He's there

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Me perdoem por não ter postado ontem, eu tinha muito trabalho da escola para fazer T-T
Boa leitura!

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Isso era estranho. Muito estranho. Tae estava ali, ele era real. A pessoa que via apenas em meus sonhos estava ali. Eu não consigo acreditar que isso seja real, para mim é apenas mais uma alucinação. Se é que aquele dia foi uma alucinação.

Ele era mais bonito de perto, bem mais. Era gentil e, na minha opinião, adorável. Eu espero que ele não tenha visto o pote que estava na minha mão. Seria humilhante. Essa é só mais uma das vezes que Tae me ajudou, mas dessa vez, foi real. Ele não foi uma maneira de escapar dos meus problemas, não foi um jeito de me deixar de bom humor, ele não foi apenas um ombro para chorar, ele salvou minha vida e talvez nunca saiba disso.

— Acho que essa foi a última caixa — Disse assim que terminamos de arrumar as caixas em seus devidos cômodos — Senta aqui, deve estar cansado. — Bateu a mão no espaço vago, insinuando para que eu me sentasse. Concordei e me sentei no sofá de couro. — Quer algo para beber?

— Um, claro. — Abriu a geladeira, pegando duas garrafinhas de chá gelado, logo me entregando uma e suspirando em alívio.

— Obrigado por me ajudar, Yoongi. — Bateu sua garrafa na minha — Tim tim. — Sorriu e bebeu um gole do seu chá. Seu sorriso quadrado me chamou a atenção desde o começo, mas visto na vida real, ele é ainda mais bonito.

— Tim tim. — Levei a garrafa até a boca, conseguindo sentir o gosto de pêssego da bebida. Era amargo, porém gostoso.

Ficamos em silêncio por um tempo. Compreensível.

— O que gosta de fazer? Eu amo cantar. Quero seguir na carreira da música. E você? — Me perguntou de repente, dando um fim ao silêncio estranho.

— Gosto de pintar. Me formei em artes na faculdade.

— Eu nem fui para a faculdade. — Riu fraco. — Deve ser legal saber desenhar e essas coisas. Eu só sei tocar violão mesmo.

— Não diga isso, tenho certeza de que sabe fazer milhares de coisas interessantes. — Sorri. — Algum dia pode me mostrar você tocando?

— O que? A-ah, talvez. Eu toco em um restaurante aqui perto, pode ir lá algum dia durante a noite. Estou sempre lá. — Coçou a nuca. Parecia nervoso, mas ignorei.

— Que coincidência, semana que vem começo a trabalhar em um restaurante aqui perto também.

Silêncio. Depois de um tempo, nos demos conta do que provavelmente iria acontecer e nos olhamos.

— Jungsik Seoul?* — Tae perguntou.

— Aham. — Nós dois rimos.

— O destino tem inveja de nós — Riu mais um pouco.

É, destino.

Depois daquilo, continuamos conversando mais um pouco e fomos nos conhecendo melhor. Descobri que ele era mais novo que eu. Tinha 25 anos. É engraçado o fato de que sou o mais velho que qualquer amigo que tenho.

Quando já era tarde, decidi voltar para meu apartamento. Ele me agradeceu pela ajuda mais uma vez e eu subi dois andares, finalmente chegando ao que moro. Abri a porta, vendo o rosto de Tae por todos os lados. Pensei ser uma alucinação, mas eram todos os quadros que já havia pintado dele. Vou guardá-los, seria um desperdício jogá-los fora.

Senti meu celular vibrar mais uma vez. Era um recado da caixa postal. Namjoon que havia enviado.

"Y-yoongi por favor, me diz que v-você não f-fez nenhuma b-besteira. E-eu estou indo p-para seu apartamento. Juro q-que se algo t-tiver acontecido com v-você, eu nunca v-vou me perdoar"

The Model Of My Paintings | kth + mygOnde histórias criam vida. Descubra agora