Cliche

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Hoje demorou para escrever o capítulo porque eu comecei ele hoje (normalmente começo a escrever outro capítulo assim que público o anterior) e porque eu eu estive bem ocupada durante o dia, me perdoem por isso. 

Enfim, boa leitura! 💕 

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— Sorvete de menta e chocolate, hyung? — Taehyung me perguntou, fazendo uma expressão falsa de vômito. — Tanta coisa melhor.

— Ah sim, porque creme com morango é muito melhor. — Revirei os olhos de brincadeira e ri.

O restaurante não abre nas segundas feiras, então acabamos tendo um tempo livre durante a tarde. Tae me chamou para sair com ele novamente, apenas para dar uma volta. Acabamos por dar apenas uma volta pelo shopping para comprar materiais novos. Eu comprei telas novas -para variar- e ele comprou algumas palhetas novas. Aproveitamos um pouco mais do nosso tempo livre e paramos para tomar sorvete, onde tivemos uma pequena discussão. De brincadeira, claro.

Ele continuava dizendo que sorvete de menta e chocolate era horrível e não sabia o porquê de eu gostar tanto e eu rebati, perguntando como ele gostava tanto de um sabor tão simples e sem graça como baunilha. Ele ficava dizendo coisas do tipo "Mas tem calda de morango! Não é sem graça!", era adorável.

Por mais que eu quisesse negar, eu amava passar esse tempo com ele. Os passeios que ele fazia comigo, mesmo não sendo nada demais. Mesmo sendo apenas uma volta no shopping, uma caminhada na praça ou até mesmo, um ir na casa do outro apenas para jogar conversa fora. Nos conhecemos faz apenas um mês, mas parece que nos conhecemos há muito tempo.

Somos adultos, cada um com mais de 20 anos, mas perto dele, me sinto como um adolescente do ensino médio. Ele não era muito diferente. Era seu jeito normal de agir, o que eu achava adorável. Era incrível que ele conseguia ser o completo oposto de mim. Estava sempre animado e sua energia nunca acabava. Sabia exatamente o que queria fazer em sua vida. Somos bem diferentes um do outro.

— Quer fazer mais alguma coisa? — Taehyung me perguntou após jogar seu copinho de sorvete no lixo.

— Acho que não, já comprei tudo que precisava. — Sorri e fiz a mesma coisa com o meu pote. — Me lembre de fazer você tomar o sorvete de menta da próxima vez que viermos. — Brinquei e comecei a andar, escondendo minhas mãos no bolso do meu sobretudo.

— Então não vai ter próxima vez. — Ele riu e me seguiu até a saída. — Foi meio idiota da nossa parte de tomar sorvete nesse frio. Eu estou congelando.

— Somos dois então. — Ri baixo e balancei a cabeça, olhando para ele. — Tae, tem sorvete... ali. — Apontei para o canto da sua boca.

Ele tentava tirar a sobremesa, mas não conseguia acertar o lugar. A vergonha que eu tinha de ajudá-lo era o pior de toda situação. O puxei para o banheiro, assim não teria que fazer aquilo na frente de várias pessoas.

Levei meu polegar até sua boca, tirando a sujeira que havia ali. Pude ouvir seus risinhos baixos e me senti constrangido.

— P-por que está rindo? Eu te a-ajudei! — Senti minhas bochechas queimarem por conta da vergonha.

— Sabe, Yoon... para alguém tão criativo como você, até que você é bem clichê. — Ele disse rindo e eu apenas o olhei com os olhos arregalados. Maldito.

— Vamos logo, pare de enrolar! — O puxei pelo braço até a saída e continuamos andando em direção ao nosso prédio.

Essas caminhadas pela tarde eram algo que eu gostava de fazer, ainda mais com ele ao meu lado. Ele gostava muito de conversar, apenas para contar como foi seu dia no trabalho, o que está acontecendo com seus amigos e família ou apenas assuntos aleatórios, como a briga do sorvete. Eu me sentia mal, porque eu nunca falava nada para ele. Eu não me abria por medo. Eu sabia que podia confiar nele, mas mesmo assim, não era o suficiente. Sua vida era incrível, o completo oposto da minha.

— Hyung? Hyung! — Taehyung me chamou, fazendo com que eu esquecesse meus pensamentos anteriores.

— Desculpa, estava distraído. O que foi?

— Jin hyung me chamou e precisa da minha ajuda. Tudo bem se você voltar sozinho? — Vi uma expressão triste se formar em seu rosto.

— Posso sim, não precisa se preocupar — Sorri pequeno e botei minha mão em seu ombro.

— Desculpa.

— Não peça desculpas, tá tudo bem. Até amanhã Tae.

— Até hyung.

Após nos despedirmos, seguimos em direções diferentes. Eu não conhecia Seokjin muito bem ainda. Às vezes ele fazia hora extra pela noite, mas era rara a ocasião. Eu percebi que ele era bem engraçado, embora eu não tenha interagido tanto com ele. Sei que ele e Taehyung são melhores amigos já faz alguns anos. Eu gostaria de ter conhecido o Tae alguns anos atrás, talvez as coisas seriam diferentes agora.


Essas horas sem ele se tornaram um pesadelo. Eu não tinha absolutamente nada para fazer. Eu me sentia sozinho e sentia falta dele. Namjoon diz que eu não paro de falar dele e que isso quer dizer alguma coisa, mas eu acho que não. É apenas uma amizade nova em que estamos nos conhecendo melhor, certo?

Namjoon também disse que eu estou diferente ultimamente. Tenho estado ocupado com outras coisas e isso me distrai das coisas ruins. Disse que tenho estado mais animado esses dias. Talvez eu possa ter melhorado, mas sair de casa todos certamente está me fazendo bem. Já não estou mais sozinho. Não estou mais no escuro. Não estou isolado. O que é bom, eu me sinto melhor. Me sinto vivo. Ao invés de pedir que os dias passem rápido, estou começando a pedir para que eles passem mais devagar, assim posso aproveitar pequenas coisas que deixava passar há apenas alguns dias. E é tudo por causa dele.

Eu estava começando a ficar dependente dele e isso me deixa preocupado. Quando fico "dependente" de alguém, sinto que me torno um incômodo e me sinto mal. Infelizmente, esse é meu subconsciente querendo que eu me sinta assim e não tem nada que eu possa fazer. No final, acabo me afastando da pessoa, até porque não tem muita coisa que eu possa fazer para evitar essa situação.

De qualquer maneira, tento prevenir que isso aconteça antes de acontecer. Eu já sou introvertido — ou simplesmente não ligo para novas amizades —, isso só iria piorar as coisas para mim. Apenas tento convencer a mim mesmo de que está tudo bem, o que às vezes dá certo, mas é algo raro de acontecer. Raro do tipo, deu certo com quatro pessoas. Bom, agora três, pelo o que parece.

Mas ele é diferente. Eu sempre digo isso, mas ele é, basicamente, a pessoa que eu via em meus sonhos. Não é exatamente a mesma pessoa, mas é quase. O Tae que via enquanto sonhava era vago, vazio, apenas sabia o que dizer na hora certa. Não tinha expressão alguma. Ele sorria, mas não era verdadeiro. Coisas em que o Tae real não é nem um pouco parecido. Não há um pingo de falsidade nele. Ele é alguém doce, divertido, adorável e seus sorrisos são verdadeiros. Inclusive, um dos mais verdadeiros e puros que já vi em toda minha vida. Esse apenas não me aconselha porque não sabe sobre mim, e é melhor se continuar dessa maneira.

Tudo o que eu quero é não virar dependente dele e ter que me afastar para meu próprio bem e, talvez, pelo bem dele também. Ele já deve ter seus problemas e ainda ter que lidar com o verdadeiro Min Yoongi seria mais um milhão de problemas em cima dele que vieram como brinde ao me conhecer.

Sabe, crescer é um saco.


Ouvi batidas na minha porta quando estava indo em direção a cozinha, a fim de, finalmente, preparar o jantar. Fui até a porta e a destranquei, vendo a figura de Park Jimin ali, com os olhos inchados e vermelhos, que pulou para o meu abraço quando abri a porta completamente.

— Y-yoon, o Jungkook — Tentava dizer em meio aos soluços — Ele arrumou outra.

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Gente eu nem sei o que botar aqui nas notas finais depois desse capítulo. Eu tentei fazer com que o capítulo ficasse longo, mas como podem ver, foi uma tentativa falha T_T Não desistam de mim, algum dia eu consigo! 

Sorvete de menta e chocolate ou baunilha com morango? 

Esses Jikook que não se resolvem 😭 

Digam aqui nos comentários o que acharam desse capítulo, sua opinião é muito importante para mim! (Aceito críticas também, pelo amor de Deus) 

Até o próximo! ❤️✨

The Model Of My Paintings | kth + mygOnde histórias criam vida. Descubra agora