[𝟐𝟒] 𝐎 𝐬𝐚𝐧𝐭𝐨 𝐃𝐢𝐠𝐠𝐨𝐫𝐲

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Três dias já haviam se passado desde que eu cheguei na casa dos Weasleys. Ginny já não estava mais doente, então, eu saí do quarto temporário que eu estava e me juntei a ela para conversarmos até tarde. Fomos dormir por volta das 3:00 hoje, acho que era por isso que eu estava estranhando o horário que tinha acordado.

— Boa tarde princesinha. — A voz dela ecoou pelo quarto.

— Que horas são? — Perguntei confusa.

— Eu não sei, mas acho bom você descer logo para comer.

— Eu perdi o café? — Disse enquanto procurava uma roupa para vestir.

— Sim, e se você não se apressar vai perder o almoço. — Ela saiu do quarto rindo da minha situação.

Uma regata amarela e um short preto de malha, foi tudo que eu consegui encontrar em cinco minutos. Desci correndo as escadas e me deparei com a família inteira reunida.

— Graças a Merlin você acordou Lira, eu já estava ficando preocupada. — Molly falou.

— Me desculpa, eu não costumo acordar tarde. Normalmente eu sou uma das primeiras a acordar, não sei o que aconteceu comigo hoje. — Disse com um sorriso sem graça, já me sentando a mesa.

— Sem problemas. — Ela retribuiu o sorriso.

— O dia está muito bonito hoje, o que acha de jogarmos quadribol? — Ginny perguntou animada, ela parecia já ter terminado de comer.

— Eu acho essa ideia incrível!

— Pensei que não gostasse de quadribol, nunca acompanhou um treino meu... — George resmungou.

— E eu não gosto. Mas isso não significa que eu não saiba jogar ou que eu não tenha vontade de vez em quando. E eu não preciso acompanhar seus treinos para me interessar pelo esporte, você não é o rei dele.

— Depois dessa eu ficava calado irmãozinho. — Fred debochou do irmão, que apenas deu um tapa nele como resposta.

— Meninos parem com isso! — Arthur os repreendeu.

— Como vamos jogar quadribol se nós só estamos em cinco? — Ginny questionou confusa.

— Podemos jogar em dois times, apenas com um goleiro, um artilheiro e um apanhador. Não precisamos usar os balanços dessa vez.

— Mesmo assim essa conta não bate... Precisamos de outra pessoa para que os dois times fiquem completos. — Ron afirmou.

— Vocês podem chamar o filho do meu amigo Amos, ele adora quadribol. — Arthur falou.

— Boa ideia pai! — Fred exclamou.

— Eu e o Fred podemos ir na casa dele agora? Ele mora aqui perto. — George questionou o pai que apenas assentiu.

— E a gente? — Ginny perguntou.

— Vocês três ficam aqui procurando os materiais para o jogo. — Fred disse levantando rapidamente e puxando o seu irmão junto. — Voltamos daqui a alguns minutos.

Depois que os gêmeos saíram, eu ajudei a Senhora Weasley a lavar a louça do almoço, enquanto Ginny e Ron foram ao armário de vassouras da casa para pegar tudo que precisaríamos. Cerca de trinta minutos depois, os gêmeos voltaram, dessa vez, acompanhados por um rapaz.

Ele era extremamente bonito. Era pouco mais baixo que os gêmeos e tinha belos olhos cinzas esverdeados e um cabelo loiro escuro. Eu realmente não sabia se ele era real ou apenas coisa da minha cabeça.

— É melhor você fechar a boca, está quase babando. — Ginny disse dando um cotovelada em mim.

— Meninas esse aqui é o nosso amigo, Cedrico Diggory. — George falou enquanto se aproximava de nós.

— Prazer Diggory... — Eu estendi minha mão para que ele apertasse. — eu sou a Lira, Lira Black-Lupin.

— O prazer é todo meu. — Ele depositou um beijo nas costas da minha mão. — Ah, pode me chamar de Cedrico. — Ele disse com um sorriso.

— Eu tenho a impressão que te conheço... você é monitor não é?

— Sim, eu sou.

— Sabia! Já devo ter fugido de você algumas vezes. — Ele parecia ter achado isso engraçado e ao mesmo tempo, parecia ter lembrado de alguma coisa.

— Não foi você que explodiu aquele balão de água em um Sonserino do terceiro ano? —perguntou com quase total certeza.

— Talvez... balões podem explodir sozinhos também.

— Tenho certeza que aquele não explodiu sozinho. — Ele disse rindo.

— Terminaram o papinho ou vamos ter que esperar escurecer para começar a jogar? — George nos interrompeu.

— Nossa garoto, que bicho te mordeu?

— Nenhum. — Ele respondeu de má vontade.

— Relaxa George, nós vamos começar agora. — Fred disse apoiando o braço no ombro do irmão. — Nada mais justo do que termos duas capitães, certo? — Os três meninos assentiram. — Então Ginny e Lira, tirem na sorte para ver quem vai escolher os times primeiros.

— Não precisa, a Lira pode escolher. — Disse a ruiva.

— Eu escolho o Ron e o idiota do George. — Eles ficaram no meu lado. — Ron vai ser o goleiro, George vai ser o artilheiro e eu vou jogar como apanhadora.

— Ótimo. Fred vai ser o goleiro do meu time, eu vou ser a artilheira e Diggory o nosso apanhador. — Ela respondeu e nós fomos cada um para lado.

O jogo começou a todo o vapor. Ginny e George disputavam a posse das goles, enquanto eu e Cedrico tentávamos avistar o pomo. Ron não estava muito confiante, mas ainda sim eu conseguia observar as defesas incríveis que ele fazia, acho que foi por isso que eu o escolhi para o meu time. Ele era um ótimo jogador, só precisava ter mais confiança em si mesmo. Conseguir fazer uma gole passar pela defesa de Fred também estava difícil. Ele e seu irmão jogavam como batedores, nos jogos normais de quadribol, mas ainda sim eram muito bons em suas novas posições.

Cerca de vinte minutos já haviam se passado e jogo estava empatado. Eu avistei o pomo de longe e segui ele rapidamente, Diggory fez o mesmo. Tentei alcançá-lo mas não consegui, então tive a brilhante. — Ou estúpida. — Ideia de ficar em pé e "surfar" na vassoura. De início tudo parecia estar dando certo, eu consegui passar Cedrico e fiquei mais próxima ao pomo, mas quando eu finalmente consegui pegar ele, escorreguei e cai da vassoura.

Antes que eu pudesse pegar minha varinha para dizer: accio vassoura, Cedrico me segurou e me trouxe para perto dele. Descemos de volta ao jardim aonde todos os outros nos esperavam preocupados.

— Que ideia maluca foi essa de ficar em pé na vassoura? — Ginny gritou.

— Você está ficando louca de vez? Poderia ter morrido! — Fred exclamou.

— Ainda bem que o Cedrico estava lá para me ajudar. — Eu respondi enquanto descia da vassoura. — Eu não sei nem como te agradecer, muito obrigada. — Eu o abracei sem pensar.

— Eu não fiz nada demais. — Ele se desprendeu do abraço e meu deu um sorriso. Parecia um pouco envergonhado, mas acho que era só impressão minha.

— Deveríamos bater palmas para essa nobre atitude do Santo Diggory? — George resmungou.

— Qual é o seu problema garoto? — Eu falei irritada e ele não respondeu. — Eu cansei! vou beber água, quando eu voltar, se quiserem jogar mais alguma coisa...

Eu abri a porta da casa e dei de cara com um homen de longos cabelos pretos sentado no sofá, aparentemente me esperando.

— Pai?

𝐒𝐨𝐛 𝐚 𝐥𝐮𝐳 𝐝𝐨 𝐥𝐮𝐚𝐫Onde histórias criam vida. Descubra agora