Babysitters for a day

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Nada nas notas iniciais hoje, só espero que gostem do capítulo :)

Boa leitura! 💕

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O dia seguiu normalmente, por mais incrível que pareça. Taehyung me disse que iria me ajudar com todo o processo contra o Han-yeol. Já fazia um tempo que queria fazer isso, mas não tenho coragem. A Coréia é um lugar nojento, já posso até imaginar as palavras que o advogado dele possa acabar dizendo.

Mesmo depois de toda aquela conversa, conseguimos nos recompor e voltar ao normal. Sem choros, sem pedidos, sem desculpas e sem nenhum "sinto muito", igual eu queria que fosse. Eu odeio quando falam que sentem muito, porque na maioria das vezes, não sentem. Na maioria das vezes, apenas dizem isso para fingir que se preocupam e deixar com que confiemos nessas pessoas, mas eu sou mais esperto.

De qualquer forma, era segunda-feira, o que significa que Tae tinha um dia de folga e eu tinha mais uma entrevista de emprego. Graças aos Deuses eu fui inteligente e não marquei ela para de manhã cedo. Nós almoçamos e eu tive que sair rápido para poder voltar rápido. Aparentemente, sem aviso prévio e sem nenhuma outra opção, eu fui o sortudo a ficar de babá do Dong-yul enquanto o Nam e o Hobi fazem "hora extra", mas todos sabemos que eles apenas vão sair para jantar juntos e vão deixar a criança comigo. Não que eu esteja reclamando, claro. Eu amo passar um tempo com Yul.

Eu ainda estou tentando entender o que aconteceu. Sobre, do nada, contar tudo para o Tae mesmo sem ter um pingo de confiança dentro de mim. Foi igual ao desenhos animados, quando um personagem vomita arco íris... 'Tá, talvez esse não tenha sido o melhor exemplo de todos, mas eu acho que entenderam. Era como se eu me segurasse mais um pouco, iria acabar "vomitando" tudo para fora em algum momento. Eu apenas senti que eu poderia confiar nele e que deveria dizer tudo naquele momento.

Fico me perguntando se deveria contar a ele ou não sobre meus sonhos e sobre as pinturas. Agora já é algo irrelevante, antes era mais importante. Tudo bem que eles foram um dos motivos de eu querer me jogar de um prédio, mas não é algo que eu penso todos os dias, o tempo todo. Raras são as ocasiões que eu realmente paro para lembrar de tudo, por isso me pergunto se é algo importante que deveria contar para ele.

Pensando bem, eles meio que são o motivo de eu ter conhecido o Tae. Não foi a melhor das situações, mas foi por causa deles que eu conheci o Tae real. Se eles tivessem continuado a aparecer, eu não iria querer desaparecer. Eu não teria saído de casa para comprar as pílulas que desceram escada abaixo e que eu nunca desci para pegá-las. Eu não teria esbarrado nele, caído e batido a cabeça tão forte que deixou um galo por uma semana no topo da minha cabeça.

Na verdade, talvez se eu não tivesse começado a ter esses sonhos, eu não teria ficado tão interessado nele. É apenas um talvez, porque ele certamente teria chamado minha atenção. Acho que o mais me intrigou no começo foi o fato de ele ter aparecido nos meus sonhos, mas conforme o tempo foi passando, eu fui esquecendo e comecei a enxergar ele como Kim Taehyung, o garoto que canta, que é engraçado e quem me ama, não como Tae, o garoto vago, quem eu mal ouvia sua voz e existia apenas em minha mente. Não tinha como ele me amar.

Talvez foi o destino que nos uniu ou apenas acaso. Seja lá qual foi o motivo de termos nos encontrado, agradeço às divindades por isso, eu nunca estive tão feliz em toda minha vida.

[...]

— Por favor, Tae, vem comigo! — Supliquei, quase me ajoelhando.

— Hyung, não sou bom com crianças. Seu sobrinho não vai gostar de mim — Bufou e cruzou os braços.

— Taehyungie, por favor, o Yul vai amar você! Contanto que você brinque de esconde-esconde com ele, 'tá tudo certo — Tentei o convencer de qualquer forma.

The Model Of My Paintings | kth + mygOnde histórias criam vida. Descubra agora