— Eu concordo com o Draco. — Eu falei e Hermione cruzou os braços. — A gente tem o que a ganhar ficando parados aqui? Nada. Mas se fôssemos atrás dessas pessoas, quem sabe...

— Tá bom! A gente vai. — Disse a menina revirando os olhos e eu comemorei internamente. — Mas vocês vão me prometer que não vão sair por aí contando seus nomes e sobrenomes para ninguém! estão me ouvindo?

— Sim, mamãe. — Disse Draco ironicamente.

— Vai em frente, Malfoy. Vai lá falar com os seus pais. Diz que você veio de não sei aonde e que é filho deles. É bom que você altere alguma coisa e quando nós conseguirmos sair daqui você esteja morto. — Ela falou encarando o garoto que baixou a cabeça e se calou em resposta.

— Nós não vamos fazer isso. Eu prometo. — Disse tentando dar o sorriso mais convincente que eu tinha.

— Vamos ficar juntos. Não podemos correr o risco de nos perdemos. — Ela disse pegando a minha mão e começando a andar.

— Vem Draco. — Eu estendi a minha mão e ele aceitou antes de começarmos a caminhar. — Quem olha nós três andando assim, nem sonha que quase nos matamos no primeiro ano... — Comentei ao perceber que estávamos andando os três lado a lado.

— Você sabia que eu quase sai no tapa com a Lira quando éramos crianças? Ela jogou um pote de vidro da minha cabeça porquê eu roubei o pirulito dela... — Disse Draco para Hermione que riu com a história.

𝐒𝐨𝐛 𝐚 𝐥𝐮𝐳 𝐝𝐨 𝐥𝐮𝐚𝐫Onde histórias criam vida. Descubra agora