[𝟒𝟔] 𝐂𝐨𝐩𝐚 𝐦𝐮𝐧𝐝𝐢𝐚𝐥 𝐝𝐞 𝐪𝐮𝐚𝐝𝐫𝐢𝐛𝐨𝐥

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Nós não passamos mais do que cinco minutos em casa. Meu pai praticamente me arrastou para fora. Como estávamos sem a moto de Sirius e a lareira estava desligada, fomos andando até Ottery St. Catchpole. Imaginem um homem com uma mochilinha vermelha nas costas, carregando uma mala gigante, e duas adolescentes com gatos manhosos nos braços, caminhando pelas ruas de Londres.

- Falta muito, pai? A Blissa já está cansada. - Resmunguei.

- A sua gata mimada nem está andando, como ela pode estar cansada? - Hermione retrucou.

- Não fale como se o seu gato estivesse caminhando. Ele está dormindo no seu colo!

- Meninas, parem! - Remus falou sério. - Nós já estamos bem perto, não precisam se preocupar.

- Por que nós vamos ficar na casa do Rony? - Perguntou a cacheada.

- Eu vou precisar visitar uma parente minha no hospital, senhorita Granger. - Ele respondeu.

- Você não tem parentes vivos, pai.

- Quem disse a você? A sobrinha da minha mãe está doente e ela é minha prima, preciso visitá-la.

- A vovó era trouxa. E o St. Mungus é um hospital bruxo. Qual a probabilidade da sobrinha dela ser bruxa?

- Pare de fazer perguntas! As vezes você parece a... - Ele começou mas não concluiu a sua frase. - Pronto, chegamos.

- Isso é uma casa? - Hermione perguntou perplexa. - É tão estranha...

- Ela é ainda mais estranha por dentro, mas você vai se acostumar. - Respondi enquanto nos aproximávamos da porta.

Remus se aproximou da entrada e bateu algumas vezes na madeira da porta.

- Fred, abra a porta! - Gritou uma voz que eu reconheci sendo a da senhora Weasley.

- Ah não, mãe, pede pro George! - Ele respondeu ainda gritando.

- Por que eu? Manda o Rony!

- Eu não vou me levantar só pra isso, estou jogando! - Gritou a voz esganiçada do Weasley mais novo.

- Eu posso ir, não me importo.

- Não, Harry querido, fique aí. Eu mesma vou abrir já que nenhum dos meus filhos preguiçosos se levantou. - A senhora Weasley falou e os seus passos indicaram que ela estava andando até à porta. - Remus? - Perguntou surpresa ao abrir a porta.

- Olá, Molly. - Ele cumprimentou com um sorriso. - Podemos entrar?

- Ah, claro que sim! Venham, a casa é de vocês. - Ela falou abrindo espaço na entrada. - Lira querida, você cresceu tanto. Vou ter que fazer um novo suéter para você. - Falou enquanto apertava as minhas bochechas.

- Obrigada, tia Molly. - Respondi enquanto colocava a gata branca no chão. - Espero que ninguém aqui tenha alergia a gatos.

- Não se preocupe com isso. - Falou fechando a porta e notando a presença da outra garota. - Você deve ser a Hermione, certo?

- Sim, sou eu. Como a senhora sabe? - Perguntou envergonhada.

- Rony falou muito de você.

- Mamãe! - Gritou o ruivo.

- Bom... obrigada? - Ela falou envergonhada.

- Então, a que devo a honra da visita de vocês? - Ela falou acompanhando meu pai até a cozinha.

- Não sabia que vocês vinham. A Hermione não confirmou nada. - Ron falou assim que nossos pais saíram da sala.

- Nem a gente sabia. Meu pai decidiu isso há uma hora atrás. - Expliquei.

𝐒𝐨𝐛 𝐚 𝐥𝐮𝐳 𝐝𝐨 𝐥𝐮𝐚𝐫Onde histórias criam vida. Descubra agora