[𝟒𝟑] 𝐀 𝐩𝐫𝐨𝐩𝐨𝐬𝐭𝐚

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27 de dezembro de 1993

Nós havíamos chegado de viajem. Eu e Draco estávamos arrastando nossas malas para dentro da minha casa, enquanto meus pais ajudavam o tio Reg com as malas dele.

- Esse não foi o melhor fim de semana da sua vida? - Disse enquanto jogava as malas no chão e me sentava no sofá.

- Foi bom. Suas tias são bem legais e aquele cachorro era fofo. - Draco respondeu enquanto sentava ao meu lado.

- Ah fala sério, você amou! - Falei implicando com ele.

- É, tenho que admitir que foi o melhor Natal que eu já tive. - O loiro disse relutante.

- Ainda não me contou por que veio para cá. Você nunca vem.

- Sobre isso... eu realmente tinha que falar com você, mas... - Ele foi interrompido pelo meu pai.

- Crianças, vão lá pra cima! - Sirius disse apontando para a escada. - Esse sofá aí é meu!

- Você não vai fazer questão por um sofá, né pai?

- Vou. Pode se levantar. Sua cama é muito confortável e espaçosa, você não precisa do meu sofazinho. - Ele falou enquanto me empurrava para fora do sofá.

- Eu pensei que você fosse mais compreensivo com as visitas... - Draco resmungou enquanto subia as escadas.

- Sirius saia do meu sofá! - Ordenou Remus, que estava chegando com as últimas malas.

- Moony... Por favor. - Suplicou o moreno.

- Eu quero o sofá! - Afirmou.

- Tem três sofás na sala. Você não vão brigar por causa de um... né? - Questionei e ele assentiram.

- Eu vou brigar sim! Esse é o meu sofá favorito.

- Vem cá lobinho, tem espaço para você também. - Sirius disse apontando para o lado do sofá.

Remus poderia ter negado, mas apenas se acomodou nos braços do moreno.

- Vocês tem algum problema? Por que são tão fofos? Não podem simplesmente brigar e começar a se matar como os outros pais? - Questionei cruzando os braços e eles apenas riram.

Diana, Régulos e Leonard tinham acabado de chegar, então antes que eles começassem a brigar pelo sofá, eu subi as escadas com pressa e encontrei um loiro intrometido com um embrulho na mão, sentado na beira da minha cama.

- O que é isso? - Perguntei notando que ele parecia bem curioso com o embrulho.

- É pra você. Encontrei em cima da sua cama.

- Jura? - Perguntei ironicamente e ele revirou os olhos. - De quem é?

- Weasleys. - Ele respondeu com um certo receio, mas não parecia estar com nojo.

- Eu não acredito... Me dá isso agora! - Falei tentando tomar o presente da mão dele.

- Fica calma, esquentadinha. Eu já abri, vou dizer o que é.

- Fala logo! Estou curiosa.

- Tudo bem. Tem uma torta de amora. - Ele começou dizendo enquanto tirava a torta de dentro do embrulho. - Tem dois suéteres e uma carta junto a eles.

- Um desses é para você. - Comentei dando de ombros.

- Para mim? - Questionou confuso.

- Você não merece, mas eu pedi para que a tia Molly fizesse um com a letra "D". - E ele arqueou o cenho, parecia desconfiado. - Olhe você mesmo.

𝐒𝐨𝐛 𝐚 𝐥𝐮𝐳 𝐝𝐨 𝐥𝐮𝐚𝐫Onde histórias criam vida. Descubra agora