[𝟔] 𝐅𝐞𝐢𝐭𝐢𝐜̧𝐨𝐬 𝐞 𝐀𝐳𝐚𝐫𝐚𝐜̧𝐨̃𝐞𝐬

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A primeira semana de aulas passou sem nenhum problema. Até que chegamos a aula de feitiços da semana seguinte. O nosso professor era o senhor Flitwick. As pessoas costumavam subestimar ele por causa do seu tamanho e voz fininha, porém, ele era o melhor é mais bem versado mestre de feitiços que havia. Além do mais, ainda era o diretor da Corvinal. Ele ajudava qualquer corvino que estivesse com problema em sua matéria. E descobri ainda,
que se você estivesse triste, ele tirava bolinhos que guardava dentro de um pote na gaveta de sua mesa e lançava um feitiço para que eles começassem a dançar. Confesso que tive vontade de fingir tristeza só para ver essa cena.

— Então, como eu estava dizendo. Uma das habilidades mais elementares de um bruxo é a levitação. Wingardium leviosa é um feitiço de levitação usado para fazer objetos voarem ou levitarem.
Alguém pode me dizer quais são os outros feitiços menores de levitação que existe?

Eu e Hermione levantamos a mão juntas, mas, ele acabou optando para que eu respondesse à pergunta.

— Então senhorita Black-Lupin. Poderia me dizer que feitiços são esses ?

— O feitiço foguete e o feitiço flutuante também são usados com os mesmos objetivos, porém, o feitiço flutuante é o original e também o melhor dentre eles.

— Excelente. 10 pontos para a Corvinal pela bela explicação. — disse me arrancando um sorriso. — Agora, que vocês peguem suas varinhas e pratiquem o feitiço nessa pena que deixei em suas mesas. Digam o feitiço em alto e bom tom e movimentem suas varinhas corretamente com o movimento que treinamos antes, sempre girando e sacudindo.

A minha varinha era de madeira de abeto, núcleo de corda de coração de dragão e tinha cerca de 33 cm. Eu considerava ela muito bonita, pois, tinha pequenas gravuras que remetiam uma constelação. Eu havia comprado no beco diagonal na loja do senhor Olivaras e ele havia me dito que ela tinha sido feita especialmente para mim.

Começamos a praticar o feitiço e eu consegui levitar minha pena alguns centímetros acima da mesa, o que me deixou muito feliz. Estava sentada em dupla com a Luna que também obteve sucesso no feitiço, diferente de Harry e Simas que acabaram explodindo suas penas. Ronald que estava sentado ao lado de Hermione, parecia não saber nem pronunciar direito o feitiço.

— Wingardium leviosA! — disse enquanto girava bruscamente sua varinha.

— Para ! Assim vai acabar acabar arrancando o olho de alguém. E você está falando errado. É leviOsa não leviosA. — disse Hermione.

— Faz você então, já que é tão esperta. — disse debochando da menina. — Vai em frente sabe tudo.

Wingardium leviosa! — disse fazendo sua pena levitar incrivelmente pela sala, chamando atenção do professor.

— Oh, muito bem ! — disse batendo palmas para a execução perfeita do feitiço da menina. — Estão vendo meninos ? A senhorita Granger conseguiu. Esplêndido!

A aula já havia terminado e estávamos caminhando em direção ao campo de treinamento, onde teríamos aula de voo com a Madame Hooch.

— É leviOsa e não leviosA. — escutei Ron debochar. — Ela é uma pesadelo, é sério. Por isso não tem amigos.

Eu não era a única que tinha escutado aquilo. Hermione passou com raiva trombando no braço dele, seguindo em direção contrária ao campo.

— Eu acho que ela ouviu. — Harry falou.

— É claro que ouviu seus idiotas. — resmunguei. — Hermione espera, eu preciso falar com você. — gritei enquanto corria atrás dela.

Ela entrou dentro de um banheiro do segundo andar para evitar que eu lhe achasse, mas, não teve sucesso.

— Hermione..? — perguntei e nenhum barulho além de um pequeno soluço foi feito. — Vamos saia, eu sei que você está aí. — afirmei e ela continuou fingindo que não estava lá. — Eu não vim zombar de você, eu juro. Eu só queria.. conversar.

— O que você quer ? — perguntei em meio a soluços de choro.

— Eu queria te dizer que Ronald não tem razão. Você não é um pesadelo e também.. — um pequeno silêncio tomou conta banheiro.

— E também o que ? — ela perguntou.

— E também ele estava errado, em dizer que você não tinha amigos. Você tem a mim. E eu aposto que Luna e Ginny também concordam comigo.

Ela abriu a porta do banheiro e veio em minha direção, me dando um abraço.

— Vamos já estamos atrasadas para a aula. — disse me desprendendo do abraço.

Estávamos correndo para chegarmos ao campo de treinamento o mais rápido possível. Estranhamos um pouco, pois, encontramos a Madame Hooch no caminho. Ela estava acompanhando Neville que parecia ter se machucado. Chegamos no campo de treinamento e nos deparamos com Harry e Draco brigando enquanto voavam.

— Me da isso Malfoy ! — Harry exigiu.

— E se eu não quiser ? O que vai fazer Potter ?— debochou.

Harry tentava avançar para pegar uma esfera que estava na mão de Draco, mas, o loiro também era muito ágil na vassoura. Draco já não estava mais brincado, estava com raiva. Vi que ele estava tentando pegar a sua varinha, provavelmente para tentar azarar Harry e tive que ser mais rápida, por que, da altura que eles estavam, se Harry caísse no chão era arriscado quebrar alguma coisa.

Levicorpus ! — disse apontando para Draco.

Todos os olhares estavam voltados para mim. Eu não acreditava que aquele feitiço iria dar certo. Na verdade, eu achava que ele nem era real. Malfoy estava de cabeça para baixo como se estivesse sendo içado no ar pelo tornozelo e eu, bem, eu não sabia ao certo como acabar com aquilo.

Liberacorpus ! — uma voz severa anunciou.

Me virei em direção aonde a voz parecia ter vindo e me deparei com o professor Snape me olhando com sua típica expressão de nojo.

— Senhorita Black-Lupin, o que estava tentando fazer quando lançou uma azaração em seu colega de classe ? 20 pontos serão tirados da Corvinal pela sua infração e ficará de detenção hoje depois da aula.

Eu apenas assenti, não tinha nada o que fazer. Snape era o professor mais rígido de Hogwarts, nada que eu dissesse faria com que ele mudasse de ideia.

— Senhorita Black-Lupin o que.. — acabou sendo interrompida.

— O professor Snape já me repreendeu em relação a minha atitude senhora. — eu disse cabisbaixa olhando a professora McGonagall — não irá se repetir novamente.

— Certo. Agora senhor Potter, poderia me acompanhar até a minha sala ? — pediu ao menino que ainda estava perplexo diante aquela situação. — Agora. — concluiu.

𝐒𝐨𝐛 𝐚 𝐥𝐮𝐳 𝐝𝐨 𝐥𝐮𝐚𝐫Onde histórias criam vida. Descubra agora