Volto para casa com um pressentimento ruim, mas é preferível não me importar com minhas paranoias, só vivo com isso agora na cabeça, credo!
Abro a porta com delicadeza evitando causar algum ruído subo as escadas e encontro Pietro balançando, Fanny sobre seus os braços. Tudo parece está calmo então finalmente tenho tempo para suspirar.— Está tudo bem? — Pietro fala baixinho vendo os olhos de Tifanny quase se fechando.
— Péssimo! — Bufo fazendo um barulho estranho com os lábios enquanto me jogo sobre a cama. — Philip, queria conversar... De novo — Encaro o teto.
— Perdoou ele? — Seus olhos transmitem esperança.
— Não. — Digo por fim recebendo silêncio de sua parte.
Pietro sempre apoia o perdão diz que tudo pode se resolver em comunhão deixando as coisas velhas para trás, como se isso simplesmente arrancasse toda a dor e mágoa do coração, mas eu não vejo dessa forma porque não consigo confiar todas às vezes que confio acabo sozinho. Não preciso de mais perdas, traumas e transtornos para enfrentar, já carrego fardos demais. Só queria arrancar todos os sentimentos de mim mesmo e joga-los fora, talvez seja melhor se tornar frio e calculista, porém, por mais que eu tente afastar as pessoas de mim, demonstrando ser frio, nunca adianta em nada, pois isso só me machuca. É sempre a mesma máscara, até quando isso...
— Ela dormiu —, Pietro a põe sobre a sua cama e me fuzila com seu olhar indecifrável, tenho quase a certeza que tem algo de importante para falar. — Sabe, não sei quantas vezes já te falei sobre isso, mas definitivamente tenho a impressão que isso nunca se encaixa em sua cabeça. — Ele se encosta na parede. — Dê uma chance ao seu pai, sabemos que ele foi péssimo, deveria ser mais presente e ter te abraçado nos seus piores momentos de fracasso, só que... guardar todo esse rancor dentro de você vai fazer como que as coisas piorem. Não suje seu coração por conta do passado que te persegue, você sabe quem é, e de onde sua essência vem. — Seus olhos são direcionados ao céu azul que pode ser visto através da janela de vidro do quarto. — Caso precise de ajuda, é só aparecer lá hoje. — Ele me entrega um flampeto e sai com passos calmos.
O passado, é uma porcaria viver o relembrando, mas será mesmo que ele iria ou pode me sujar? De que modos? Quais são os riscos?
Onde posso encontrar meu ponto seguro, uma calmaria?— Ethan... — Louisa entra no quarto com seus olhos vermelhos como nunca antes e me abraça com tamanho afeto que desconheço, retribuo o gesto meio desajeitado sem entender o porquê das lágrimas em seus olhos castanhos. — O papai... ele, el-e está no hospital. — Arrega-lo os olhos engolindo seco, será um pesadelo?
— O que você está falando? — Separo-a do abraço e noto que isso aqui não é um sonho ou pesadelo qualquer.
— Um carro desgovernado em alta velocidade bateu na lateral do veículo do seu pai e ele está em área de risco, é tudo que sabemos. — Minha mãe apoia a mão sobre o ombro de Louisa.
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Eu Cristão?
Duchowe❝ 𝗦𝗲𝗷𝗮 𝗳𝗼𝗿𝘁𝗲 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝗾𝘂𝗲 𝗻𝗶𝗻𝗴𝘂𝗲́𝗺 𝘁𝗲 𝘃𝗲𝗻𝗰̧𝗮, 𝘀𝗲𝗷𝗮 𝗻𝗼𝗯𝗿𝗲 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝗾𝘂𝗲 𝗻𝗶𝗻𝗴𝘂𝗲́𝗺 𝘁𝗲 𝗵𝘂𝗺𝗶𝗹𝗵𝗲, 𝘀𝗲𝗷𝗮 𝗵𝘂𝗺𝗶𝗹𝗱𝗲, 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝗾𝘂𝗲 𝗻𝗶𝗻𝗴𝘂𝗲́𝗺 𝘁𝗲 𝗼𝗳𝗲𝗻𝗱𝗮. 𝗘 𝗰𝗼𝗻𝘁𝗶𝗻𝘂𝗲 𝘀𝗲𝗻𝗱...