Consolando

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                                                                                 Jenny

É tudo tão surreal, passamos o dia todo nos divertido, tudo estava ótimo, até que escutamos os gritos de socorro, que mais tarde descobri que era do Júlio, e depois de duas horas veio a noticia que a Sheila havia falecido, tudo muito surreal e assustador, depois de algumas horas Júlio retorna para o sitio prestar seu depoimento, e logo após o delegado e sua equipe vão embora, Júlio não resiste e desmorona, eu me aproximo e abraço, ele para tentar consolar de alguma forma.

- Isso é um pesadelo, eu não queria que isso tivesse acontecido.

- Eu sei. - Respondo, e ele percebe que sou eu lhe abraçando, ele se solta do meu abraço e coloca a cabeça no meu colo.

- Jenny, isso é tão surreal, eu só queria dá um basta em tudo que estava acontecendo entre nós, mas tudo saiu do controle, ela falou que ia destruir minha vida, e saiu correndo, até que ela escorregou e bateu a cabeça, e foi ai que começou o meu pior pesadelo, é tudo culpa minha.

- Ei, foi um acidente, não foi culpa de ninguém. - Afirmo.

- É tudo muito doido, eu só desci para tomar um ar fresco, e ela veio atrás de mim, fica vários si na cabeça sabe, e si isso, e si aquilo.

- Eu te entendo, é tudo muito surreal, parece realmente é um pesadelo, é difícil de acreditar, estava tudo bem e depois acontece algo assim.

- Sim, graças a Deus que aqui tem câmera de segurança e com áudio. - Comenta.

- Sim, mas mesmo se não tivesse áudio, dá para ver pelas imagens que você estava bem longe dela na hora do acidente.

- Sim, mas sem o áudio poderia deduzirem varias, coisas, tipo que eu sai correndo atrás dela para fazer algo de mal, e ela com medo se desesperou.

- Verdade. - Concordo com Júlio.

- Ainda bem que o Erick é neurótico com essas coisas, e pensa em tudo.

- Ela tem familia. - Pergunto.

- Só era ela e a mãe dela, parece que o pai dela abandonou a mãe dela quando ela estava gravida.

- Meu Deus que triste.

- Sim, essa mulher vai me odiar. 

- Já falei que a culpa não foi sua, foi um acidente. - Torno a falar
- Engraçado ela falou algo que você sempre me diz .
- O quê pergunto.
- Que eu não tenho coração.
- Eu falo isso para implicar com você,  apesar do seu jeito mulherengo,  você é uma boa pessoa, e é claro que você tem coração.
- Eu sempre deixei claro, que nosso lance era carnal,mas ela falou que me amava, eu pedi para ela não se envolver, e ela falou que ela só queria aproveitar também, e depois ela joga um monte de coisa na minha cara.
- Júlio,  em relacionamento carnal sempre alguém vai sair machucado,  não adianta é inevitável, ninguém é de ferro, pedi para alguém não se apaixonar por você,  é impossível, pois ninguém manda nos seus sentimentos.
- Eu estou sem chão Jessy, a médica falou que ela já chegou sem vida no hospital, eu não pude fazer nada por ela.
- Não tinha nada que você pudesse Fazer,  infelizmente.

- Eu não faço ideia, do que vai ser daqui pra frente.
- Eu sei que é tudo muito triste, mas você não pode se entregar.
- Eu vou tirar uns dias de licença,  vou falar para o Erick deixar a Chiara no meu lugar, até eu colocar minha cabeça no lugar.
- Ótima ideia,  faz isso mesmo.
- Você topa entrar nessa loucura comigo.
- Não sei se é uma boa ideia.
Respondo receosa.
- Vamos por favor. - Pede Júlio.
- Júlio,  eu acabei de pegar uma nova escala.
- Jenny o que mais tem é comissária de reservar, e é só por quinze dias.
- Ok, tenho que verificar com o Erick.
- Quanto à isso, não se preocupe eu mesmo falo com ele, vamos só esperar a poeira baixar,  aí viajamos.
- Ok. - Respondo.
Desculpa atrapalhar, fala Kath.
- Não atrapalha em nada amiga.
Respondo.
- O Erick, acabou de me ligar, falou que já resolveu tudo, esta vindo pra cá,  e amanhã de manhã nós vamos embora.
- E a mãe da Sheila. - Pergunta Júlio.
- Inconsolável, o Erick já resolveu tudo parte burocrática referente a liberação do corpo, amanhã de manhã vai ser o velório e depois o enterro, a mãe dela estava com uma amiga,  aí o Erick pediu para o motorista da empresa levar elas de volta para suas casas, e depois buscarem elas, para o velório e enterro da Sheila.
- Essa mulher deve me odiar.
- Ela não tem porque te odiar, foi um acidente, e você não provocou esse acidente, com certeza ela deve está arrasada pela perda de sua filha, mas ela não têm motivos para te odiar.
Responde Kath e eu concordo, depois de um tempo fomos dormir, pois daqui a pouco teríamos que acordar, Júlio falou que não iria no enterro, eu falei que também não,  Kath falou que ia para acompanhar seu marido.











Série Carpe Diem - Livro 11 Xeque - MateOnde histórias criam vida. Descubra agora