DARE YOU 2 : nh

32♠

Chateada, eu estava mesmo, mesmo, mesmo chateada....

O Zac pensa que manda em mim, ele pensa que tem de ser como ele quer, eu ser dele e pronto, mas não é bem assim. Não é bem assim que as coisas se resolvem até porque, é dificíl para ele aceitar o facto de que estou com o Thomas? Não! É dificíl para ele aceitar o facto de que eu gosto do Thomas? Não!

Okay espera, sim claro que é dificíl para ele aceitar isso, mas vai ter de o fazer quer queira quer não! E eu não quero saber os meios que ele utiliza para se certificar que não volta a mandar na minha vida!

Recebi uma quantas mensagens por eu ter estado com Thomas no dia anterior, raios! Porque é que ele tem de ser meu vizinho?

Recebi uma quantidade indeterminada de mensagens vindas dele, do género ai cuidado com o Thomas, ai cuidado que ele pode virar-se contra ti ou ai que ele anda metido com má gente!

UM GRANDE FODA-SE PARA TI ZAC!

Mete uma distração na tua vida.

Logo que não seja uma rapariga... - meu subconsciente lembra-me o que sinto por ele.

Isto se continuar assim eu vou dar em tola. Eu gosto do Zac por ele ser com é e gosto do Thomas porque... porque... porque gosto do Thomas!

Fogo! Vou-me preparar para ver se com isto do feriado se me dá para refrescar a cabeça. Visto um fato de treino e calço umas sapatinhas. Prendo o cabelo num rabo de cavalo e levo os meus fone e telemóvel. Vou ver se consigo pelo menos um descanso à cabeça...

Assim que saio de casa vejo Zac do lado de fora, sentados nas escadas em frente à porta a ler um livro, assim que me vê pousa-o e vem ter comigo. Eu reviro os olhos e ele acaba por me acompanhar numa corrida.

Isabelle: O que procuras?

Zac: Aqueles beijos de ontem com o Thomas, ui, que escaldantes!

Isabelle: Vai para o raio que te parta!

Zac: Conta-me mais... A que sabiam? Droga ou fumo? Não espera... era a alcool!

Parei por uns momentos, de facto tinha um gosto a vodka que era impossível não notar.

Zac pára em frente a mim e encara-me.

Zac: Ele anda metido em grupos que tu nunca irás querer conhecer e digo-te uma coisa. Se interferires, eles vão perseguir-te. Só páram quando matam alguém se o caso for o teu, ou és tu ou alguém que realmente gostes muito. Os teus pais talvez, ou o peixinho lá de casa.

Eu viro a minha cara para o campo que se estendi ao lado da minha cara.

Isabelle: Não tenho peixes! - murmuro mas num som audível.

Zac: Então as hipóteses não são muitas... - ele diz já num tom mais sério.

Isabelle: Ninguém me vai tentar matar Zac! Porra! Porque te preocupas tanto hum? Não tens uma vida?

Zac: tenho - interrompo-o.

Isabelle: Então pára de te meter na minha, pára de tentar estragar seja o que for, pára de me mandar mensagenzinhas a dizer que ele me vai levar por maus caminhos porque eu sei que não vai! Agora vai cuidar da tua vida Zac!

Zac: Eu tentei... - ele lamuria-se e vira costas.

Ao virar costas eu fiquei pensativa com o que se tem passado recentemente. Ele e o Thomas andam estranhos até porque o Thomas a uma dada hora recebera uma mensagem a dizer "anda" de um número desconhecido e ele começou a correr que nem um louco porta fora da minha casa dizendo entre palavras que me amava. Acabou por me mandar uma nova mensagem um tempo depois a dizer que lhe tinham ligado por causa de um exame que iriam ter hoje, achei estranho por ser feriado mas ele disse que tinha de o repor e o professor não se importava de lhe dar o exame. Agora o Zac vem me dizer que ele anda metido na má vida, que anda em drogas, bebidas alcoólicas e cigarros...

Na verdade não sei bem em quem acreditar e dei por mim já estava a atravessar novamente à porta de minha casa. Não consegui identificar melhor nenhum dos assuntos de que os dois me disseram.

Por um lado sei que Zac nunca me iria mentir pois a nossa amizade já dura desde crianças, sei que o que ele acabou de me dizer pode ser uma hipótese real do que se está a passar, no entanto eu não quero acreditar muito nisto porque eu gosto de Thomas e não sei o que seria de mim se o estivesse a acusar e ele nem sequer fazer parte desse tal grupinho.

Entrei no meu quarto, olhei a janela do lado. Lá estava Zac, em tronco nu, com umas calças pretas justas e descalço enquanto sacudia o cabelo molhado. Eu posso não ter uma bela vista para a praia mas prefiro esta...

Volto à realidade quando ele me acena e eu observo que estou sentada em cima da cama com a cabeça pousada sobre uma das minhas mãos de propósito para vê-lo do lado oposto do quarto.

Fechei a cortina sentindo-me envergonhada com o que se estava a passar e dei conta que estava sozinha em casa. era ainda de manhã e os meus pais tinham ido ás compras, deixaram-me em casa para dormir mais um pouco já que o dia ontem foi agitado.

Acabo por me deitar na minha cama de barriga para baixo. Lembrando-me e relembrando-me do que estava mesmo a passar com a minha vida. Abro o meu diário e leio-o um pouco, gosto de reviver momentos passados. Faz-me sentir viva, em parte.

De repente sinto uma respiração quanto no meu braço descoberto, rezo para que seja Zac já que estou sozinha em casa e ele é o único capaz de entrar aqui... acho.

xx: Mas que momentos bons que passas-te! - uma voz completamente desconhecida fala atrás das minhas costas - Pode ser que anotes este também.

Sinto-me ser puxada pelas pernas para fora da minha cama.