DARE YOU 2 : nh

18♠

Músicaaolado

Foi então que entramos em sua casa. Não era nada pequena, e senti-me ser puxada através das escadas, subindo cada uma com uma velocidade alterada e entramos no seu quarto.

Zac olhou para mim e sentou-se no chão do seu quarto. Em frente a janela.

Isabelle: Que estás a fazer? - fiquei curiosa.

Zac: Senta-te aqui á minha beira. - mandou.

Isabelle: Tenta ser mais...

Ele interrompeu-me.

Zac: Olha... - disse apontando para o céu.

Estava lindo, via-se melhor de casa dele do que propriamente da minha, a direção da janela dele era virada para a lua e as estrelas faziam-se notar mais nítidamente.

Era lindo, acho que nunca vi nada tão bonito.

Isabelle: WoW! Tão bonito... Mas qual é o interesse da paisagem?

Zac virou-se para a sua cama e puxou um pequeno livro que se encontrava por debaixo da mesma.

Era velhinho, notava na capa que estava bastante rompida nos cantos e as folhas ligeiramente dobradas. Existiam folhas soltas e as páginas estavam a ficar com uma cor acastanhada. Era bastante velho. Já devia de existir há uns bons aninhos.

Zac: Tenho-o feito sempre. - sorriu e abriu o livro sobre as minhas mãos.

Observei as páginas, no início apareciam tracinhos, pequeninos que preenchiam paginas inteiras. Depois foi evoluído para contas de somar, de multiplicar e por fim números enormes, com um número de dígitos enorme.

Olhei para a ultima conta que aparecia no livro, pareceu ser o final do mesmo. Aparecia o seguinte:

Eu tentei, a sério que tentei, todos os dias eu contei por ti.
Nunca mais te vou esquecer, de ti ou de tudo o que vivi ao pé de ti.
Pensei que estávamos destinados, na verdade pensei. Mas só pensei mesmo...
A minha última conta é esta, é dedicada a ti. Tu sabes quem és, sabes o quanto vales para mim e sabes que és única e especial.
Aqui vai:

Todas as estrelas que existem + as estrelas existentes no teu olhar + estrelas cadentes ás quais peço o desejo de um dia seres minha = ∞³ × eternidade × sempre = amor que eu sinto por ti ♥

Bem, eu não sabia o que dizer... Depois daquilo que eu acabei de ler a minha vontade era beijá-lo. Mas sabia que não o devia fazer.

Num momento repentino virei-me para ele, ele permanecia a observar-me, eu olhava-o com algumas lágrimas nos cantos dos meus olhos. Sentia-as encherem-se e a quererem esbordar. Fazia uma força enorme para que se contivessem.

Zac chegou-se até mim num impulso breve, pegou no meu queixo virando-o para si. Quando dei por mim, os meus lábios estavam a milímetros dos seus. Mas ele afastou-se de um momento para o outro.

Zac: O Thomas é um rapaz de sorte. - disse ainda com as mão no meu queixo e com os seus olhos presos nos meus.

Isabelle: É - suspirei.

Zac: Sabes... Só espero que vocês acabem bem - disse e deu um sorriso fraco.

Depois moveu-se para mais perto da janela.

Vi-o apontar cada estrela, contar... Pareceu que não tinha perdido o hábito.

Eu sorri para mim e aproximei-me dele, peguei na sua mão. Peguei numa surpresa que pretendia aferecer-lhe naquele dia. Estava nervosa, sim. Muito até.

Apenas lhe pousei uma parte rasgada de uma folha que eu tinha das minhas contas às estrelas. Sabia que tinha de lhe dar aquele pedacinho de folha que sei que ele tanto procurava saber se eu fazia o mesmo por ele. Eu sei que ele queria saber. Ele queria ter a certeza que eu não me esqueci dele. E eu tinha de o provar.

Pousei-lhe o pequeno papel na mao. Vi-o ler e a sorrir. Depois olhou para mim e pausou. Olhou-me mais uma vez e colocou uma das suas mãos atravessando o meu pescoço e parando no cimo das minhas costas por baixo do meu cabelo.

Zac aproximou-se de mim e nem por um segundo eu tentei negar o beijo que eu esperava havia anos. Todos os dias eu esperava por aquele momento. Queria apenas esbarrar-me com ele e sentir os seus lábios nos meus. Pelo menos uma vez na vida. Sentir que todos aqueles anos de espera não foram em vão. E eu precisava de o sentir naquele momento.

Quando dei por mim estava deitada sobre o chão e Zac beijava-me intensamente enquanto me agarrava no cabelo sem o puxar. Apenas acariciando-o enquanto depositava um beijo que me fez tao bem como mudar de casa. Como mudar de ares. Como voltar a ve-lo de novo.

Foi magnifico.

×××

Assim que cheguei a casa, apenas me fechei no quarto e deixei-me escorregar pela porta e deixei-me ficar sentada, no chão. Com o livro do Zac aberto sobre as minha mãos a ler uma e outra vez aquilo que ele escrevera. Sempre soube que ele podia ser aquilo que eu sempre esperei dele.

....

Beijinhos ♥ Diana ♥