10♠

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Zac: Belinhaaaa...

Ignorei-o pela milésima vez, não o queria ouvir.

Zac: Responde...

Isabelle: Paras?

Zac:Não! Belinha.

Isabelle: Eu tenho cara de vela?

Zac olhou-me de cima a baixo

Zac: Um bocado, esse cabelo azul pintado faz-me lembrar aquelas velas falcoloricas do carnaval.

Vieram-me as lágrimas aos olhos. Eu já estou farta... Chega!

Isabelle: Para com isso! Ela tinha razão... És um monstro...

Zac: Isabelle...

Não o ouvi, nem queria que ele estivesse á espera que eu o ouvisse. Estava prestes a chegar a casa e o céu estava cada vez mais a escurecer. Chuva.

Bufei e comecei a andar mais depressa mas ele depressa me apanhou.

Isabelle: O que é que queres?

Zac: Que me digas.

Isabelle: O quê?

Zac: Quem te disse que eu era um monstro.

Zac apertava fortemente o meu braco e uma pinga de chuva caiu mesmo em cima do meu nariz.

Zac: Diz-me.

Isabelle: Não te vou dizer, tal como tu não me contas-te onde ias. E ainda falas-te mal do meu cabelo.

Revirei os olhos para a estrada comprida que passava em frente a minha casa.

Zac: Então?

Isabelle: Então o quê? Porra! Já te disse que não digo. E não vai ser tu que me vais obrigar.

Zac: Vamos ter de fazer isto da pior forma.

De repente fiquei com medo, sentido a atravessar-me a espinha até á minha cabeça que estava num enorme nervosismo. Por naturalidade, fechei os olhos e cerrei os punhos. Tinha medo, muito medo.

Zac ao ver minha relação pegou-me ao colo e entramos para dentro da sua casa e ele pousou-me no seu sofá.

Isabelle: O q-que é que estas a f-fazer?

Zac: Procurar respostas! - afirmou num tom rude e duro.

Isabelle: M-mas achas que e-eu tas posso dar?

Zac: Acho! - dizia com uma garrafa de cerveja nas mãos.

Deu um gola e sentou-se no sofá em frente a mim. Pousou a garrafa em cima da mesa e olhou-me.

Zac: Quero saber respostas...

Isabelle: Isso eu já percebi. Mas queres que te respoda ao quê?

Zac: Deixa cá ver... O que é que sabes sobre mim.

Isabelle: Não muito.

Zac: Diz o que sabes.

Isabelle: És meu vizinho.

Zac: E...

Isabelle: Mais nada.

Zac pegou novamente na cerveja e deu mais um gole, levantou-se ainda com a garrafa na mao e dirigiu-se ao pé do meu sofá. Senti o seu alito perto do meu ouvido, a sua respiração pesada e os seus olhos pregados em mim. Sussurrou.

Zac: Eu quero a verdade. Tudo o que tu sabes!

Isabelle: Mas eu...

Zac apetou-me a boca no pescoço sugando a minha pele e marcando um chupão.

Zac: Nada de mas...

Deitei a minha mão ao pescoço onde passei os dedos pelas marcas dos seus dentes.

Isabelle: Mas afinal o que é que queres de mim?

Zac pousou a cerveja e brincando com os dedos na parte de cima da mesma olhou-me.

Zac: Eu já te pedi a verdade... Não chega?

Isabelle: E eu já te disse que não tenho nada a haver contigo, que não faço nem uma mínima ideia de quem tu és ou o que fazes cá. Já te expliquei que eu - levantei-me - NÃO SEI DE NADA!!

Disse frustrada e ele veio ao pé de mim. Tive receio mas não saí do sítio onde parei. Não podia ceder.

Zac: Temos mulher! - riu.

Isabelle: Já estou farta da tuas piadinhas... E dos teus insultos.

Zac: Mas eu não te insultei bebé. Pelo contrário.

Virei-lhe a cara com um enorme nojo dele. Estava farta daquele interrogatório. Mas mal me viro tropeço na perna da mesa de sala dele e caio magoando-me numa perna.

Zac ajudou-me a levantar.

Zac: Estás bem?

Isabelle: Estou, estou... Não te preocupes com alguém tao insignificante como eu.

Zac: Vá... Doi-te alguma coisa?

Isabelle: Não!

Zac: Isabelle...

Isabelle: Já disse que não... E mesmo que... - ele interrompeu-me.

Zac: E onde te doi?

Isabelle: Num sitio!

Zac: Onde?

Isabelle: Aqui! - Mostrei-lhe o dedo do meio.

Zac ficou furioso mas não se atreveu a magoar-me.

Zac: Sai já fora daqui!

Isabelle: Já estava de saída...

Zac: Eu sei! - desviou o olhar e eu saí dali antes que ele mudasse de ideias.

Diana xx

DARE YOU 2 : nhOnde histórias criam vida. Descubra agora