Honesto

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N a r r a d o r   o n

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N a r r a d o r   o n

Ele ainda continuava relutante, parecia impossível aceitar o que havia feito. Uma das partes mais incríveis de todas era a forma como fora induzido, seduzido... Dominado.  Como nunca na vida. Da porta da sacada por onde uma brisa leve entrava, Jimin fumava seu cigarro de forma relaxada assim como  estava seu corpo.
Observava meio distante, Isabel nua adormecida sobre a cama, totalmente amarrotada. O lençol branco cobrindo apenas o volume do quadril, ela deitada de lado...
Meio a fumaça branca subindo no ar, relembrava os momentos, revivendo as memórias que guardaria para sempre. O ponto sem retorno, o qual Jimin tentou fugir, porém sem nenhum sucesso. Bel tinha o fisgado e no fundo ele sentia-se até grato.
Ele apaga a ponta do cigarro colocado as mãos no bolso do roupão, o mesmo que ela ajudou a tirar sem hesitação uma vez. Voltando para a poltrona, tinha perdido o sono. Impossível dormir com a cabeça funcionando a todo vapor. Sentou-se no estofado acolchoado puxando os cabelos para trás, agora mais perto de Isabel, de frente para o rosto afundado no travesseiro.
Fechou os olhos por um instante e com clareza pode rever e ouvir as caretas e gemidos contidos. Também o calor da pele arrepiada e todas as outras sensações. Como podia ser tão fodidamente gostosa? Uma boceta apertada, macia e doce feito um pêssego maduro, meladinha e quente.
Jimin mordeu o lábio de forma dolorosa, afundando as unhas na palmas das mãos fechadas no bolso.  Bel tinha tudo, tudo o que ele sempre devaneou encontrar. No entanto, Jimin teria de ser sincero exatamente como ela tinha o cobrado na última conversa que tiveram.
Abriu os olhos, alguns raios de sol entravam pela janela atingindo a cama. Primeiro nos pés dela, subindo a luz dourada foi pelas pernas acima, até as costas. Foi então que Bel se mexeu. Uma vez, mudando de posição para em seguida resmungar.  Estava acordando.
Jimin observou quando ela deu falta dele na cama, arrastando o braço tentando o encontrar no colchão.
— Mmm... – resmungou movendo-se outra vez. Foi fofo.
— Procurando alguma coisa? – ele perguntou e ela ergueu a cabeça em direção a voz alheia. Com um olho aberto, Bel o encarou.
— Sua mãe me disse que você gosta de dormir agarradinho... Por que comigo não? – a voz rouca, arrastada e grogue.
Jimin riu nasalado.
— Ela te contou isso? – curvou-se para frente a fim de vê-la melhor.
— Uh-hum.
— Você está bem? – ele disparou.
— Sim, só um pouquinho... – hesitou — Dolorida.
— Tem certeza que só isso?
Bel começa a se levantar, o lençol desloca pelo quadril. Se arrasta para a beira da cama os seios pequenos expostos, haviam marcas por eles e entre eles. Por várias partes do corpo.
— Sim, tenho. Você não dormiu? – indagou coçado os olhos com a costas da mão.
— Digamos que fora meio difícil ter sono.
— Uh, sério? Eu apaguei – sorriu tímida — Preciso tomar um banho.
— Fique a vontade.
— Não quer vir comigo? – Bem diante dos olhos dele, Bel fica de pé. Tão linda que ele quase aceitou o convite.
— Ippeuni, se lembra do que eu disse para você ontem, antes de adormecer?
— Ah,uh... Algo sobre conversar?
Jimin aproximou-se da mulher, pegando seu rosto entre as mãos. Isabel fechou os olhos por um breve instante porque adorava o toque sutil que lhe causava sensações.
— Sim, isso mesmo. – a fitou os olhos — Vamos conversar.
Bel o observou curiosa.
— Sobre?
— Algo importante.
Jimin permitiu que suas mãos fizessem caminho pela cintura a envolvendo, apenas para trazê-la para si. Mesmo por cima do tecido que os separava, o incêndio entre as peles se iniciou. Os lábios úmidos e partidos encontram-se, já familiarizados tomando o outro sem pressa.
— Obrigada por ontem. – Bel sussurrou esfregando os lábios. — Foi perfeito. Nunca pensei que pudesse ser tão bom como você fez... Baunilha, não é?
— Só pra você. – Jimin sussurrou de volta, no momento seguinte finalmente a beijou.
A sensação fora diferente de antes, havia muito mais ansiedade entre ambos, talvez mais querer. Isabel fechou os olhos fortemente pegando o cabelo entre os dedos arranhando a nuca dele com as unhas longas.
Mas Jimin parou.
— O que foi? – indagou — Beijos com hálito matinal não são agradáveis como nos filmes, certo? – questionou com seus olhos escuros fazendo Jimin sorrir. Bel reparou na forma que os olhos dele desapareciam para a fileira de dentes surgir.
— Não é isso, quero dizer, beijos matinais não são mesmo tão agradáveis. Mas preciso mesmo falar com você. Então o que acha de relaxar no banho enquanto eu peço nosso café aqui no quarto, huh? – lhe afagou a bochecha soltando o rosto, dando um passo para trás. — Aliás, tenho de dizer que foi maravilhosa noite passada e precisa repor as energias.
Lambeu os lábios sorrindo torto, passando os olhos vorazes por cada parte exposta de Bel.
— Jimin, não me olha assim. – de repente mudou a postura tentando se cobrir. — É constrangedor!
— Não deveria, já vi quase tudo.
Ela faz careta.
— Vou tomar banho.
— Fique a vontade, ippeuni.
Isabel lhe deu as costas tentando cobrir o traseiro do jeito que podia, correndo para o banheiro. Soltou um longo suspiro ao escutar o clique da porta.
Jimin pegou o telefone ligando para o primeiro andar.
— Sim? – Cora atendeu sabendo que a chamada vinha de dentro da residência.
— Cora, pode por favor preparar uma bandeja com café da manhã?
— Claro que sim, querido. Para você e a Bel?
— Sim, por favor.
— Vou caprichar, me dê alguns minutos.
— Obrigada Cora.
— Disponha.
Fim da chamada.
Esperando o café e Isabel no chuveiro, Jimin tratou de se vestir. Uma camisa branca e calça preta, a roupa comum de um dia de trabalho e calçou os sapatos.

Bound To You | pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora