[𝟐𝟗] 𝐌𝐮𝐝𝐚𝐧𝐜̧𝐚 𝐫𝐞𝐩𝐞𝐧𝐭𝐢𝐧𝐚

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- Draco? - Perguntei incrédula ao ver o loiro na porta da cabine.

Ele fez um sinal para que eu fosse até ele, então, pedi a Luna para que eu esperasse lá dentro.

- O que você quer? - O questionei agora já do lado de fora da cabine.

- Eu quero conversar com você ... Eu preciso conversar com você. - Ele afirmou.

- Tem que ser agora? - O menino me olhou como a resposta Pergunta pergunta óbvia. - Ah ... tudo bem. Podemos conversar no fim desse corredor, tem um espaço lá.

Seguimos em silêncio até o canto que eu havia dito.

- A gente vai sentar no chão? - Draco perguntou com nojo e eu apenas assenti. - Eu não vou sentar no chão!

- Prefere ficar em pé? - Ele me encarou por alguns segundos, mas logo sentou-se ao meu lado. - Ótimo. Mas é aí, o que você quer tanto me falar que não pode esperar ate chegarmos em Hogwarts?

- Eu ... Euquerotepedirdesculpa ... - Eu olhei confusa para o loiro.

- Repete. Dessa vez, com mais calma, por favor.

- Eu quero te pedir desculpa! - Ele afirmou, mas ainda não estava olhando para mim.

- Pensei que essa palavra não existisse no seu vocabulário ...

- Olha Lira, eu não estou com paciência para essas suas brincadeirinhas.

- Tá bom, parei. Pode continuar ...

- Eu sei que eu errei e ...

- Achei que fosse proibido de cometer erros ... - Eu o interrompi.

- Eu juro que se você me interromper mais uma vez, eu me levanto e vou embora sem falar mais nada! - Afirmou o loiro indignado.

- Certo, pode concluir.

- Enfim, depois da nossa conversa no Três vassouras, eu repensei melhor as minhas atitudes e percebi que não deveria ter falado aquelas coisas para você.

- Só isso? - Perguntei ao menino que ainda estava de cabeça baixa, mas que agora, olhou diretamente para mim.

- Não. Eu disse muitas coisas que te magoaram naquela conversa, mas eu venho errando com você a um bom tempo.

- Fico feliz que reconheceu isso, eu sabia que ainda dava tempo para você mudar!

- Não da mais tempo Lira ...

- É claro que da! Se você realmente estiver olhando para mudar, eu te ajudo.

- Como? Eu não tenho como pedir desculpas a todas as pessoas que eu já magoei. - Draco disse um pouco triste. - Acredite, eu até me arrependo de algumas coisas ... mas não da pra mudar do dia para a noite, como as pessoas já me veem com um monstro ... elas me veem como o meu pai.

- Seu pai é um idiota ... - O menino arregalou o olhos surpreso com o que eu tinha dito. - Com todo respeito é claro. - Conclui. - E você não é igual a ele!

- É mesmo? - Ele perguntou ironicamente. - Não é isso que as pessoas falam ...

- Você não precisa ligar para as pessoas que dizem ou deixam de dizer sobre você!

- Falar é fácil, você sabe o que é chegar em um lugar e várias pessoas determinadas para você?

- Sim ... eu sei Draco.

- É verdade ... desculpa?

- Tá desculpado. Mas enfim, você não é o seu pai, você não é o que as outras pessoas pensam, você é o que você quiser ser. Se você não quiser ser um "mosntro", então você não vai ser um, você não vai ser um até que ...

𝐒𝐨𝐛 𝐚 𝐥𝐮𝐳 𝐝𝐨 𝐥𝐮𝐚𝐫Onde histórias criam vida. Descubra agora