Capítulo 1

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  Típico de um dia normal, isso seria se não houvesse mais esses pesadelos que tanto me afrontam

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  Típico de um dia normal, isso seria se não houvesse mais esses pesadelos que tanto me afrontam. Acordo-me e sinto minha respiração ofegante e descontrolada, algo que já devia ser muito comum para mim.
Meus olhos se mantém arregalados e a respiração desregulada, tenho a impressão do que está para acontecer, mais um pesadelo, disso eu sei bem.
A noite é longa e de forma alguma consigo dormir, fecho os olhos, mas nada funciona, eu estou prestes a ter outro ataque.
Só queria mudar minha vida e fazê-la ser melhor que hoje ou qualquer outro momento da minha vida, uma estúpida como a minha, pode ter certeza, você não iria querer tê-la; pensamentos te atormentado o tempo inteiro e sua cabeça te pedindo para desistir e outro lado de si tenta lhe avisar que desistir não vai melhorar em nada.
Seja bem-vindo(a) a minha vida fracassada!

Assisto o sol se erguer com sua luz invejável, tão invejável que nem a noite tem a oportunidade de ter tantas horas como o dia.
Levanto-me dando de cara com o espelho que se mantém em frente a cama de madeira escura, posso ver meus olhos vermelhos e cheios de olheiras, pareço abatido, no entanto, nunca estaria tão abatido quanto meu psicológico, apesar de que, eu pareça bem aos olhos de outras pessoas.

— Mais um dia Ethan, se controle — respiro fundo ao falar comigo mesmo.

Arrasto-me em lentidão ao banheiro, com paredes brancas e o boxe que, provavelmente, minha mãe já limpou.

— Querido, venha tomar seu café da manhã! — minha mãe anuncia escancarada na porta do quarto.

— Tá bom — respondo tentando enxugar o meu cabelo, que me deixa frustrado com seus fios rebeldes.

Acompanho minha mãe até a cozinha de paredes com a cor de creme em um tom pastel, o armário tem um estilo rústico de madeira clara, me assento à mesa ao lado de meu tio que parece animado e prestes a me contar alguma novidade.

— Animado? — Pergunta com um sorriso de animação em sua face.

— Para o que exatamente? — Fingo não manter interesse. Porque no fundo não tenho.

— Bom creio que sua mãe já avisou que serei seu treinador e técnico de esportes — conta como se estivesse lógico.

— Não estou sabendo de nada — fixo meu olhar em minha mãe que sorri alegremente.

— Pois é, meu anjo, seu tio está preparando tudo. Suas aulas provavelmente começarão em menos de duas semanas — minha mãe anuncia, enquanto, eu tento assimilar — não vai falar nada? — Ela pergunta ao ver que não tenho nada a dizer.

— Não. Por quê? Tem algo a mais que precisa me contar? — Ela me parece confusa e tudo que faz é apenas se virar para o fogão, onde cozinha algo.

Por fim da conversa, mal dialogada, tomo meu café tranquilamente, se é que posso tomar.
Não tenho mais nada que possa fazer à não ser trancar-me no quarto e, é exatamente o que vou fazer, em meu quarto, meu esconderijo e meu lugar para tentar descansar.
Deito-me na cama e ligo minha playlist de música, eu consigo sentir meus olhos lacrimejarem, mas eu posso ser frio demais, na maioria das vezes posso chegar a certo ponto de não querer deixar que as lágrimas rolem. Eu estou farto desta vida, só queria um pouco de paz, será pedir demais?
Minha existência é algo que devia ser cancelada pelo espaço-tempo ou, sei lá como seria chamado. Há momentos, que sinto como se uma tempestade estivesse prestes a se formar dentro de mim, e me sinto preso a ela. É incontrolável não sei mais quem sou ou quem eu era. Pareço estar perdido em um mar agitado pelas ondas impetuosas.

Eu Cristão?Onde histórias criam vida. Descubra agora