AMBW
" Isabel,uma jovem mulher independente que busca realizar o sonho de ter o próprio escritório, vê seu tudo se transformar em pó após ser demitida. Mas o destino lhe preparava grandes mudanças a partir de então.
Quando conhece Jimin encontra u...
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— Sojin, você prometeu que não a machucaria! — Meredith vociferou. Eu continuava paralisada de medo. Ele tinha uma arma apontada para mim. Meu sangue nunca tinha corrido tão rápido por minhas veias, meus lábios estavam secos. O coração batendo nos ouvidos. — Sojin — saiu feito um sussurro — Abaixa isso. — Não precisa ter medo, Bel. Isso tudo aqui vai terminar rápido. Meredith foi bem convincente, uh? Você veio correndo. Fez exatamente o que eu precisava. Garota burra! — Sojin, por favor… Ele se virou para Meredith e os meninos com a arma apontada. — Cala a porra da boca, antes que eu dê um fim em você e deixe esses pestes órfãos — voltou para mim, me fazendo engolir seco. — Você não tem que fazer isso, Sojin. Não precisa acabar desse jeito — supliquei. — Me poupe. Tudo isso é culpa sua, porque entrou no meu caminho. Tudo teria sido muito fácil sem você, Isabel. Eu estava perto de conseguir tudo o que merecia — ele deu um passo para frente e eu para trás assustada. Era difícil raciocinar direito — E-eu nunca te fiz n-nada. — FEZ! VOCÊ EXISTE. Maldito o dia em que aquele desgraçado do Jimin te achou. Desde quando apareceu eu te amaldiçoei. Falsa, nunca me enganou com essa cara de sonsa. Agora que estamos só nós, pode admitir que não passa de uma golpista? Que nunca gostou daquele pobre coitado cheio de distúrbios? — Você não sabe de nada! — sibilei. Ele riu. — De qualquer forma não me importa. Não estamos aqui para uma discussão de família, vamos direto ao ponto. — O que é que você quer? — indaguei. Sojin começou a andar ao meu redor, a arma ainda apontada para mim. Eu escutava os choros ruidosos das crianças e Meredith. — Quero o que me pertence, o meu dinheiro. — Não existe seu dinheiro, sabe disso. — Ah, existe sim. O que seu querido Jimin tirou de mim para dar a você. — Eu nunca quis dinheiro dele, sempre trabalhei pelo meu, Sojin! O que está falando não faz sentido. — Então, por que tem uma conta no exterior no seu nome, com milhões de dólares, huh? — colocou a arma diretamente no meio do meu rosto, a centímetros de me tocar. Os choros ficaram mais altos. Eu tremia, meus olhos escorrendo lágrimas sem parar, ardendo. Um misto de ódio, arrependimento, repulsa e medo fazendo-me estremecer. — E-eu n-não sei. — PARE DE MENTIR! — ele atirou para cima. Eu gritei cobrindo meus ouvidos, fechando os olhos — Eu quero que transfira todo o dinheiro para mim, Bel, cada centavo. — Sojin, eu não sei de conta nenhuma, eu juro! — Ah, então, você quer testar minha paciência, hein? — ele apontou para Meredith, atirando na perna dela. — AAAH! — a mulher gritou, cedendo no chão. Os filhos dela assustados e paralisados. — PARA SOJIN, PARA! EU JURO QUE EU NÃO SEI! EU NÃO SEI! O homem transbordava ódio pelo olhar, estava pronto para me machucar também. Mas naquele instante, Hoseok irrompeu pela porta. — Sojin, a polícia está a caminho! Acabou para você. Abaixa essa arma! Sojin gargalhou, virando-se para Hoseok na entrada. — O herói chegou. Por que não estou surpreso em vê-lo? O que foi, agora é o cachorrinho de estimação da vagabunda? Quer participar da nossa reunião? Só estou acertando algumas coisas. — Não vai se safar. Deixem elas saírem, tem as crianças, não precisa ser assim, Sojin. — Argh, não me venha com esse chororô ridículo. O assunto nem é com você. Essa ordinária aqui — se colocou atrás de mim, senti o gelado da arma atrás da minha cabeça — Só tem que dar o meu dinheiro. — Hoseok, eu não sei do que ele 'tá falando. Eu juro! — chorei aos soluços. — Seria um alívio acabar com ela. Te faria até um favor, pois não ficaria nem para o Jimin e nem para você, te libertaria, Hoseok. Levei a mão ao meu ventre, nunca havia sentido um medo como aquele. Paralisante, de gelar a pele. — Sojin, a Bel não tem culpa de nada. — Ela tem, ela tem, Hoseok. Se não fosse por ela, eu teria tudo o que sempre mereci. Passei anos sendo sombra do meu irmão e nem depois de sua morte tive paz. Mesmo morto ele continuou sendo o melhor, o fundador da grande rede de empresas de sucesso e eu um zero à esquerda. Você sabe como é, vive as sombras de Jimin, se apaixonou pelas mesmas mulheres. Mas só ele as teve porque elas o vêem melhor que você. — Não é verdade. Não tem noção do que está falando, Jimin é como um irmão para mim. Agora, solta a Bel — sons de sirene e carros acelerando alcançaram nossos ouvidos, meus olhos se arregalaram — Seu tempo acabou, Sojin! — Você é patético, Hoseok. Ridículo, tenho pena de você. Já eu, não me arrependo de nada que eu fiz. E nem o que estou prestes a fazer. Ele engatilhou a arma, o estalo me fez fechar os olhos com força. — Aqui é a polícia! — uma voz forte gritou. Eu escutei gritos, um tiro e um baque surdo. Me joguei no chão de olhos fechados encolhendo o corpo como se fosse capaz de proteger minha barriga. O barulho das sirenes ficou ensurdecedor. — Bel! Bel! Olha para mim — senti as mãos no meu rosto. Então, eu abri meus olhos vendo Hoseok perto de mim e atrás dele no chão, Sojin desmaiado com muito sangue escorrendo do ombro, a pistola longe dele no tapete. Hoseok me tirou do chão, o abracei e ele me embalou. — Está tudo bem, Shhh… Estamos bem, Bel. — As crianças, a Me-Meredith… Hoseok… — A ajuda chegou. Eles vão ficar bem, liguei logo depois que você entrou aqui. Eles demoram mais do que deveriam, mas chegaram a tempo. Não tive idéia de quanto tempo fiquei no peito dele, chorando por toda aquela merda que tinha acontecido. Hobi me segurava, sussurrando que estávamos seguros, tudo ficaria bem. Dentro de mim, me afundava em arrependimento. Tinha colocado meu amor em perigo, meu bebê. — Senhor, por favor se afaste. Precisamos ver se ela está bem — um paramédico falou. — Ela está grávida — informou Hobi. — Vamos cuidar dela. Está em boas mãos. Eu estava fora de mim, como se estivesse boiando no mar aberto, dopada por diversas sensações. Mas minhas mãos não deixavam minha barriga. Fui examinada e colocada na maca, do lado de fora vi Meredith da mesma forma que eu, o ferimento terminando de ser cuidado. Ela encontrou meu olhar. — Espero que me perdoe, Bel — li seus lábios. Apenas assenti com a cabeça, fechando os olhos em seguida. Sentindo um pouquinho de alívio.