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𝗕𝗿𝗶𝗮𝗻 𝗥𝗶𝘃𝗲𝗿𝗮 ➫ 𝑁𝐴𝑅𝑅𝐴𝑁𝐷𝑂.
— Brian querido se acorde, por favor! — Ouço a voz da minha mãe ecoar pelo quarto.
— Está bem. — Respondo com minha voz rouca de sono, é tudo que consigo pronunciar.
— Hoje vamos fechar a cafeteira mais cedo. — Ela caminha pelo quarto organizando os livros, que eu tinha deixado ontem a noite espalhados pela bancada de estudos. — Pois tenho muitas coisas para resolver hoje. — Glória, minha mãe fala se esquecendo de algo.
Hoje é meu aniversário não que seja um dia tão especial, mas hoje completo meus 18 anos de idade, é estranho falar sobre isso. Bom como a maioria sabe, eu sou um dos caras mais fechados do mundo, talvez nem tanto, eu só acho que sou um pouco reservado demais. Minha vida tem se mantido em uma parede fechada, tenho vários amigos, porém não gosto muito de conversar e nem de falar o que sinto é mais fácil guardar tudo para si mesmo, pelo menos para mim, essa é a única solução. Eu convivo sozinho com minha mãe, isso não é novidade, meu pai nos abandonou quando eu tinha apenas 2 anos de nascido então não me lembro de muita coisa, confesso que tenho um pouco de remorso por causa disso, não quero que minha mãe sofra mais do que ela já sofreu foi terrível vê-la por quase cinco anos se lamentando por um amor que nunca existiu, na minha opinião não tenho pai, é minha mãe que cuida de mim e sempre cuidou e ela que preencheu e continua preenchendo todo o sentimento materno e paterno, que a pessoa que era/é meu pai, não me deu e nem muito menos esteve presente nos momentos mais importantes da minha vida.
Dou um salto da cama e sinto minha cabeça girar de tontura me seguro um pouco para não cair e aos poucos meu cérebro volta a funcionar. Me movimento até o banheiro e tomo banho em água fria mesmo, na verdade, é costume meu mesmo, saio do banho e visto uma calça jeans qualquer e blusa Polo azul.
— Bom dia mãe! — Dou bom dia mesmo sabendo que ela já esteve no meu quarto agora pouco.
— Bom dia, meu bebê! — Ela sorri e deposita um beijo carinhoso em minha bochecha.
— Mãe, eu não sou mais um bebê. — Brinco me sentando à mesa.
— Não? — Serve o café — Tome seu café da manhã, eu irei tomar no trabalho não posso me atrasar hoje tenho que fechar cedo. — Ela repete a mesma coisa que disse assim que me acordou.
— Tudo bem eu já acabei só vou escovar os dentes e já volto. — Analiso as horas no relógio pendurado na parede que marca 05:51 AM.
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